Capítulo 14

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_Levei os resultados dos exames para o Chris, ele disse que.. que eu tenho um coágulo no cérebro.
_Oh Poncho! - cobriu a boca com uma mão espantada com a noticia.
_Ele disse também que preciso fazer exames mais especificos, mas pela cara que ele fez... - ergueu o rosto e balançou a cabeça em negativa - não precisa ser muito esperto para deduzir o pior.
_Não, não, não e não! - Any se levantou - Você não vai ficar pensando o pior se nem mesmo o Chris deduziu algo Alfonso! Você vai fazer esses novos exames e tudo vai dar certo.
_Para quê mais exames? Para atestar que estou doente? Ou quem sabe saber quantos dias ou meses de vida ainda tenho! - se alterando.
_Não diga uma bobeira dessas, você está otimo e tudo isso não passa de um contratempo que você vai superar. - Anahi se sentou novamente e o abraçou.
_Será? - os olhos cheios de lágrimas, a tensão correndo pelo seu corpo.
Any sentiu o coração se apertar em seu peito, tudo o que ela queria era ajudar e proteger o homem que ela amava em segredo.
_O que você acha de um bom filme de comédia e pipoca para passar o resto do dia? - se esforçou para dar seu melhor sorriso - Olha, aquela caixa ali, está cheia de filmes que eu ainda não vi. Enquanto você procura eu faço a pipoca, certo? - deu um beijo na bochecha dele e foi para a cozinha.
Poncho sabia que só encontraria aquela paz perto de Any, só ela tinha o poder de afastar a dor e o medo que o tomavam.
Eles assistiram dois filmes seguidos, deram boas risadas e se esqueceram completamente do mundo e de seus problemas e dilemas.

Any conseguiu convencer Poncho a fazer os outros exames que Chris havia pedido e sempre que podia o chamava para fazer algo diferente a fim de que não ficasse sozinho pensando no pior. Mas naquele dia, ele a surpreendera convidando-a para conhecer seu apartamento.
Assim que entraram ela ficou admirada com a decoração e bom gosto, as disposições dos móveis deixavam a sala mais ampla.
_É lindo Poncho! - deixou a bolsa sobre uma poltrona - Você tem muito bom gosto.
_Obrigado, mas a decoração é obra da minha mãe, ela merece os méritos. - sorriu ao responder.
_Dona Ruth é decoradora de ambientes?
_Não, é só um hobby que ela gosta de aplicar aqui no meu apartamento.
_Pois deveria levar esse hobby a sério e torná-lo um trabalho.
_Ela prefere ficar em casa e cuidar do jardim, do cantinho dela.
_E por falar em seus pais, já contou a eles? - perguntou com cautela.

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