Capítulo 26

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Assim que chegaram na casa Puente Portilla, Any correu para os braços do pai. A família sempre fora muito unida e desde a morte do irmão, o amor e proteção dos pais por ela só tinha feito crescer.
_Como minha princesinha está? - Henrique segurou o rosto dela entre as mãos, sorrindo.
_Muito, muito feliz! - com um amplo sorriso no rosto.
_E esse rapaz, ele é seu chefe? - perguntou estendendo a mão a Poncho.
_Meu chefe e agora namorado. - um sorriso travesso brincando em seus labios.
Henrique ergueu uma sobrancelha encarando a filha e depois Poncho.
_Desculpe senhor Portilla, não era para ser assim. - Poncho pediu, um tanto sem jeito.
_Teremos tempo para conversar.
Tisha levou Any e Poncho aos quartos, separados, para que deixassem as malas e se preparassem para o almoço.

O dia estava ensolarado e por isso Tisha e Henrique optaram por preparar a mesa do jardim, almoçaram entre conversas e risos, mas Henrique sempre atento a Poncho, enquanto Alfonso se sentia a cada minuto mais constrangido.
Any percebendo a situação, apertou de leve o braço do pai.
_O que foi?
_Pára de olhar o Poncho como se ele tivesse duas cabeças!
Poncho quase cuspiu todo o suco que estava em sua boca, os olhos arregalados.
_Não estou olhando assim não.
_Imagina, eu é que estou ficando doidinha. Se quer falar algo, fala logo pai.
_Você fica a cada dia mais atrevida sabia? - abraçou-a de lado - Só estou tentando entender, afinal até a ultima vez que nós ligamos você não comentou nada.
_Isso porque ainda não havia nada. Começamos a namorar não faz nem um mês.
_Se não faz um mês, então não é namoro.
Alfonso esclareceu a garganta, interrompendo a conversa entre pai e filha.
_Senhor Portilla, Anahi para mim é muito especial e o que sinto por ela não precisa de tempo para medir esse sentimento. - se aproximou o máximo que pôde dela e sorriu - E eu não sou um garotinho para ficar por aí. A minha intenção de vir aqui com Any na sua casa não foi apenas para passear, mas também formalizar o namoro. Me dêem licença só um minuto. - sumiu dentro da casa e voltou minutos depois se sentando ao lado dela - Nós ainda não tínhamos formalizado porque eu queria ter a chance de fazer isso com a presença de vocês. - olhando para Tisha e Henrique.
Voltando-se para Any, Poncho estendeu a mão, uma caixinha de veludo preto e quando abriu, repousando sobre a almofada branca, um anel de compromisso em ouro branco e um singelo solitário no centro, rodeado por turquesas, formando uma flor.
Any estendeu a mão sorrindo e Poncho colocou o anel em seu dedo.
_Isso é um pedido de namoro ou noivado?
Tisha deu um tapinha no ombro de Henrique, chamando sua atenção.
_Seja mais romântico Henrique pelos céus!
_Por enquanto namoro senhor Portilla, quero seguir tudo como manda o figurino. - segurando a mão de Any.
_Você é um bom rapaz Poncho, minha filha tem sorte de encontrar um bom homem como você. Não existem mais homens tradicionais hoje em dia. - apertou ombro de Poncho - Seja bem vindo a familia.
_Obrigado senhor Portilla.
_Pare de me chamar assim filho, agora sou seu sogro.
Poncho sorriu, sendo abraçado por Any que mostrava toda feliz o anel a sua mãe.

Any foi ao quarto de Poncho, chamá-lo para o jantar e o encontrou deitado na cama como os olhos fechados.
_Bebê, está acordado? - se aproximando dele.
_Estou sim. - deu um sorriso fraco - Só um pouco de dor de cabeça.
Any se sentou ao lado dele na cama, acariciando os cabelos.
_Já tomou seu remedio?
Alfonso assentiu, os olhos fechados incomodado com a claridade do ambiente.
_Só preciso ficar aqui mais um pouquinho e já desço.
_De jeito nenhum, você precisa descansar. - Anahi se levantou - Vou jantar com meus pais e depois trago algo para você comer e te faço companhia.
_Não vou fazer uma desfeita dessas com seus pais.
_Eles vão entender. - tentou sair, mas Poncho segurou sua mão.
_Não quero que conte a eles sobre meu problema.
_Não vou contar amor, vou só dizer uma meia verdade. Mas você não sai desse quarto, porque se sair eu conto a verdade.
_Chantagista. - torceu o nariz.
_Teimoso. - deu um selinho e saiu.

Assim que seus pais a viram pergutaram por Poncho.
_Ele está indisposto, não vai descer para jantar. - se sentou a mesa - Vou levar algo para ele comer assim que terminar o jantar.
_O que ele está sentindo?
_É só uma enxaqueca que aparece as vezes. Essas ferias foram meio que forçadas, ele trabalha demais.
_Um rapaz tão jovem e já com problemas de stress. - Tisha não conseguia acreditar.
_Ele trabalhava sozinho mãe, agora que tem um sócio vai diminuir a carga sobre ele.
_Já que ele não vai descer e sei que você deve estar muito preocupada com ele, por que não sobe de uma vez? - sorriu carinhosamente - Prepare uma bandeja para os dois e amanhã nos vemos no café.
_Obrigada papai! - Anahi praticamente pulou da cadeira.
_Mas é para dormir cada um em seu quarto. Ainda sou um velho conservador.
_Pode ter certeza que Poncho pensa da mesma forma.
Foi até a cozinha, preparou uma bandeja e subiu em seguida.
Ao entrar no quarto, encontrou Poncho ainda deitado, barriga pra cima, o rosto coberto pelo braço.
_Poncho. - chamou baixinho, caso estivesse dormindo.
_Oi minha linda. - abriu os olhos e forçou um sorriso - Já jantou.
_Não, eu vim jantar com você. - mostrando a bandeja - Papai disse para eu te fazer companhia, mas só até você dormir, depois tenho que ir para o meu quarto.
_Seu pai vai acabar pensando que sou um moleque mimado. - bufou, se sentando na cama.
_Papai também já sofreu muita pressão no trabalho. - se sentou ao lado dele - Eu disse que você estava com enxaqueca e que as ferias foram meio que forçadas para você descansar. Ele entendeu muito bem, senão eu não estaria aqui.
_Menos mal, mas eu não estou com fome amor.
_Mas precisa comer, mesmo que só um pouquinho.
Depois que jantaram, Any esperou até que Poncho dormisse para ir para o seu quarto.

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