Após algum tempo chorando, começo a sentir que dentro de mim já não há mas nenhuma lágrima pra derramar mesmo assim a vontade de chorar não passa, sinto a porta abrir, crio uma esperança de que seja minha mãe que tenha reconsiderado e tenha vindo me buscar, olho mas não era minha mãe, que pena! Era minha tia Juliana. Ela me vê jogada no chão com as roupas sujas, eu toda molhada de lágrimas, ela pega em meu rosto e olha em meus olhos, sinto-me bem toda vez que minha tia vem me visitar, ela fala:
-o que aconteceu contigo minha pequena guerreira?
-meu pai teve um derrame.
-e o que está fazendo aqui, porque não foi pro hospital?
-minha mãe não deixou, ela acha que sou a responsável pela tragédia.
-mas minha irmã está louca, vá tomar banho e troque de roupa.
-porque? -pergunto eu limpando as lágrimas.
-nós vamos ao hospital.
-mas minha mãe disse....... -ela me interrompe.
-o que minha irmã disse não tem importância, o seu lugar é do lado de seu pai, e é isso que vou fazer.
-ela vai brigar comigo.
-deixa eu me entendo com sua mãe.
Bom eu não tinha escolha, confesso que adorei a atitude de minha tia, assim posso ver meu querido pai. Não me demorei muito no banheiro tomei um banho rápido, peguei minha calça vesti, peguei minha blusa de renda branca vesti, e desci o mais rápido possível.
-estou pronta tia. - digo colocando um das mãos na cintura.
-então vamos.
Entramos no carro de minha tia, que por sinal é um Camaro branco, e fomos muito rápido pro hospital, acho que minha tia estava indo a mais de 80 por hora, nunca vi ela indo tão rápido assim. Logo chegamos ao hospital, minha tia foi correndo falar com a moça que atende.
-bom dia!
-bom dia o que dejesa? -diz a atendente sorrindo.
-gostaria de saber em qual quarto Mário campos está?
-um momento por favor......
-sim eu aguardo.
a moça olhava atenciosamente cada nome que passava na pequena tela de um computador, após minutos de espera enfim a moça nos disse algo.-senhora, ele está no quarto 37.
-pode nos dizer a situação em que ele se encontra?
Confesso que quando minha tia fez essa pergunta meu coração começou a acelerar, parecia até que eu ia ter um infarto de tão acelerado que meu coração estava.-não posso dar detalhes sobre o paciente, ordens do doutor. - fala a atende.
-está bem! -diz minha tia cabisbaixa.
Nós vamos correndo em direção ao quarto, ao chegarmos me deparo com o olhar de minha mãe furioso vindo em minha direção. Ela pra não causar confusão pega em meu braço e me tira pra fora do quarto, minha tia também sai.
-eu disse que não viesse.
-eu não vinha minha tia que insistiu muito pra que eu viesse.
-é verdade Juliana?
-sim irmã eu insisti para que Emily viesse.
-e porque ousou me desobedecer?
-por que não era justo que ela ficasse em casa sofrendo sem ver o pai.
-mas ela sabe bem que todo esse sofrimento foi culpa dela.
-não Manuela, nós sabemos muito bem que não é culpa da Emily.
-não quero discutir agora em casa conversamos.
Entramos para dentro do quarto, me aproximei de papai, e vi sua figura pálida, me arrepiei toda. De repente algo pega em minha mão, olho e vejo que é papai, ele abre os olhos e faz um esforço enorme pra falar.-minha filha.
-papai.
-quero lhe dizer algo.
-diga depois papai, terá todo o tempo para me dizer.
-não, sinto que não terei mas tempo, por isso quero que me prometa que vai fazer o possível e o impossível pra ser feliz.
-está bem, prometo papai. -as lágrimas tomaram conta de meu rosto mais um vez.
Me afastei da cama, e minha aproximou-se para ouvir o que meu pai tinha a dizer.
-Manuela meu amor.
-diga.
-cheguei a reta final, por isso quero que também me prometa, que vai cuidar de nossa filha.
-prometo meu amor.
-eu amo vocês. -disse ela chorando.Após dizer essas últimas palavras meu pai entrou num sono profundo, num do qual jamais ele ia acordar, meu pai a partir daquele momento estava concerteza dançando com os anjos lá no céu. O médico entrou examinou meu pai e muito olhou para nós bem serio e balançou a cabeça. Minha mãe se jogou de joelhos no chão e começou a chorar muito.
A partir daquele dia não fui mas a mesma, me tornei seria, fechada, e amarga.
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Emily Uma Garota Rebelde.
Teen FictionEmily uma jovem de apenas 16 anos, sofreu uma perda horrível, seu pai Mário, morreu. Sua mãe depois de se tornar viúva joga a coitada em um colégio privado onde as duas só se vêem no fim de semana. Nesse colégio Emily viverá e fará suas maiores...