Capítulo 35

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_Eu adoraria ser o guia turistico de vocês, mas não há nada mais romântico do que se perder por Paris com a pessoa amada. E eu acabaria sobrando.
Poncho riu do comentário do pai a mesa do café da manhã, mas ele tinha razão. Mesmo que se perdessem por Paris, seria mágico, desde que sua mão continuasse entrelaçada a de Any e pudesse admirar o sorriso radiante dela, ele estaria no céu em qualquer lugar de Paris ou do mundo.
_Pára de me olhar assim, está me deixando envergonhada. - Any riu alto ao ver como Poncho a olhava.
_Não consigo deixar de te olhar, você está tão radiante.
_Isso porque estou em Paris com você e quero aproveitar cada segundo ao teu lado.
_E onde deseja ir minha princesa? - Poncho beijou a mão dela.
_Me surpreenda. - sussurrou abraçando-o e roubando um beijo - Seja meu guia hoje meu amor.
_Por mim serei seu guia para o resto de nossas vidas. - respondeu sério a beijando novamente.
Poncho parou um minuto para pensar e logo seguiu a passos firmes segurando a mão de Any em direção ao destino escolhido.
Algum depois, ele parou com um sorriso satisfeito ao ver o rostinho de Any iluminado por um lindo sorriso radiante e os olhos brilhantes.
_Essa é a... - Any não conseguiu completar, tão maravihada estava.
_A Catedral de Notre Dame em todo seu explendor minha princesa. - voltou a caminhar - Vem, vamos entrar.
Any se perdeu admirando os vitrais, sinos e cada pequeno detalhe da grandiosa construção.
Depois da Catedral, Poncho a guiou até o Jardim de Luxemburgo, Any ficou abismada ao ver as pessoas espalhadas, comendo lanches, como se fizessem um grande piquenique. Seguiram para o Arco do Triunfo e sempre com a camera em mãos para tirar muitas fotos, almoçaram em um dos restaurantes mais finos de Paris e seguiram para um passeio pelo Rio Sena.
_Você tem sido um bom guia turistico, mas acho que está ignorando o ponto mais conhecido de Paris e não sei por quê mas acho que é proposital. - ergueu uma sobrancelha sorrindo.
_É proposital sim porque quero te levar lá no momento certo.


Voltaram para a vila, com Any cada vez mais ansiosa.
_E então petit, Poncho lhe mostrou as maravilhas de Paris?
_A maioria, mas está fazendo mistério com a Torre. - fez biquinho.
_Ele não nega que é meu sangue. - pegou a mão de Any entre as dele com carinho - É um romântico incorrigível, espere e terá uma linda surpresa.
_Ouça a voz da experiência. - Poncho sorriu e beijou o ombro dela por trás - Agora, vamos descansar um pouco porque a noite vai ser longa.
Any sorriu assentindo e seguiu para o quarto, deixando pai e filho a sós.
_Sua petit é um verdadeiro tesouro meu filho.
_É sim pai, eu a amo com toda a minha alma.
_Eu vejo isso nos seus olhos. - o encarou serio - Mas vejo preocupação também.
_Nem mamãe sabe ainda pai, só Any, Chris e agora você. - respirou fundo buscando coragem - Ainda falta confirmar, mas parece que tenho um coagulo no cerebro.
_Quer dizer, aneurisma?
Poncho confirmou com um menear de cabeça.
_Ah fils! Isso é um peso grande demais para se carregar sozinho. Devia ter contado para mim e sua mãe antes. - abraçando o filho.
_Eu...eu saí de férias por conselho do Chris, ele disse que ajudaria e realmente nesses últimos dias não tenho sentido dores na cabeça e nem enjoos. - suspirou - Faz pouco tempo que descobri pai, não estava escondendo de vocês, só achei que não fosse um assunto para se falar por telefone.
_Fico feliz que tenha vindo até aqui para me contar. E fico mais feliz ainda por saber que sua petit apareceu no momento certo em sua vida.
_Any é um pequeno anjo em minha vida, ela é doce e forte, me consola e me levanta. Ela é muito especial pai e não quero perdê-la nunca. - os olhos rasos d'agua - Se não fosse por ela, eu não teria nem feito os exames pai, estava com tanto medo, eu só queria ignorar o problema.
_Então agradeço aos céus por mandar esse anjo para erguer meu filho. - voltou a abraça-lo.

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