CHENLE (NCT) X (S/N)

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Encaro Chenle a distância.

-Chateada por causa dele de novo? - Questiona Kira.

-Sim. - Suspiro.

-Eu não consigo entender. - Anuncia. - Vocês são super próximos, vivem na casa um do outro, o que te trava?

-Olha bem para mim Kira. - Peço. - Eu sou a sub capitã do time de lacrosse, e nós não temos um time feminino.

- E...

-E ele me vê como um dos caras, um muito amigo sim, mas nada mais que um dos rapazes. -Continuo. - É como se ele nem notasse que eu sou uma menina.

-Pois eu duvido. - Diz. - Se dissesse o que sente por ele tenho certeza que...

-Ele riria e daria tapinhas nas minhas costas. - Afirmo. - Provavelmente diria :" nossa como (S/N) é engraçada. "

-Isso seria bem ruim.- Constata. - Preciso ir agora (S/N), boa sorte com o Chenle.

Ela se afasta sussurrando um fighting.

Volto a ficar perdida nos meus pensamentos.

O jeito que ele me olha, é como se eu fosse sua irmazinha, e isso é deverás irritante.

Sempre foi assim, desde que eu escolhi a guitarra ao invés do ballet eu e Chenle nos tornamos bons amigos.

O problema é que algo mudou durante o verão, ele não era mais só o vizinho que me dava carona e ia em casa conversar. Pelo menos não para mim.

Comecei lendo a Seventeen, e raspando quase todos os pelos do meu corpo.

Ele pareceu notar uma certa mudança em mim.

Então passei a estudar a Lolita religiosamente, e me convenci que vê-lo me olhando diferente na entrada da escola era coisa da minha cabeça.

Eu queria parecer delicada, não a brutamontes sangue quente.

Queria cheirar flores e não o suor do time de lacrosse.

Mas eu não sai do time, decidi que poderia fazer os dois, por que não?

Na estreia anual do time prometi para mim mesma que além de ser a melhor jogadora também seria a garota mais bonita do colégio.

Prometo que um dia, talvez, Chenle vai querer ficar comigo.

***

Quatro anos, e eu tinha migrado do time de lacrosse para a equipe das líderes de torcida.

Sim, eu era como uma rainha naquele lugar, mas provavelmente era uma das mais chatas também.

Não consigui manter a promessa de me manter no lacrosse, eu poderia ser a capitã hoje, mas isso interfiria na nova imagem que tinha criado para mim mesma aos 12 anos de idade.

Chenle não me olhava mais como um rapaz, e isso era bem claro quando me via andando pelos corredores.

Mas agora ele teria que pegar a senha.

Durante esses anos adquiri um pouco de orgulho também, e mesmo ele não sabendo a culpa era toda dele.

Em algum momento nós perdemos o contato. Eu não precisava mais das caronas dele e ele arranjou outros amigos para conversar.

Claro, ele ainda era meu vizinho, mas já fazia tempo que não o via fora da escola.

Mas de um tempo para cá vinha me perguntando qual tinha sido o sentido de toda essa mudança.

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