- Quer saber de uma coisa Fabrício? -- falei indignada -- Se você tá considerando a possibilidade de me deixar é porque você tem dúvidas sobre nós -- disse com raiva -- Mas se é pra eu te ajudar a tomar uma decisão eu decido -- ele me encarou firme e preocupado -- Mata ela -- olhei firme e com raiva -- Chega de ser a boazinha, de pensar sempre nos outros e não em mim, chega -- eu gritei e depois abaixei o tom pelas crianças -- A Luísa não pensaria duas vezes em puxar o gatilho pra mim, ela não pensaria na minha filha, que se foda então -- dei de ombros -- Se você não fizer, faço eu -- saí do quarto e bati a porta sem deixar ele falar nada
Fui pra cozinha e tomei uma água, dei uma olhada nas crianças que brincavam normal, Fabrício saiu do quarto e ficamos nos encarando frente a frente sem dizer absolutamente nada, ele riu debochado ajeitou a arma na cintura, ele não trazia arma pra casa e eu de certa forma me assustei quando vi, e saiu porta a fora batendo a mesma, era um domingo de calor e sol forte, coloquei o Ryan de cueca e pus o biquíni na Ariela e ficamos lá em cima da piscina o dia todo, almoçamos e até então eu não tinha falado com ninguém sobre nada, uma raiva estava tomando conta de mim mas um pingo de esperança se plantou no meu coração quando lembrei do meu pequeno pedaço de arroz que agora eu carregava, a campainha tocou e eu fechei o portão do terraço e desci pra atender de biquíni mesmo
- Qual foi patroa o patrão tá te chamando lá na boca -- MT falou meio desconfortável e olhando pro meu corpo - Diz pra ele que eu tô com os filhos dele em casa e não vou largar eles pra me meter em boca -- falei fechando a porta grosseiramente e a campainha tocou de novo -- MT eu já disse -- calei a boca ao ver a Lívia -- Entra -- dei espaço - Que tensão é essa nessa casa? -- ela perguntou e se jogou no sofá - Nada -- respirei fundo -- Tá fazendo aqui? -- perguntei me sentando - Vim pegar minha afilhada pra passear -- disse e riu - Aí meu Deus as crianças -- falei e sai correndo pro terraço - Tá com a cabeça aonde? -- Lívia veio atrás de mim e eu ri -- Me conta logo -- falou e eu ri negando mas logo contei tudo e acabei chorando -- Vou ter outro afilhado? -- ela sorriu boba - Foca no agora -- dei um tapa nela
Pra variar ela não me ajudou em porra de caralho nenhum e acabou levando os dois pra dar uma volta no shopping, aproveitei esse momento pra arrumar o quarto da Ariela que estava de cabeça para baixo e dar um jeito na casa que não estava muito diferente dos quartos, eu já não aguentava mais arrumar a casa todos os dias e ela ficar bagunçada sempre, quando acabei me deitei e liguei o ar e acabei pegando no sono
"Pode surtar, nada abala 🌩"
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