MINGYU (SEVENTEEN) X MARINA

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Marina estava apressada, já estava completamente atrasada.

Ela passou pela estação de trem correndo e choramingando quando ouve os trovões no céu escuro.

-Por favor, chuva não!- exclama apertando o passo.

A rua estava cheia e ela estava com pressa de mais para não trombar em ninguém, mas ela não estava preparada pra trombar naquele ombro, não daquele jeito, não nesse momento.

Os dois param, um de frente para o outro e se encaram.

-Marina? - pergunta o moreno sem acreditar nos próprios olhos.

-Mingyu. - sussurra. Eles passam mais alguns segundos se encarando. - Me desculpa, mas eu preciso ir.

Ela abre a bolsa rapidamente e tira uma caneta lá de dentro junto de um cartão.

-Aqui, me liga. Depois das cinco, a gente marca de se encontrar, qualquer coisa. - Ela solta um sorriso fraco ainda não acreditando e volta a correr.

Naquele momento o primeiro pingo de chuva cai das nuvens carregadas se derramando sobre o cartão na mão de Mingyu, mas ele não notou, estava feliz de mais por encontrar seu primeiro e único amor desaparecido a anos.

11 Anos antes

-Por que você teve que se casar de novo pai? Por que essa sua nova mulher tem que já ter um filho? Eu não quero ter que dividir minha casa. - Marina era só reclamações a novidade do pai.

-Querida você não acha que seu pai deveria ser feliz? - questiona o homem olhando tenuamente para a filha de 14 anos.

- Acho, mas não com alguém com tantas caracteriscas ruins.- Ela cruza os braços e faz bico.

-Você vai gostar do Mingyu, ele é um bom rapaz. - ele acaricia a cabeça da adolescente e vai terminar de arrumar a casa para os novos convidados.

Marina se recusou a ajudar o pai, queria que tudo desse errado logo para poder voltar ao seu quarto. Deu errado com todas as mulheres, por que não daria com essa. Bastava sentar e esperar.

Mas aí aquela mulher de olhos puxados entrou pela porta de entrada, e junto dela veio um rosto que ela já conhecia, claro, era Mingyu o garoto misterioso de sua sala, aquele que fora legal com ela quando tinha acabado de se mudar, aquele pelo qual Marina tinha deixado de dar um mergulho com as amigas só pra ficar sentada ao lado vendo o por do sol.

Ela gostava dele, isso era certo, já tinha chegado até a fantasiar encontros entre os dois.

Mas era óbvio que ela tinha feito isso, quer dizer, o garoto não falava com ninguém, não era legal com ninguém, só com ela, tudo o que uma garota de 14 anos com os hormônios a flor da pele poderia pensar era o que estava claro : Ele gostava dela e queria namorá-la.

-Olá, Marina. - disse o garoto saindo de traz da mãe.

-Oi.- disse tentando arrumar os cabelos e correndo de volta para seu quarto para tentar se arrumar e causar uma boa impressão.

-Ela está bem, amor? - a mãe de Mingyu aprecia a sonoridade da palavra ao dizê-la.

-Parece que ela gostou do nosso pequeno Mingyu. - respondeu sorrindo.

-Eu não sou pequeno. - resmunga.

-Claro que não é, erro meu. - O homem sorri para o menino. - Por que não sobe também é vê se Marina está bem?

Mingyu não responde, afinal tinha que manter a pose de durão, apenas segue as diretrizes do homem para o quarto da pequena.

E ali, com uma simples pergunta de " está tudo bem?" começam os melhores quatro anos das vidas de ambos.

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