Capítulo 6

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O sábado chegou como um flash. E a Nah estava tão empolgada, que parecia que ela nunca tinha ido a praia. Ela tinha acordado ás sete da manhã para dar a corridinha diária dela e para comprar nosso café da manhã. Quando acordei ela já tinha voltado e tomado seu banho. Sem contar que ficou meia hora escolhendo um biquíni.

Se ontem estava com bastante sol, hoje veio o dobro. As nove horas da manhã, já estava um sol imenso iluminando o céu do Rio de Janeiro. Eu estava pronta e jogada no sofá da sala esperando a Nah se decidir sobre qual biquíni usar.

– Anda Manuela! Levanta logo desse sofá antes que você acabe dormindo. – Pediu minha prima.

– Também, você leva um ano pra escolher um biquíni! – Disse com os olhos pesados, quase fechando-os novamente.

– Há-Há-Há! Vai jogar uma água no rosto, vai.

Assim que fiz o que ela mandou, meu sono foi para o espaço.

– Acho que está bom. – A Nah falava consigo mesma em frente a sua imagem refletida ao espelho da sala.

Depois de se olhar no espelho a Nah pegou sua bolsa de praia e mais a chave do carro e nos duas descemos juntas para a garagem e de lá partimos para a praia. Chegamos na praia vinte minutos depois, já que a mesma não ficava muito longe, e assim que ela estacionou o carro, fomos caminhando até a areia onde retiramos as nossas sandálias e fomos descalças procurar um lugar pra ficar. Alugamos cadeiras e um guarda sol de um senhor muito gentil, que fez questão de levá-los até onde iríamos ficar e os ajeitou para gente, logo em seguida retirei minha roupa, ficando apenas de biquíni e corri para o mar. A maré se aproximou tocando quase que delicadamente meus pés.

Ao retornar para a areia, a Natalia já estava sentada na cadeira lendo um livro debaixo do guarda sol. Eu por outro lado, preferi esticar uma canga na areia, passar um protetor solar e me deitar para pegar sol. Minutos depois eu estava comprando água de coco para minha prima quando percebi os olhares que nós duas recebíamos – até as mulheres nos olhavam. Eu estava ficando vermelha e não era por causa do sol. Não demorou muito para eu me cansar de ficar deitada e resolver sentar-me na cadeira para ler um livro também, quando de repente me assustei com uma bola.

– Pega aí! – Gritou um cara para mim, se referindo a bola que bateu na areia e depois em mim. – Joga pra cá! – Pediu ele, sorrindo agora.

– Segura aí! – Pedi, enquanto lançava a bola de volei de volta para ele.

O cara me agradeceu e depois voltou para o jogo, assim como eu havia voltado para minha leitura

– Manuela? – Eu conhecia o dono daquela voz, só não conseguia me lembrar de quem era, até que, eu abaixei o livro que estava lendo e levantei a cabeça e vi que o dono daquela voz era ninguém mais e ninguém menos que Rafael Lopez. Ele estava com óculos escuro, talvez pra não chamar tanto a atenção das pessoas, e estava sem camisa, deixando seu tanquinho á mostra. O que me distraiu por alguns segundos. E ao me levantar para cumprimentá-lo, ele sorriu e me puxou para um abraço. E era um abraço tão aconchegante que me deu vontade de ficar nele a manhã inteira. – Eu queria ter te ligado antes, só que fiquei sem graça. – Ele disse no meu ouvido. – Eu não lembro de muita coisa que aconteceu depois que a gente cantou, e nem sei como a festa terminou pra te falar a verdade. – Ele afastou o rosto um pouco, para me olhar, e continuou ainda comigo enrolada em seus braços.

– Bom! Depois que a gente pagou aquele mico cantando a gente ficou conversando e aí você foi bebendo até eu tirar o seu copo de perto. – Eu falei, me afastando um pouco de seu corpo extremamente quente.

– Hum!! E a gente conversou sobre o que? – Ele perguntou com um sorriso bobo na cara.

Para quebrar todo aquele clima a Natalia fingiu um engasgo, o que no meu inconsciente eu fiquei muito agradecida por isso – apenas no meu inconsciente. Eu o perguntei se ele se lembrava da minha prima, ele disse que sim, que não tinha como esquece-la, pois era a prima da garota da loja. Fiquei totalmente sem graça com aquilo.

O Outono Que Mudou Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora