TEN (NCT) X MILLENA

966 60 8
                                    

Parada encarando o rosto de quem realmente me causara tanto sofrimento eu estava agora.

Odiava aquela mulher mais do que odiara minha própria mãe.

Ten era minha única esperança de felicidade e aquela criatura repulsiva o arrancara de mim muito antes de um dia eu pensar em tê-lo.

Raiva não era exato o suficiente para definir o que ardia em meus olhos e corria quente e puro por minhas veias agora.

***

Com o véu no rosto caminhava lentamente como quem anda em direção a morte.

A renda pura e fina cobria os hematomas da surra da noite passada.

Eu disse que não queria me casar, e ela disse que se eu estragasse o bom negócio que aquele casamento seria para a família eu não viveria para ver muito além daquilo. E então mandou pegar o couro e me bateu com brutalidade.

Ela, minha doce mãe, me criara para ser obediente e submissa para ninguém em especial, as vezes eu pensava que sua missão era apenas me tornar infeliz.

Não era a vontade de meu pai, mas a minha educação não era responsabilidade dele, então não se intrometia.

Encaro o homem a minha frente, lábios finos e severos, os olhos pequenos me observavam com uma curiosidade lascívia.

Eu me sentia saindo de um cativeiro e indo para outro. E era exatamente isso.

Eu já conhecia o temperamento de Ten de cor, ele me salvara de algumas surras, cuidara dos meus machucados em algumas outras vezes.

Mas ele não era gentil, não era nenhum super herói, era mais como um anti herói, simplesmente não se importava. Só não queria sua futura esposa carregando feridas, isso não tornaria meu corpo bonito e isso era tudo o que o interessava.

Com um suspiro profundo alcanço o altar.

A cerimônia é fúnebre e eu não me importo em disfarçar minha não satisfação, ninguém veria de qualquer forma, nada ultrapassaria aquele véu.

Mas Ten de alguma forma via através do tecido, através dos meus olhos, ele era capaz de me ler como um livro escancarado de letras garrafais saltando para seus olhos, pedindo para ser lido.

Ele me ameaçou, disse para atuar estar contente, caso contrário me castigaria e deixou claro ser mais forte que minha mãe.

Nossa primeira noite fez explodir em mim sentimentos que nunca fui capaz se sentir sozinha e com mais ninguém.

Fora diferente, especial, apesar de fingir que não seus olhos diziam o medo que ele teve de me machucar, mas tudo que fora capaz de me causar foi o mais puro prazer.

Mas ele não adormeceu ao meu lado aquela noite, e nem em nenhuma outra.

Deixou claro que não me amava, que não significava mais que qualquer outra vadia que já esteve entre os lençóis.

Fui morrendo por dentro pouco a pouco, me tornando apática. Ele me privou de tudo que poderia me trazer alegria, eu não era capaz de me sentir viva.

Passei a maioria dos dias jogada em minha cama e no escuro, apenas me levantando quando ele exigia minha presença, incapaz de dizer não e negar a criação submissa que me fora dado.

Até isso foi tirado de mim lentamente.

"Vista-se, temos um lugar a visitar." ordenou certo dia.

"Eu não vou." tomara a audácia de dizer.

"Ouça me desafiar?" ele expressava raiva. "Levante-se agora ou eu vou..."

Sweet Imagination Onde histórias criam vida. Descubra agora