Laila
Cloyd me segura com muita força, eu não quero que ele faça mal aquela garota. Mark deu uma coronhada na cabeça dela a deixando inconsciente. Quando Mark abriu a porta da van, me puxou de uma maneira que rasgou a manga do meu casaco e me joga com força no chão. Cloyd rir diabolicamente como se aquilo o divertisse.
Então ele me levanta e me aperta, enquanto Mark retira Lorena da van ainda desmaiada. Eu tento gritar mas Cloyd me tampou a boca.
- Querendo ou não, ela vai morrer, sabe por que? Você fez isto. Você é causa da morte dela, vai aguentar isso pro resto da sua vida. - diz Cloyd perto do meu ouvido e me debato.
-Não! - grito depois de arranjar um jeito de retirar sua mão pesada e áspera.
Ele me vira para si e estrala um belo tapa em meu rosto. Meu rosto ardia no lsdo esquerdo e a única coisa que eu consigo pensar é em André, que ainda deve estar dormindo feito um anjo no sofá.
- Seu delegado está achando que ele vai ter a noivinha de volta e adivinha, quando ele chegar ele vai ter que escolher...a noiva que é a opção mais óbvia ou você uma garota suja que dancaca nas boates de Veneza?
- Cloyd, eu faço o que você quiser, vou para qualquer lugar com você mas por favor, deixe ela ir, ela está muito machucada.
- Ora, se eu fosse sentimental diria que está apaixonada por esse delegado. Então mudança de planos, os dois morrerão na sua frente.
Começo a soluçar de tanto chorar.
- Não!
- Talvez aprenda a não brincar mais comigo, você entendeu?!
- Por favor, o erro foi meu, eu que fugi, ela não tem nada a ver com isso.
- Ah, mas que cena linda, querendo salvar a noiva do amado dela, Mark. Não é uma coisa linda de se ver?
Mark riu gostosamente e só me sinto envergonhada.
- Que pena! O delegado parece ter um gosto refinado, e nunca comeria algo podre como você.
Começo a me debrulhar em lágrimas e abraço meu corpo na tenrativa de controlar minha tristeza inconsolável.
Na verdade eu estava inconsolável. Eu sei que André nunca ficaria comigo e talvez tivesse sido, de fato, uma besteira me apaixonar por ele.Mark tinha razão, ele era uma cara sério e tinha poder. Tem sim um gosto refinado que nem a garota do prédio, bonita, do corpão, loira platinada. É desse tipo que ele gosta, não sou do tipo que faz seu joguinho e eu sou uma fruta podre, sou qualquer lixo apodrecendo num beco úmido e sem saída.
É o meu destino e eu tenho que aceitar mas não posso deixar que duas pessoas boas paguem por meus erros. Vai ver vai ser melhor assim.
Continuo sentada e Cloyd encosta na van preta de braços cruzados.
- Alguma coisa me diz que o delegado está aprontando. Ele nunca virá sozinho...- diz Mark.
- Você sempre pessimista! Você acha que ele não virá salvar a vida delas? Claro, que acho que ninguém vai ter chance.
- Cloyd...- tentei dizer.
- Cala a boca! Você causou isso, agora aguenta as consequências.
Começo a chorar e tenho que ser mulher pela primeira vez na vida e fazer o que é certo. Me levanto e Cloyd me olha, desconfia das minhas ações. Mas por enquanto não me vem nada a cabeça.
- Melhor deixar elas na van. Já somos notícia, André não é bobo. - disse Mark.
- Coloque então.
Mark jogou Lorena na van e depois a mim. E bateu a porta. Está tudo escuro, mas a van tinha tralhas de ferro e caixotes, diminuindo nosso espaço. Lorena choramingou e fui ajudá-la.
- Lorena, calma, eu vou ajudar à você sair daqui. - digo.
Ela se levanta com muita dor e gemendo.
- O que estou fazendo aqui? Onde estou? André?
A maneira como ela chamou por André me cortou o coração, porque eu queria que fosse eu a chamá-lo mas coloquei-os em perigo porque fugi do Cloyd. Tomare que ele chegue logo para salvar sua amada. Eu não me importo de morrer, só quero que eles fiquem a salvo.
Ouço a voz de Cloyd do lado de fora e caminho com dificuldade para a porta e escosto meu ouvido para tentar escutar algo.
- E então delegado?...os planos mudaram, vamos sair de onde estamos. Já que você não apareceu...o senhor tem que tomar uma decisão mas enquanto toma ela, vai ter que nos achar. Adeus delegado, eu entro em contato, adeus.
Vejo a sombra do Cloyd dar a volta e Mark entra no carona e logo Cloyd entra.
Estou perdida, penso.
André
A Polícia civil não havia chegado o que me deixa mais furioso. Me levanto após ver a van se afastar do local. Não perco tempo e entro no meu carro no momento que a polícia chega.
Carlos sai do carro e me olha.
- Acabaram de sair, vamos segui-lo!
Ele assente e dou partida no meu carro indo na direção deles. A van está um tanto distante, mas é possível visualiza-la já que o tom escuro do céu era metamorfoseado por um roxo escuro que já me possibilitava uma visão melhor. A van não tinha placa.
Três viaturas seguiam atrás de mim com as sirenes desligadas. Mantivemos uma velocidade reduzida para não dar muito na cara.
E ficamos os seguindo por um bom tempo.
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Delegado Sedutor - Livro 1 (Repostagem)
RomantizmLivro 1 - Trilogia Farcoland • Contém linguagem imprópria, violência e cenas de sexo explícito. +18. PROIBIDO PARA MENORES DE 18. André Farcoland, é um jovem de 29 anos, bem doutrinado de origem humilde e sempre sonhou em seguir carreira na polícia...