Capítulo 18

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André

Sou acordado com solavancos violentos o que acaba me deixando com raiva.

- Eu dormi? - pergunto.

- Não, não estava viajando na Terra do Nunca. Claro que estava dormindo, merda. - diz Gabriel, ríspido.

Ele parecia preocupado com algo, havia algo o deixando incomodado.

- Por que está assim?

- Vai no seu quarto e veja!

- Laila pode está...pelada e...

- Vai olhar, idiota!

Caminho até meu quarto sonolento e desajeitado. Abro a porta que estava entreaberta e ligo a luz. A cama estava vazia e arrumada e as coisas dela no canto. Sinto meu coração disparar feito uma bomba. Já não bastava o que estava acontecendo comigo, tinha que ter essa.

Corri para o banheiro e ela não estava lá.

- Ela foi embora, André. Eu tentei impedir, mas ela correu pro táxi e se foi.

- Mas como você acordou?

- Eu acordei com o som irritante do seu celular, achei que era você mexendo. Estranhei quando a porta se fechou.

- Merda! Merda! Merda!

- Eu não quero me intrometer, mas quando cheguei aqui pela tarde. Ela estava olhando suas fotos ali naquela cômoda, ela parecia uma garota sonhadora e fiquei a olhando....

Paro o que estou fazendo e dou atenção a ele.

- E o que isso tem a ver com que está acontecendo agora?

- Ela está apaixonada por você e ela falou em voz alta.

- Não inventa Gabriel, tenho que agir. Tenho que chegar a ela antes que ela a pegue.

- Bom, vai lá,  um dia vai entender o que estou falando.

Olho para Gabriel, com certa confusão não é possível que ela em pouco tempo goste de mim. Ela é  linda, interessante e me deixa louco quando estou perto dela. Mas não acredito que isso seja amor. Só sei que ela me deu mais dor de cabeça. Olho meu celular e vejo que vai dar três da manhã, não tenho noção que horas ela fugiu da minha casa. Eu estou com medo e raiva, o que me fez socar o volante algumas vezes. Coloco meu carro a toda velocidade rezando para chegar a tempo de impedi-la de cometer uma loucura insana como essa.

Levo mais de duas horas e olho meu celular. Havia uma conversa de Cloyd.
Abro a janela, ela havia combinado com ele se passando por mim. Eu sabia que ele não cumpriria com sua palavra. Ele disse cinco dias e não horas após nosso amargo encontro.

O que fazer agora? Tenho medo do que pode acontecer a ela e a Lorena. Eu tenho que arranjar um plano rápido e não posso fazer tudo sozinho. Mas não tinha mais ninguém além de mim. Os policiais militares, colocariam tudo a perder com sua impulsividade exagerada e mania de achar que são os mandas chuva. A Polícia civil, é  uma opção mais visível.

Eu tenho ligação com o comissário de polícia e posso pedir um socorro.
Apesar de ser madrugada e o meu carro ser o único na Estrada. Reparo vom dificuldade uma placa verde anunciando uma saída para o aeroporto, que ainda estava longe. Estou a todo vapor.

Pego novamente meu celular e disco o número  de Carlos Sobrado, o comissário da Polícia civil.

- Alô? - diz ele com voz arrastada e sonolenta.

- Doutor Carlos Sobrado? Sou eu André  Farcoland.

- Fala, André.

- Olha, não sei se soube do ataque a minha delegacia. Mas o Cloyd está com duas vítimas e como estou sem homens, preciso que senhor me envie pelo menos três viaturas.

- Eu soube sim, está passando na tv. Estão dizendo que você está desaparecido.

- Eu não desapareci só não estava lá, quando aconteceu.

- Ta filho, vou colocar três viaturas na sua cola, onde você está?

- Na rodovia que dá  acesso ao Galeão.

- Tá certo, estamos indo. Espere-os na porta.

- Ok.

Desligo e encontro a entrada da pista do aeroporto e vou dando voltas. As luzes acesas e o local estava cheio de pessoas que viajariam agora. Não vejo Cloyd e muito menos Lorena e Laila. Ele é  esperto. Ele nunca viria para cá,  sendo movimentado. Ficaria muito na cara.

Olho para todos os lados e desço do carro para ter uma visão mrlharada e ampla do lugar e bato com força  no teto do carro amassando-o e entro.

Ele nunca viria para cá, dou a volta e vejo há  7 km uma van e dois homens parados, são eles. Estaciono num lugar onde eu possa camuflar meu gigante e digito uma mensagem para Carlos mudando as coordenadas. Desço devagar no carro e procuro um lugar seguro para analisar a situação enquanto a pc não chega no local.

O outro abre com violência a porta da van e retira uma garota encapuzada que já estava amarrada e com a manga do casaco rasgado. Jogam ela no chão no momento em que o capuz cai de sua cabeça vejo que se trata de Laila.

Sinto vontade de ir quebrar a cara dos dois. Me agacho e vou para uma mureta atrás da torre do aeroporto. Depois retiram Lorena desmaiada e temo pelo pior. O outro do lsdo esquerdo levanta com fúria o braço de Lailaque grita, mas lhe tampam a boca. Ele fala algo em sru ouvido que a faz se debater.

Fico estudando a situação e o que segura Lorena aponta a arma e Laila dá um jeito de gritar. E leva um tapa no rosto.

Aquela cena só me dava mais ódio. Olho e nenhum sinal dos carros da polícia civil.

Por que estão demorando tanto?

Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem) Onde histórias criam vida. Descubra agora