SEUNGRI (BIG BANG) X HOLI

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Nada de mais, estava apenas bebendo e rindo. Extravasando.

Na verdade estava bebendo sem moderação e fumando como se não importasse, talvez realmente não importasse.

Ao longo vejo mais uma dessas garotas que aparecem nos clubes a noite procurando diversão.

Vestidos apertados, saltos altos de mais e cabelos mais lisos que o normal.

Ela me olhava com lascívia e dançava com a mesma intenção . Nem de longe tão intensa quanto ela, mas mesmo assim intensa.

Hoje a noite eu extravasaria, como vinha fazendo desde que...

Levanto-me e ando até a desconhecida a passadas largas, ela não questiona quando seguro sua nuca e a puxo para mim.

Ela procurava diversão e eu distração, por que não?

Eu sabia onde isso iria acabar, era a mesma coisa toda noite.

Eu deixaria a blusa dela cair por "acidente", a levaria para cama e sairia antes que ela tivesse a oportunidade de reclamar ou passar seu contado.

Alugaria um carro caro e sairia gritando pela cidade inteira.

Cada ato totalmente desprovido de sentimento, só para evitar a solidão.

Por que me sinto assim?

Manter a mente ocupada era a única forma de não lembrar, certo?

Mas aí vai outra pergunta: por que é tão infernalmente difícil manter a cabeça trabalhando?

Chego em casa do mesmo jeito de sempre: entorpecido pela bebida mas ainda assim lúcido de mais.

Sentado na cama com as costas apoiadas na parede deixo as horas passarem e meus olhos apagarem conforme a escuridão se torna mais intensa.

E de novo ouço aquela voz no meu ouvido. Malditos sonhos que me impediam de dormir.

Então eu só me levanto e vou em uma caminhada perdido na rua.

Estreito os olhos ao ver alguém de costas que lembra ela. Tenho consciência de que são pessoas diferentes, mas arranjar problemas está incluso em manter a mente ocupada.

Será que estou sendo tolo?

Muito provavelmente.

Basicamente essa era a rotina que me levava a ficar perturbado. Eu sei, é irônico viver para não relembrar e todas as coisas que faço para evitar as memórias só as trazerem com mais força e vivacidade.

Simplesmente não podia evitar, isso estava fora dos meus alcances.

Sei que estou sendo tolo agora, mas será que já não estava o sendo antes, ou apenas me sinto assim?

Procurar Holi a noite com certeza não me levaria a nada, apenas a coisas incomuns.

Todo fim de noite chegava a conclusão de que não tinha esquecido as lembranças daquele tempo.

Então, como a última ação inconsciente disco o número dela.

-Por que você tem que ser assim?- Pergunto sempre. - Você me descartou sem uma palavra de desculpa. -Suspiro. - Você disse que era o fim sem se sentir culpada.

Passo um longo tempo em silêncio, amava a caixa de mensagens dela que me dava tempo o suficiente para pensar e falar tudo o que queria e precisava.

-Por que eu ainda gosto de você? - Realmente gostaria que me respondessem isso. - Eu sai hoje, você sabe disso. Extravasei esses sentimentos loucos, tentei desfazer os malditos laços da minha tolice, mas eu estava pensando em você o tempo todo. - Semi serro os olhos com uma memória amarga. - Também não esqueço dos vestígios do homem desconhecido com quem você esteve.

E a ligação termina com aquela voz irritante da secretaria eletrônica. Holi provavelmente não me ouvia mais, deveria só apagar as mensagens provenientes do meu número, mas sempre ouvi dizer que a esperança é a última que morre.

Aperto os números tão conhecidos mais uma vez.

-Devo ir buscar você ou pega o meu endereço e vem? - Finalizo a chamada antes da secretaria me interromper.

Espero por uma resposta do lado de fora do meu prédio com o celular na mão.

No alto da avenida vejo suas formas embaçadas andando lentamente até a base da estrutura de concreto.

Ela para muito longe da onde estou então tento a alcançar.

-Não devemos nos aproximar mais do que isso. - Diz.

-Então por que veio? - Questiono.

Passamos o que pareceu uma eternidade em silêncio, então ela dá as costas.

-Não me diga que esqueceu de como nosso cheiro muda quando estamos um nos braços do outro. - Peço. - De como era realmente excitante.

Ela para de se mexer, volto a me aproximar e como ela não resiste encaro como uma permissão para continuar me movimentando na sua direção e a falar.

-Essa noite farei algo particular para você. - Ofereço. - Mostrar a harmonia entre você e a minha fantasia, talvez eu faça uma encenação.

Esfrego meu nariz por toda a extensão de seu pescoço e a sinto arrepiar.

Dessa vez quem da as costas sou eu. Sigo o caminho de volta para dentro e ela não me segue imediatamente, mas não tem problema Holi conhece o caminho de cor.

-Me mostre o que você tem. - Diz quando entra e me encara sentado na base na cama.

-Você sabe o que eu tenho, Holi.- Respondo.

-Mostre de novo.

Ponho-me em pé e tiro a camisa me sentindo mais livre para ir até ela.

Sem panos o contato era melhor, então sem uma ordem específica vou tirando as roupas dela com calma e deixando meus dedos roçarem em sua pele levemente, quase sem efetivamente tocá-la.

Já sinto minha respiração pesada, e a unindo a de Holi isso formava o único som audível no ambiente.

Quando apago as luzes fica mais quente, e eu sei que ela gosta assim.

Não houve palavra alguma ali, não era realmente preciso. Nossa conversa corporal estava mais profunda do que nunca.

Acho que nos entendíamos melhor assim. Sei que estou atando novamente os laços da minha tolice, mas não posso evitar, isso era bom de mais.

Sei que ela era uma flor que eu não poderia tocar, mas não sou capaz de resistir, muito menos Holi.

Eu sei que ela iria embora pela manhã- e eu consequentemente voltaria a mesmísse de tentar esquecer tudo novamente me afundando nas curvas de mais alguém- mas ela ainda poderia voltar como fez dessa vez, certo?

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