Sweet Imagination

JACKSON (GOT7) X NAYARA

A música soava alto por todos os cantos da boate, todos os cantos menos os quartos no andar superior. Todos eles foram projetados com isolamento acústico por que convenhamos, transar ouvindo música talvez fosse bom, mas a cacofonia de gemidos não seria assim tão bom para quem passasse pelo corredor principal.

Eu gostava de música alta, a sensação que a as vibrações causavam no meu corpo me faziam querer dançar mais freneticamente, principalmente por que ele estava lá, me observando, seguindo cada movimento meu. E então eu dançava para ele, para o lado dele que não era comercial, não aquele garoto metido e vergonhoso que a mídia vendia. Não, o meu Jackson não era comercial, de forma alguma, ele era um homem, o meu homem.

A música muda e eu deixo o meu posto andando até o bar sem fazer contato visual.

-Música nova? - A voz grave penetra meus ossos.

-Você não acha que todo mundo aqui já notou o fazemos todas as noites? - Questiono ainda sem olhá-lo bebericando do copo que o barman me ofereceu.

-O importante é que não tenham provas. - Ele passa a mão pelos cabelos loiros e vai até a escadaria do segundo andar sem avisar, não que alguma vez ele já tenha avisado.

5 anos antes

-Você só vai precisar trabalho por seis meses, o que ganhar vai ser o suficiente para pagar o tratamento da sua mãe, aí você sai. - Tsuyu diz encarando o prédio da boate.

Ela mesma havia trabalhado ali por um bom tempo, na verdade ela estava sedento a vaga dela para eu poder ajudar em casa.

-Eu não sei nem como de agradecer Tsuyu. - Olho para ela um pouco envergonhada, em partes por pegar o emprego dela e também por estar prestes a começar como dançarina em uma boate.

-Não precisa, Nayara. O importante é sua mãe ficar bem. - Ela me abraça. - Agora, escute bem. - Tsuyu segura meus ombros. - Em hipótese alguma você é obrigada a... Ir para os andares de cima. Se você foi contratada só para dançar você só dança.

Naquele dia eu apenas balancei a cabeça, sem ser capaz de imaginar que passaria os próximos cinco anos da minha vida "só dançando".

...

Depois de alguns minutos subo também. Eu não sei dizer bem quando essa relação estranha começou, eu só pisquei e quando vi já estávamos enrolados um no outro incapazes de dizer a quem pertencia cada membro.

Abro a porta e sou recebida por um beijo sedento incumbido de me tirar o fôlego.

-Você não sabe a falta que me fez.- ele sussurra e morde o lóbulo da minha orelha.

-Você me viu ontem. - solto um riso anasalado me afastando para encará-lo.

-Uma tarde já é tempo de mais. - diz ao me encarar de volta intenso o suficiente para me fazer agarrá-lo.

Não importa quantas noites eu tenha passado com ele, cada uma é diferente sendo igual ao modo Jackson, cada toque me levava ao um novo mundo com suas próprias e únicas cores e língua.

...

-Mãe, eu fiz pela senhora, pela sua saúde. - lágrimas escapam dos meus olhos e minha voz sai falha, longe de demonstrar a força que eu queria.

-Pela minha saúde? Olha pra mim Nayara, você está me matando de desgosto. - minha mãe apóia a testa nas mãos. - O que eu fiz pra merecer isso? Minha filha uma prostituta.

-Eu não sou prostituta. - digo seria. - Meu trabalho é dançar, ninguém me toca ali.

- Não minta para mim, eu te criei melhor do que isso. - Ela limpa uma lágrima e o olhar que me lança em seguida palavra nenhuma pode explicar. - Eu mesma vi você subindo aquelas escadas com um rapaz, vai me dizer que estou enganada?