Aproveitaram a tarde de domingo para ir ao cinema, Poncho deixou Any no apartamento dela e depois seguiu para o seu.
Na segunda foi um espanto para os colegas de trabalho quando chegaram juntos e de mãos dadas. Poncho beijou levemente a testa de Any antes de seguir para sua sala. Ainda era o chefe e precisava manter a ordem e as regras para que ninguém quisesse quebrá-las.
Pelo menos na frente dos funcionários seria assim, já na sua sala seria outra história, pensou com um sorriso torto no canto da boca.
Quase ao final do expediente de quarta, Any surgiu em sua sala antes do horário habitual.
_Vamos senhor Herrera. - chamou com um sorriso, mas sem entrar - Temos um compromisso.
_Não lembro de ter me falado sobre compromisso hoje. - com o cenho franzido, pegou sua pasta e foi até ela.
_Marquei seus exames bebê. - o mais carinhosa possível para que ele não ficasse bravo.
_Anahi! - chamou-a em tom de advertencia - Eu disse que faria isso, mas não precisava marcar as pressas.
_E dar a você a chance de mentir para mim ou me enrolar de novo? - rebateu séria, balançou o indicador em negativa - Se você não se cuida Alfonso, pode deixar que faço isso por você.
_Mal começamos a namorar e já está mandando em mim. - passou a mão pelos cabelos frustrado.
_Não estou mandando Poncho, só cuidando do meu amor.
_Eu não tenho pressa nenhuma em saber quando vou morrer. - disse irônico.
_Voltou a ser o bebê chorão. Pode parar por aí Herrera! - séria e brava - Você sabe muito bem que esse coágulo pode não ser grave e quanto mais cedo soubermos, mas fácil para se livrar dele. - ficou o encarando da porta - Levanta Alfonso! - praticamente gritando.
_Está bem, já vou. - empurrou a cadeira com força batendo-a na parede, pegou chaves e carteira e caminhou em direção a porta mal-humorado.
_E sem cara feia, senão vai ficar de castigo bebezão. - falou rindo do bicão que ele fazia.
_Vai brincando mesmo, continua. - já perto dela.
Any segurou o rosto dele entre as mãos.
_Pare de pensar no pior, vai ficar tudo bem e eu estou aqui com você. - falou suavemente antes de beijá-lo.
Poncho suspirou, a testa ainda colada a dela, segurou a mão de Any e seguiu ainda tenso até a clínica para novos exames.
Para alegria dele, os resultados sairiam quando já estivesse em Nova York, e Any não falaria mais nisso.
Levou Any até em casa e acabou subindo com ela, aceitando o convite para jantarem juntos._E então bebê, doeu fazer os exames hoje? - provocou enquanto preparava o jantar.
_Vai pegar no meu pé para o resto da vida né. - devolveu ainda emburrado e fazendo biquinho.
_Se você deixar, pretendo sim pegar no seu pé para o resto da vida. - se virou e o abraçou pela cintura, ergueu o rosto esperando um beijo.
_Não consigo ficar bravo com você.
Ele acariciou o rosto dela com o dedo indicador, segurou o queixo com carinho e delicadamente, com a outra mão, segurou a nuca dela puxando-a para um beijo.
Se perderam naquele momento mágico, mas logo se separaram com vários selinhos para que Any voltasse a cozinhar.
Jantaram tranquilamente e depois foram para a sala assistir tv.
_Amor, está tudo certo para viagem?
_Sim. - Any ergueu o rosto do peito dele - Só falta o vestido para o jantar beneficente.
_Já comprei! - Alfonso sustentava um sorriso triunfante no rosto.
_E onde está ele? Preciso provar para ver se serve.
_Vai ser surpresa. - um sorriso sapeca e malicioso brincando no canto de sua boca.
_Alfonso Herrera, o que você tá aprontando. - a sobrancelha erguida em desconfiança.
_Nada! - tentando parecer inocente - Mas vai ficar deslumbrante.
_E como sabe que vai servir?
_Tenho suas medidas decoradas em minhas mãos e cabeça. - puxou-a para o seu colo, passando a ponta do nariz pelo pescoço dela.
_Ponchito. - os olhos fechados, sentindo a caricia - Não faz assim.
_Por que não? - mordeu o pescoço dela e sorriu ao sentir a pele dela se arrepiar.
_Porque assim eu não resisto.
_Ótimo. - a voz rouca e pesada pelo desejo que já o queimava.
Logo as roupas estavam jogadas pelo chão da sala e os corpos unidos em busca da satisfação do desejo que os consumia.
Aquela noite, Poncho voltou com muita relutância para o seu apartamento, tinha que terminar de acertar os detalhes para a viagem deles que seria em três dias.
Estava feliz como nunca antes, mas a maldita dor de cabeça apareceu para lembrá-lo que nem tudo era um conto de fadas. Antes de se deitar tomou um analgésico, mandou uma mensagem de boa noite a Any e dormiu.
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Oportunidad Al Corazón
FanfictionAlfonso sempre foi um cara tranquilo e que não gostava de arriscar. Nunca se dava uma oportunidade, nem mesmo para declarar o seu amor a sua secretaria, Anahi. Ela parecia não notá-lo além do perfil profissional, mas ele não conseguia tirar ela da c...