Laila Portally
Fico ali parada com a estranha reação de André. Eu estou agora passando o seu café como ele pediu. Coço a cabeça em sinal de confusão e deixo o café quente na cafeteira dele e sento-me na sala.
Já iam dar 11h da manhã e ele não havia chegado.
Uma corrida demora tanto assim?, penso.
Na verdade, eu não sou sua mãe para ficar controlando os seus passos. Simplesmente tenho que me concentrar que logo eu iria embora e ele terá sua privacidade de volta.
Eu odeio ser a estraga-festa dos outros, é óbvio que ele queria um espaço dele. Quando ele chegasse eu terei que entrar num denominador comum com ele. Me sinto mal por tirar sua privacidade. E sei que todos gostam.
Ele chega algumas horas depois todo desarrumado e com a camisa preta virado ao avesso, começo a rir e ele me olha constrangido.
– Desculpe a demora, corri mais do que deveria. – diz ele.
Eu sei que é mentira, mas não vou questionar isso.
– Tudo bem, seu café está pronto na cafeteira e eu gostaria de poder ir ao shopping, comprar algumas roupas para mim. Não dá pra ficar usando suas...camisas. – digo.
– Vou providenciar uma escolta. – afirma ele pegando seu celular e fez uma pausa. – Quer saber, eu vou com você!
– O..OK.
– Só vou me arrumar.
– E eu vou colocar a minha roupa.
Pego minha velha roupa do dia de fuga e visto. André, já arrumado me joga um casaco de moletom e sorri.
– Para ninguém desconfiar. – diz ele dando uma piscadela.
E esse homem é charmoso, é uma coisa que eu não posso negar. Seus olhos azuis eram intensos e toda vez que encontravam os meus, buscava uma maneira de me desvendar. Tinha um bronzeado que deixa qualquer uma louca de amores por ele, seus fartos músculos se sobressaíam através da camisa social brancar com as mangas dobradas até o meio de seu antebraço. Seus cabelos levemente penteados para trás com algum espécie de gel fixador.
Ele se dirigiu a porta e abriu, sorrio em agradecimento e passo pela porta me dirigindo ao elevador e logo ele se junta a mim.
Esperamos por longos minutos, até que o santo elevador chega. Entramos e apertamos o botão do térreo ao mesmo tempo e rimos sem graça, evitando trocar olhares significativos um com o outro. É extremamente difícil se permanecer calma diante de sua presença tão perto de mim assim. Eu ainda não entendo isso, mas algo me diz que ainda corro risco, não de algo que me traga uma sensação de perigo. Mas algo mais profundo que eu sei que posso me machucar.
Eu quero impedir isto a todo custo e eu tenho que sair de sua custódia. Afinal ele é um delegado renomado e eu sou apenas uma vítima oprimida da maldade alheia. Eu sei, que Cloyd é perigoso, já provei disso e só eu sei o quanto é doloroso. Meu corpo cheio de cicatrizes não me deixa mentir.
Logo alcançamos o térreo e como um enigma ou algo Estranho, saímos ao mesmo tempo, ficando presos na porta entre o elevador e o saguão do prédio. Coro violentamente e ele começa a rir de nervoso.
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Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem)
Storie d'amoreLivro 1 - Trilogia Farcoland • Contém linguagem imprópria, violência e cenas de sexo explícito. +18. PROIBIDO PARA MENORES DE 18. André Farcoland, é um jovem de 29 anos, bem doutrinado de origem humilde e sempre sonhou em seguir carreira na polícia...