O banco da praça era o melhor lugar para se estar, caso quisesse relaxar. Era um lugar extremamente belo e silencioso.
As folhas das árvores tripudiavam no ar caindo no chão uma a uma com elegância, exalando uma beleza sem igual.
O vento soprava uma melodia calma, e isso ajudava a jovem Lilian a se concentrar nos problemas que não eram os seus.
Por os pensamentos em ordem era a prioridade, pois ela havia conseguido pegar algumas informações essenciais sobre o Eric:
Ele vivia apenas para si mesmo.
Esse fato ela havia percebido com um pouco de dificuldade. Estavam em seus atos e em suas palavras.
Ele nunca se referia a uma pessoa além de si mesmo. Dizia sempre “eu”, mas nunca “nós”.
Ele tinha problemas com a mãe.
Esse, ela havia descoberto de forma inoportuna.
Mesmo que pensasse muito, não conseguia imaginar que tipos de problemas Eric havia tido com ela.
Ele não considerava ninguém seu amigo, e isso a incluía.
Lilian odiava essa parte, mas sabia que era verdade. Ele nunca havia considerado-a sequer uma amiga.
Esse fato fora fácil de ser notado, o simples olhar dele dizia tudo. Estorvo.
Perceber isso foi mais dolorosos do que a jovem esperava, era sufocante. A sensação assemelhava-se ao seu coração sendo esmagado sem dó.
- Está com dor de barriga? - perguntou João interrompendo a linha pensamentos de Lilian.
Ela olhou por um tempo para o rapaz de aparência desarrumada que se encontrava a sua frente, então suspirou.
- Não - negou. - Estava pensando em Eric.
João, que apenas passava por lá, decidiu sentar-se ao lado da jovem e ouvir seus problemas.
- E o que descobriu? - perguntou enfiando as mãos no bolso numa tentativa de ficar confortável.
- Ele tem problemas com a mãe - respondeu ociosa.
- E o que mais?
- Ele vive para si mesmo, e só pra si mesmo - começou a dizer devagarinho. - Ele não confia em ninguém, e isso me inclui.
João riu profundamente, como sempre, ele estava muito bem humorado.
- E eu pensando que você era tapada! - admitiu entre risos. - Quando se trata de xeretar a vida alheia, você é mais perspicaz do que eu!
Lilian ficou em silêncio, esperando que João terminasse de rir às suas custas para poder falar novamente.
- Ultimamente, meu coração tem doído quando eu penso nele. - Lilian encarou o impecável céu azul - Eu acho que estou com algum problema cardíaco, eu deveria ir ao médico...
João começou a rir novamente:
- É claro! Definitivamente é isso! - disse com a voz carregada de sarcasmo. - Acho que sei qual a sua doença!
- Qual é? - indagou com curiosidade sincera.
- Você se apaixonou por ele! - Lilian arregalou os olhos num espasmo de surpresa.
Não importava o quanto Lilian pensava no assunto, era impossível. Ele era, de fato, muito atraente em termos de aparência, mas em termos de personalidade, não. Era frio, grosso e indiferente.
- É impossível! - colocou seus pensamentos em palavras.
- Não se preocupe, Lilian - começou a dizer enquanto se levantava -, se as coisas não derem certo entre vocês dois, eu me caso com você.
Ele começou a ir embora por uma estradinha íngreme, desaparecendo ao longe.
- Eu já disse, é impossível! - repetiu irritada, mas João já estava muito longe para poder ouvir-la.
***
Ebaaaa! Atingimos 300 visualizações lolololol
Estou tão feliz T.T
Obrigado a todos que acompanharam até agora. Espero que tenham gostado do capítulo.
O desenho do início do capítulo foi feito pelo meu melhor amigo César. Obrigado pelo desenho César <3
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O oposto do inverso
Romansa"Tomo sua dor como minha e seus problemas como meus, isso se chama amor." Como qualquer pessoa de uma cidade pequena, Lilian vive em uma rotina simples e monótona. Mas sua vida dá uma reviravolta quando se vê envolvida com Eric, um garoto que acaba...