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Acordei junto com o Fabrício com alguém dando porradas na porta

- Só pode ser sacanagem -- reclamou e olhou a hora no relógio -- São 8:50 da manhã de um domingo -- ele estava puto
- Quem é nessa merda? -- reclamei comigo mesma e levantei indo abrir a porta
- Devolve meu filho sua piranha -- eu não abri a porta e já fui acertada por um tapa na cara
- Tá maluca? -- gritei indo avançar nela
- Vocês devem estar de sacanagem -- Fabrício chegou -- É domingo de manhã e vocês já estão caindo na porrada -- ele nos separou -- Entra, ela merece mas você não vai se meter em briga enquanto carregar meu filho  -- ele gritou comigo
- Filho? -- ela deu um grito de surpresa -- Ela tá grávida Fabrício? -- disse perplexa -- Como você pode fazer isso comigo? -- seus olhos encheram de lágrimas
- Luísa, o que a gente tinha acabou faz tempo -- disse sem um pingo de paciência
- Você vai dar um filho pra ela? -- gritou chorando -- Você dizia que eu era a mulher da sua vida, que eu sempre seria a mãe dos seus filhos, o que aconteceu com a gente? Porque você me deixou -- ela parecia desesperada
- Porra acabou caralho -- ele gritou
- Me diz porque você está fazendo isso comigo, nós nascemos um pro outro -- ela agarrou no braço dele chorando
- Você me traiu com meu próprio irmão, você mentiu pra mim, você não cuidou direto do meu filho -- ele gritou e parecia magoado
- Não faz assim -- ela acariciou o rosto dele -- Volta pra mim meu amor, volta pra mim -- pediu chorando
- Chega Luísa, vai embora -- ele a empurrou -- Entra e vai cuidar das crianças Lola -- falou enquanto pegou ela pelos braços com força

Eu entrei e todo o sono que eu estava tinha ido embora, passei a mão na minha barriga e sorri

- Mamãe já tinha até esquecido de você amor, mas pode deixar que eu vou cuidar de você direitinho -- alisei minha barriga e conversei com ela

Escutei umas reclamações dela e logo Fabrício a tirou lá, fui até o quarto da minha filha e graças a Deus toda a gritaria não acordou a Ariela e o Ryan, preparei logo o café da manhã e arrumei a sala que tinha brinquedos até no teto.

Fabrício chegou já quase no almoço com as mesmas roupas que saiu daqui e descalço, não falou com ninguém e foi direto pro quarto, esperei uns 10 minutos e fui atrás dele

- Tá tudo bem com você? -- perguntei abrindo a porta do meu quarto
- Eu tenho que fazer uma escolha -- ele estava sentado e me olhou no final da frase dele
- Escolha de que? -- encostei a porta
- Ela disse que se eu ficar com você ela vai me denunciar -- eu arregalei os olhos -- Eu posso ficar no morro na minha função e com você -- ele levantou um dedo -- A gente pode sair daqui mas eu teria que dar um fim na mãe do meu filho -- levantou o segundo dedo -- Ou eu volto pra ela pra ela te deixar em paz e deixar nossos filhos em paz -- ele me encarou desolado
- Matar ela? -- eu praticamente gritei -- Ela é toda errada mas é a mãe do Ryan -- disse
- Lola, eu preciso tomar uma decisão -- nós ficamos nos encarando por um tempo

TRILHA DA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora