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Na hora do almoço a Natiele foi buscar o Arthur pra levá-lo ao médico, fiquei na loja sozinha e atendi algumas pessoas, Fabrício parou a moto em frente a loja e cruzou os braços, fiz sinal para que ele entrasse

- Não vai almoçar hoje não -- perguntou subindo o degrau -- Boa tarde -- disse pra algumas meninas que se assustam com a presença dele
- Tô esperando a Mari -- disse colocando umas roupas na bolsa
- Tava pensando da gente dar um role mais tarde -- encostou no balcão
- Só se for no mercado -- eu ri -- Tenho que fazer compras -- desviei o olhar dele -- Muito Obrigada, volte sempre -- entreguei a sacola da moça e sorri
- Que bonitinho minha mulher trabalhando -- me deu um selinho
- Tua mulher é a Larissa, tá sabendo não? -- brinquei com ele
- Tô nem te entendendo -- ele se afastou de mim e eu contei tudo pra ele -- Tu ainda discute com uma porra dessa -- ele balançou a cabeça e riu
- Eu que não vou deixar ela me chamar de piranha pra todo mundo ouvir e ficar quieta -- disse
- Quem te chamou de piranha? -- chegou já querendo saber da fofoca
- Larissa -- revirei os olhos
- Agora que ela chegou nos podemos ir -- Fabrício disse e me puxou
- Boa tarde pra você também -- disse pra ele que revirou os olhos -- Vou só tirar a roupa da escola e colocar o uniforme -- falou pegando a mochila e entrando
- Custa ser educado? -- chamei a atenção dele
- Quero papo com essa mina não -- falou sem me olhar
- Pronto -- disse saindo da sala e voltando pro salão -- Cadê a Natiele? -- perguntou
- Foi levar o Arthur no médico e daqui a pouco está aí -- disse -- Não volto hoje, então fecha a loja -- olhei pra ela entregando a chave -- Eu vou resolver umas coisas e resolver o lance da carteira de trabalho de vocês duas -- falei tentando me lembrar se tinha mais alguma coisa
- Vai pro baile amanhã? -- perguntou animada
- Baile? -- perguntei surpresa e olhei pro Fabrício
- Quarta é feriado então amanhã é dia de baile na comunidade -- ela cantarolou a última parte
- Eu já vou indo -- peguei minha bolsa no balcão -- Tchau Mari -- dei um beijo na bochecha dela e sai com o Fabrício da loja -- Quando você ia me contar que ia ter baile? -- perguntei
- Você não ia mesmo, por isso não falei -- deu de ombros
- Vamos logo -- revirei os olhos
- Já disse pra você que eu não sou moleque pra tu ficar revirando olho pra mim -- apontou o dedo
- E eu já disse que eu não sou mulher que homem vai apontar o dedo na cara -- falei
- Sobe aí e vamos almoçar -- disse antes que começarmos a discutir

Subimos até a casa do Fabrício e preparei um almoço rápido por lá, almoçamos lá mesmo e depois ele me deixou na cidade para resolver as coisas e voltou pro morro, fui ao ministério do trabalho e entreguei alguns documentos para a regularização da loja, fiquei lá por aproximadamente duas horas e quando finalmente sai de lá peguei um ônibus e fui comprar algumas coisas na Uruguaiana

TRILHA DA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora