Depois da Lívia me acalmar e revelar que a febre da Ariela era apenas de mais um dente nascendo eu estava mais tranquila, tomei um banho e tirei uma foto, voltei em casa de moto táxi com o Vinícius e peguei roupas, voltei com o Vinícius parando em frente a casa da minha vó e entrando direto, postei a foto de mais cedo e passei o resto do meu tempo livre dormindo
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Acordei e fui no bar organizar algumas coisas pra minha vó, quando voltei a casa fui separar minhas coisas enquanto eu estava falando no celular com o Miguel
- Qualquer coisa você me liga -- repeti diversas vezes - Eu já entendi -- disse - Não esquece que a dipirona tem que ser de seis em seis horas -- falei lembrando - Lola não é a primeira vez, vai se divertir -- disse desligando a ligação na minha cara - Grosso -- falei sozinha
Assim que terminei de escolher uma roupa eu fui pra cozinha onde encontrei meu pai com uma cara nada boa sentado a mesa
- Boa noite -- passei e peguei um copo indo pegar água no bebedouro - A gente pode conversar agora? -- ele perguntou e eu assenti bebendo minha água ainda de pé -- O André vai voltar a morar com a sua vó -- falou decidido -- Ela precisa de limites -- me encarou -- Ele me lembra você mais nova -- sorriu de lado - Tudo bem -- dei de ombros - Lola você sabe que a sua mãe foi a única que eu realmente gostei não sabe? -- perguntou e eu assenti -- André também sabe, ele foi atrás da mãe e descobriu tudo -- respirou fundo -Ele vai superar -- disse meio indiferente porque ainda estava magoada com meu irmão me negando voz -- Aliás, era melhor que ele pensasse que ele tivesse realmente morta do que saber que estava a duas ou três ruas daqui e nunca se preocupou com ele -- falei - Eu não quero ouvir vocês falando disso mais uma vez -- André entrou na cozinha com a cara toda amassada - Tá sabendo que você vai voltar a morar aqui? Legal né? -- disse tentando animar ele e André apenas encarou meu pai - Achei que seria melhor pra você e já que você procurou por ela pra ficar mais próximo -- dei de ombros e André bufou soltando um sorriso cínico - Eu não tenho a mínima vontade de ficar mais perto dessa mulher -- disse grosso - Ela é sua mãe independente de qualquer coisa -- eu disse - Mãe é quem cria, minha mãe é minha vó -- falou - Vai ver ela teve os motivos dela, você não perguntou? -- me sentei na cadeira e o encarei - Ela disse que era muita nova e que um filho iria atrapalhar a vida dela -- me olhou com os olhos meio perdidos -- Você sabia que ela escondeu a gravidez de todo mundo? -- perguntou -- Ela usava uma cinta e ela deu graças a Deus por ser parto normal e eu nascer em um feriado que ela não iria precisar faltar no trabalho -- disse desacreditado - Eu sinto muito -- foi o que eu pude formular diante dos olhos do André perdidos e cheios de lágrimas
