☆Capítulo sete☆

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 - Quem é você? - pergunto para o garoto na minha frente. Aparenta ter uns 18 anos. Olhos azuis e cabelos castanhos bem claros, quase loiros.
 - Você invade minha casa e pergunta quem eu sou? - diz bem próximo de mim, soprando seu hálito de menta na minha face.
 - Eu bati. - digo e ele revira os olhos.
 - E logo depois invadiu - diz
 - Desculpe se eu não queria morrer de frio. -  respondo. E ele me olha de cima abaixo. Devia ter colocado uma saia maior. Ou uma calça. Ele olha pro meu rosto novamente.
 - É melhor se trocar. E tomar um banho - diz e eu semissero os olhos. - O que foi? Não é você que não queria morrer de frio? O banheiro é na terceira porta, à direita.
 Olho para ele ainda desconfiada e hesitante. Não posso tomar banho na casa de um completo desconhecido. Mesmo sendo um gato.
 - Melhor do que pegar um resfriado. - diz.
 Isso eu tenho que concordar.
 - Você pode ser um assassino. - digo.
 - Um assassino ofereceria seu banheiro? - pergunta e eu concordo com a cabeça. - Se eu quisesse te matar, já teria feito.
 - Tudo bem. - digo e sigo pro caminho que ele indicou. Entro, tranco a porta e começo a me despir. Tomo banho o mais rápido possível. Uso um feitiço para me secar e para secar minhas roupas. Pego uma blusa de frio que eu esqueci que tinha dentro da bolsa e visto - a. Faço um coque com os meus cabelos molhados e saio do banheiro. No caminho de volta para a sala, vejo muitas portas, todas fechadas. O garoto está sentado no primeiro degrau da escada. Ele me olha de cima a baixo.
 - Como sua roupa secou tão rápido? - pergunta levantando uma sobrancelha.
 - Jeans seca rápido - digo. Ele não parece convencido mas não faz mais perguntas.
 - Posso saber o nome do esquisito,  provavelmente assassino que me ofereceu seu banheiro? - pergunto
 - Logan. Posso saber o nome da estranha que invade minha casa e seca as roupas magicamente? - Pergunta
 - Megan. - respondo e olho para a janela. A chuva já parou. Mas a lama ainda é um problema. - Você teria uma pá?
 - Pra que você quer uma pá? - pergunta erguendo a sobrancelha novamente. - Não quer acertar minha cabeça e fugir, quer?
 - Se fosse para isso eu não te diria, não é mesmo? - digo e ele sorri. É o sorriso mais lindo que eu já vi.
 - Bingo. Vou pegar sua pá. - afirma, saindo da sala. Começo a observar o lugar. É incrível. Ele volta numa velocidade impressionante com a pá na mão. - Não vai me acertar, certo?
 - Na sei se teria força para isso. - digo.
 - Vou considerar isso como um sim. - afima me entregando a pá.
 - Obrigada. Por tudo. Agora tenho que ir antes que a chuva volte.
 - Posso saber o que estava fazendo no meio do nada durante um temporal? - pergunta.
 - Se nós vermos novamente eu te conto. - digo piscando.
 - Sua sorte é que além de incrivelmente  bonito, eu sou muito curioso. Até logo, Megan.
 - Convencido também. Tchau, Logan.

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