Bewitched city

☆Capítulo dez☆

Entro pelos fundos e sento em um banquinho da varanda. Tenho quase certeza que Mai Cooper é uma vampira. Se minhas suspeitas forem verdadeiras... Escuto um barulho vindo de dentro da lata de lixo.
- Fugite. - digo e a tampa sai. Me aproximo devagar da lixeira. Ela mexe novamente. Duas orelhinhas pretas aparecem, depois dois olhinhos azuis e por último um bigodinho cinza.
- Pisiu!- exclamo e ele me olha com seus intensos olhos claros. - O que faz aqui bichinho?
Ele ronrona e pula no meu colo. Sento no banquinho e começo a alisar o seus pelos negros e macios. Começo a rir com a ironia desta situação. Uma bruxa que achou um gato preto? Irônico demais.
Escuto a porta da frente se destrancando. Deve ser James.
- James? Já chegou? - pergunto.
- Sim. Vou subir. - diz e eu escuto a barulho das escadas.
Entro na cozinha com o gatinho no colo. Coloco leite em uma vasilha, ponho os dois no chão e espero o gato começar a beber.
Outro barulho na porta. Mamãe entra na cozinha.
- O que é isso? - pergunta olhando pro gato.
- Novo integrante da família?
- Não! Um gato? Megan! - exclama
- Por favor! - digo e nessa hora papai também entra na cozinha.
- Um gatinho. Vem cá! - exclama e o gato vai para o seu colo.
- Onde achou esse bicho? - minha mãe pergunta.
- Ele me achou. Posso ficar com ele? - pergunto
- Não. - diz minha mãe ao mesmo tempo que meu pai diz : Sim.
Eles se olham por um tempinho.
- Tudo bem! Mas você vai cuidar. - diz mamãe. E eu sorrio.
- James! Desce aqui. - grita mamãe. Ele entra na cozinha e ficamos os quatro nos entreolhando.
- Bom, a prima de vocês, filha do tio John vai morar aqui um tempo porque o tio de vocês vai ter que viajar a trabalho e ela não poderá ir junto. - informa papai.
- A prima Jessie? - pergunto.
- Sim. - responde. James revira os olhos eles nunca se deram muito bem. Eu fico animada, sempre fomos amigas apesar de termos nos afastados por um tempo.
- Quando ela chega? - pergunto.
- Domingo.
No outro dia...
Depois de me arrumar para a escola, guardo três estacas na minha bolsa. Se estiver certa não vou poder errar. Entro no carro onde James já me espera.
- Que demora! - exclama
- Por que não foi a pé? - devolvo e ele só revira os olhos. Está visivelmente se mau - humor.
Depois de estacionar e um irmão furioso sair do carro vou em direção as salas.
- Bom dia! - dizem Alec e Aila.
- Oi. - respondo e Aila começa a falar algo sobre algum trabalho. Estou totalmente alheia a conversa. Presto atenção na menina que acaba de entrar. Mai Cooper.
O professor entra logo atrás e todos sentamos, nos mesmos lugares. Depois de um tempo de aula olho para a mão de Mai que está bem na minha frente. Imagino um pequeno corte, nada muito grade, mais ou menos uns três centímetros e sussurro: atrium.
O corte aparece nas costas de sua mão e ela o olha assustada. Tampa-o com a mão esquerda e olha em volta para ver se tem alguém olhando depois tira a mão. O corte sumiu.
Mai Cooper. Minhas suspeitas estavam certas. Uma vampira. Alguém para aniquilar.