☆Capítulo nove*

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 - Concentração, Megan! - exclama vovó.
 - Estou tentando. - respondo. Se passaram dois dias desde o pequeno acidente na floresta. Estou na casa da vovó Mysie. Treinando como imobilizar um vampiro.
 - Como eles tem super força, não adianta imobilizar o corpo. Tem que mexer com a mente. - informa. - Imagine o cérebro se encolhendo e diga: shrink. Isso irá causar uma enorme dor e dará tempo de você usar a estaca.
 Estávamos tentando o feitiço de encolhimento a quinze minutos. É o feitiço mais complicado que eu já testei. Olho para a bola na minha frente, sim, estou treinando  com uma bola. Duvido que algum vampiro seria voluntário para me ajudar a treinar como matar sua espécie. Tento novamente. Nada. Bufo.
 - Você tem que querer, Meg. Esse é o segredo da magia.
 - OK.
 Olho novamente e imagino a bola se encolhendo aos poucos. Me concentro no objeto a minha frente. Eu quero que encolha. Quero que dê certo. Sussurro : shrink.
 - Consegui! - exclamo.
 - Isso mesmo, Megan. - diz dando um sorriso. - Depois é só lançar a estaca no coração.
 - Como vou saber se alguém é um vampiro?- pergunto.
 - Antes, usávamos o dia a nosso favor. Hoje? Não podemos contar com isso. - diz e eu a encaro confusa. - Vampiros não podiam sair de dia. O sol queimava - os.
 - E agora não queima mais? - pergunto ainda sem entender.
 - A maioria, não. Algumas bruxas fazem um feitiço, pelo preço certo. É um pouco complicado. Elas precisam de algum objeto, uma pulseira, um relógio ou até mesmo um brinco, algo que a pessoa usava sempre, antes de se tornar vampira. Geralmente são objetos pequenos e pouco chamativos. Carregando eles, o sol não os afeta. - responde.
 - E agora? Como identifica - los?
 - Pense. Se eles conseguem manipular pessoas... - começa.
 - Vão estar cercados delas. Vão usar a manipulação para ter amigos. Ou melhor, fingir que tem amigos. - digo.
 - Exato. Se suspeitar de alguém, use um feitiço de corte leve, para não ter problemas se você tiver errada. Se estiver certa, a ferida vai curar em instantes. Acabamos por hoje. - diz
 - Tchau, até semana que vem. - digo saindo.
 - Tchau, querida.
 Entro no carro e começo a pensar. Acho que sei de um provável vampiro. Amanhã vou ver se estou certa. E se tiver, vou fazer o que for preciso, pela segurança de Bewitched city.

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