TRILHA DA LUA

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- Aonde eu fui me meter -- reclamei levantando da cama

Conferi a hora e ainda eram 23:00 coloquei uma roupa qualquer e peguei minha carteira e meu celular, não fiz questão de me arrumar sai de casa com o cabelo em um coque e cara de sono

- Onde a princesa acha que vai? -- Mari me parou na rua
- Onde eu acho não, onde eu vou -- disse descendo
- Me leva amiga -- ele correu atrás de mim
- Eu vou resgatar o menino de ontem de pagar mais mico -- falei descendo com ela me seguindo -- Amanhã Mari, amanhã é aquela festa a fantasia -- disse e ela gritou animada me deixando descer em paz

Fui até o moto táxi e pedi para ele me deixar no endereço passado pela Lívia, desci e paguei o mesmo e avisei que não precisava me esperar, entrei no salão que acontecia a tal festa e procurei pela minha amiga até encontrar ela agarrada a um menino e a puxei

- Eu tô aqui, cadê ele -- perguntei e ela me encarou
- Amiga -- gritou me abraçando -- Essa aqui é a Lola de quem eu falei -- disse para um grupo de meninas
- Vamos tirar foto -- uma delas me puxou
- Não eu não tô afim -- e antes que eu pudesse falar algo elas já estavam ao meu redor para uma foto -- Que ótimo -- sai do meio delas e puxei a Lívia -- Cadê ele? -- perguntei
- Serve aquele ali? -- ela apontou para um canto qualquer e ele estava sentado enquanto uma menina se esfregava nele e um outro cara derramava bebida em sua boca

Revirei os olhos e fui até lá na intenção de tira-lo dali e deixa-lo em casa

- Eu você não é a Lola? -- um menino me parou segurando meu braço
- Parece que todo mundo aqui me conhece mesmo -- eu ri de lado e me soltei dele
- Eu sou o Antônio -- ele sorriu e ajeitou seus óculos -- Sua amiga falou muito bem de você e mostrou fotos -- ele riu
- Tá certo Antônio, seja lá o que ela tenha dito eu tô aqui só de passagem e já até estava indo embora então depois a gente conversa -- eu disse da maneira mais simpática possível e ele concordou e saiu cantarolando uma música animado

- Lincença amor -- parei na frente da menina que me encarou com cara de pouco amigos
- Está na minha vez -- ela me ignorou e voltou a rebolar
- Chega, já está ótimo -- puxei ela pelo braço a tirando de cima dele é o puxei para levantar
- Lola -- ele sorriu passando a mão pelo meu rosto -- Que bom te ver -- ele me abraçou
- Vem, eu vou te levar pra casa -- puxei ele
- Ela vai me levar pra casa galera -- ele gritou e eu mais uma vez revirei os olhos
- Onde está a chave do carro? -- perguntei e não obtive resposta então comecei a procurar pelos bolsos de sua bermuda até achar -- Onde você estacionou? -- perguntei e ele ria sem parar

Passei seus braços pelos meus ombros e fui destravando e travando o carro até encontrar no final da rua

- Como não pensei nisso antes -- resmunguei e abri o passageiro o ajeitando no banco
- Você não tem amigos não? -- gritei quando entrei no carro -- Onde você mora? -- perguntei e ele não respondeu
- Puta que pariu -- bati com as mãos no volante fazendo a buzina apitar e ele acordar assustado