Capítulo 15

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_Ainda não, vou esperar o resultado desses exames, saber exatamente o que eu tenho e as proporções do problema e só depois dizer a eles.
_Creio que seja o melhor. - vendo a expressão séria de Poncho mudou de assunto - Agora que estamos aqui, o que vamos fazer?
Uma serie de cenas pecaminosas passaram pela mente dos dois com aquela pergunta, mas ele afastou a névoa de paixão e desejo, se controlando.
_Eu preparei o jantar, podemos comer e depois assistir algum filme.
_Tem certeza que vou sobreviver a comida? - ergueu uma sobrancelha rindo.
_Não só vai sobreviver como vai pedir por mais. - Alfonso acabou por rir alto.
_Então vamos comer logo que estou morrendo de fome! - entrelaçou seus braços - É bom ter um amigo como você em minha vida.
_É bom ter você na minha vida. - afagou a mão dela, seus olhares se encontrando.

Any sentiu suas bochechas queimarem e torceu para que Poncho não visse o quanto estava ruborizada. O toque e o olhar dele despertavam o amor tão bem escondido que ela nutria por ele.
Poncho, ainda segurando a mão de Any, guiou-a até a sala de jantar, puxou a cadeira para que ela se sentasse, sendo invadido pelo doce perfume dela. Sem ao menos perceber, seu nariz tocou o pescoço de Any de tanto que havia se aproximado, sentiu ela estremecer e viu a pele clara se arrepiar.
_Vou buscar a comida e você fica aqui, ok.
Any sorriu assentindo, estava feliz por poder compartilhar mais tempo com Poncho.
Seu sorriso sumiu quando viu Poncho se apoiar na parede com uma mão enquanto a outra cobria a testa.
_Poncho, o que você tem? - se levantou preocupada indo até ele - Me fala Ponchito, o que foi?
_Dói Any, dói muito. - ele ergueu o rosto e Any pôde ver os olhos mergulhados em lágrimas e medo.
Doía nela também amá-lo tanto e não poder fazer nada. Num gesto totalmente desprovido de raciocínio, ela o abraçou forte, querendo tirar aquela dor dele.
_Eu estou aqui com você Poncho, faria qualquer coisa para tirar essa dor de você. - a voz embargada.
Com o rosto tão próximo, Poncho até mesmo esqueceu a dor que sentia, só conseguia enxergar os olhos tão azuis e brilhantes, o nariz pequeno e perfeito e a boca vermelha e entre aberta.
_Você é tudo o que eu preciso. - sussurrou segurando o rosto dela e cedendo ao impulso a beijou.
O beijo tímido e temeroso, começou com leves selinhos, e como ela não ofereceu resistencia, Poncho passou a lingua por entre os labios dela, implorando passagem. Any suspirou e se entregou ao beijo, deslizou as mãos a nuca dele, acariciando o cabelo ondulado e macio, o beijo se intensificando cada vez mais.
Quando Poncho finalmente deixou seus labios, Any se sentia desorientada, mas feliz.
_Se sente melhor? - perguntou após um tempo, quando recobrara a consciência.

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