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A loja estava cheia e dando um bom retorno financeiro, aproveitei que as meninas estavam por lá atendendo e fui na rua comprar algo pra gente lanchar, no caminho até a padaria eu cumprimentei algumas pessoas e lembrei da Blanca e no mesmo minuto fiz questão de ligar pra ela

- Alô -- ela me atendeu com uma barulheira no fundo e uma voz estranha
- Blanca? -- perguntei pra confirmar
- Oi Lola -- ela tossiu
- Eu tô ligando pra saber se você já fez o teste -- disse achando a voz dela meio estranha
- Não, ainda não -- ela falou por cima do som
- Onde você está? -- perguntei entrando na padaria
- Na casa de uma amiga -- ela tossiu de novo
- Tá tudo bem por aí? -- parei com a mão na cintura estranhando aquela situação
- aah Lola -- ela começou a chorar
- Onde você está Blanca? -- perguntei preocupada
- Eu não sei mais -- ela chorou
- Liga aquele bagulho de amigos pra eu te rastrear Blanca -- disse -- AGORA -- gritei e desliguei o telefone

Comprei um lanche pras meninas e refrigerante, voltei pra loja e deixei as coisas na sala de funcionárias, peguei minha bolsa e avisei que eu não iria voltar, deixei a chave com a Natiele e me despedi das duas, subi o morre que nem flecha e na metade do caminho encontrei o Vinícius que me deu uma carona até a boca que o Fabrício fica, eu estava cega de preocupação e naquele momento eu nem quis saber se meu noivo não me apoiava ali dentro, eu entrei em disparado e ninguém nem tentou entrar na minha frente, abri a porta da gerencia e todos que estavam ali dentro me encararam

- Que que tu tá fazendo aqui porra? -- Daniel gritou comigo nervoso
- Porra Lola -- Meu pai reclamou puto da vida
- Culpa do FB que não coloca moral em casa -- André falou e eu o encarei
- Você vem comigo -- disse alto olhando meu irmão
- Tá maluca? -- perguntou alto me peitando
- Vem comigo agora André -- disse e meu pai fez sinal para ele vir -- Preciso de um favor -- olhei pro Fabrício e sai daquela sala cheia de homem
- Tu tá maluca cara? -- chegou perguntando já lá fora -- Já disse que isso não é lugar pra tu -- ele tava nervoso e alguns vapores olhavam a situação
- Abaixa a bola que eu não sou essas minas que tu pegava por aí e esculachava no dia seguinte -- falei baixo com ele -- Agora me dá a chave do seu carro -- pedi estendendo a mão
- Que? -- perguntou confuso -- Eu não vou te dar chave nenhuma -- disse convicto
- Me dá a chave Fabrício -- falei como uma criança mimada
- Se eu fosse você eu dava logo essa chave -- André disse despreocupado do nosso lado
- Onde é que tu vai porra? -- ele perguntou -- Eu vou contigo -- disse andando e se afastando
- Eu não sei onde eu vou -- disse e parei pra pensar que tava sendo um pouco louca -- Só me dá a chave o André vai comigo -- disse
- Vou? -- perguntou surpreso
- Vai -- gritei
- Porra Lola, eu quero você em casa antes de anoitecer se não eu vou te caçar por aí -- disse me dando a chave e cruzou os braços
- Te amo -- dei um selinho nele

TRILHA DA LUAOnde histórias criam vida. Descubra agora