☆Capítulo vinte e quatro☆

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Assim que os dedos da vovó soltam o meu braço, corro em direção a Aila.
 - Hey! Aila. - me ajoelho ao lado do sofá e fecho minhas mãos em torno de seus ombros, balançando - os levemente. Ela abre os olhos, com certa dificuldade e se senta. - Está tudo bem?
 Ela concorda levemente com a cabeça e seus olhos vagam pela sala até encontrar minha avó.
 - De que história você está falando? O que acabou de acontecer? - Faz a pergunta que eu mesma queria fazer. Por que minha melhor amiga está tendo visões, mudança da cor dos olhos e desmaios? Se eu não conhece bem Aila e a série de coisas estranhas que acontecem na cidade, eu diria que minha amiga estava se drogando.
 - Você acabou de receber o símbolo da vidência. - diz apontando para o colar em seu pescoço. Aila toca o colar com delicadeza enquanto observa - o.
 - Eu já vi esse símbolo antes. Acho... que estava nas coisas da mamãe. - informa. A mãe de Aila morou com ela e o pai apenas cinco anos após o nascimento da menina depois, ela saiu de casa, sem deixar notícias. Todos os anos, nos aniversários de Aila, ela manda uma carta, sem remetente. Ela e o pai já tentaram encontrá - la, conversar com ela, mas ela só dá um sinal de vida por ano. Há uns três anos, eles pararam de procurar.
 - Agnes Wilson. Uma das maiores videntes que eu já conheci. - diz vovó. - Você tem uma aura muito forte, querida. Provavelmente é de família.
 Incrivelmente Aila não parece muito surpresa. Olho para ela que entende meu olhar e dá de ombros.
 - Na carta do meu aniversário de quinze  anos, mamãe me contou. Lógico que eu não acreditei mas, depois que você e Alec me contaram o que eram eu passei a acreditar um pouco. E desde então as visões vem se intensificando. - diz e eu a encaro perplexa.
 - Isso facilita bastante as coisas. - diz vovó - Posso te emprestar uns livros, querida. Tudo que eu sei é a teoria.
 - Obrigada vovó Mysie. Não tem problema. Acredito que as cartas da minha mãe vão ser bem mais longas e expressivas de agora em diante. - diz com um sorriso fraco.
 - Bom... Temos que encontrar o resto do pessoal. Você está bem, mesmo? - pergunto.
 - Estou. - responde e eu sei que não é verdade. Mas Aila, de qualquer jeito não iria admitir tal coisa.
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