Capítulo 42

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_Obrigado Any. - falou baixinho assim que entraram no apartamento dele.
_Obrigado, por quê? - se voltou para abraçá-lo pela cintura.
_Por inventar uma desculpa para eu sair de lá com um pouquinho de dignidade.
_Que desculpa?! - se afastou para tirar os sapatos.
_Ah Any! Por dizer que não estava se sentindo bem e querer vir para casa. - falou sem jeito, passando os dedos pelo cabelo - Me senti tão inútil.
Any se aproximou.
_Inventei aquela desculpa porque queria estar sozinha com você. Não entenda mal, adoro Chris e Mai, mas estar com eles me impossibilita de te tocar e beijar como eu quero e preciso. - deslizando as mãos sobre o peitoral dele - E a cabeça, como tá?!
_Ainda dói um pouco. - apertando as têmporas com as mãos - Me senti impotente perto daquele cara.
_Você pode ser teimoso, chatinho, super protetor... - mordeu o lábio inferior sorrindo - Mas impotente é algo que não posso aceitar. De jeito nenhum. - desceu a mão pelo peitoral até o cós da calça, arrancando um gemido dele - Mas agora, você vai tomar o seu remedio e vamos para cama.
_Você me provoca e depois me manda dormir? - incrédulo seguiu-a até a cozinha.
_Não, mandei ir para cama depois que tomar o remédio. Você descansa um pouquinho e quando se sentir melhor eu vou te provar que não existe impotência nenhuma em você. - piscou um olho e entregou o remedio a ele.
Poncho teria gargalhado, mas a dor em sua cabeça não permitiu, teve que se contentar com um riso baixo e fraco.
_Até lá a dor na cabeça de cima vai ter passado, mas na de baixo... - balançou a cabeça encarando Any.
_Primeiro cuidamos de uma dor, depois da outra. - andando em direção ao quarto - Até lá, comporte-se Herrera.
Sorrindo, Poncho seguiu Any e se livrou da camisa e calça se deitando na cama sobre ela, que também já havia se despido.
Any entregou os remedios, observando Poncho tomá-los, para logo em seguida deitar a cabeça sobre a barriga dela novamente. Ficou ali por minutos incontáveis acariciando os cabelos de Poncho que mantinha sua cabeça entre os seios dela, a respiração calma denunciando que o remedio fizera efeito. Só nesse momento se permitiu relaxar.

Any despertou com os beijos que Poncho distribuía por seu pescoço e colo.
_A quê se deve isso?! - um sorriso sonolento no rosto.
_Cobrando o que você me disse. - ergueu a cabeça para olhá-la - Não sinto mais nada na cabeça de cima, mas a de baixo ainda requer cuidados. - sorriu malicioso antes de morder o seio dela por cima da fina camisola.
Any riu divertida com a resposta dele, mas logo foi tomada pela excitação, a pele arrepiada com cada novo contato da boca de Poncho. Agarrou os cabelos negros dele entre os dedos e o puxou para um beijo intenso.
Poncho desceu suas mãos alcançando a borda da camisola e ergueu-a vagarosamente, deslizando os dedos pela pele macia. A cada toque Any se arrepiava e tremia por antecipação.
Poncho parou na altura dos quadris e roçou os labios pela parte interna da coxa até a intimidade, Any se contorcia embaixo dele, ávida por um contato mais íntimo.
_Não me tortura amor. - passou as unhas nos ombros dele.
_Você é tão linda e perfeita, eu te amo. - abaixou a cabeça passando a ponta da língua pela intimidade dela.
Any soltou um gemido alto, erguendo os quadris e agarrando ainda mais os cabelos de Poncho, enquanto ele a torturava com leves mordidas e chupões que quase a levaram ao clímax.
Sem conseguir se conter mais um segundo, ele tirou a camisola dela, mordendo e beijando o pescoço, colo e seios, abocanhou um mamilo e sugou, lambeu e mordiscou enquanto massageva o outro seio com a mão.
_Poncho. - gemeu implorando.
Poncho se levantou, tirou sua boxer e voltou a ficar por cima dela e deslizando um dedo em sua intimidade, com um sorriso malicioso, acariciando o clitoris já totalmente inchado e dolorido pelo desejo. Ele se apoiou nas mãos sobre a cama, e penetrou-a devagar, com todo cuidado, a cada penetração os gemidos aumentavam, os corpos suados, palavras sem sentido soltas no ar.
Any sentiu seu corpo estremecer.
_Mais rápido Poncho, mais forte, por favor. - implorou ofegante.
Poncho segurou os quadris dela erguidos para que não se movesse e aumentou o ritmo e profundidade das estocadas. Os gemidos aumentaram, assim como o suor em seus corpos.
Any remexia os quadris, ansiosa, a ponto de atingir o clímax. Poncho sentindo as contrações do corpo dela, obrigou-se a ir mais fundo, com estocadas fortes e ritmadas até que os dois atingiram um orgasmo enlouquecedor.
Caindo sobre ela, ofegante e suado, Poncho sorriu de olhos fechados, arrastando e pequeno corpo de Any para cima do seu.
_Agora sim tô todo curado. - beijou a testa dela.
Any soltou uma risada baixa e rouca, ainda dominada pelo extase.
_Você é um grande bobo. - ergueu o rosto e o beijou. - Eu te amo.
_Também te amo. Muito.
Não demorou para que os dois caíssem num sono tranquilo nos braços um do outro.

Na quarta-feira a tarde Any e Poncho foram ao aeroporto receber Tisha e Henrique e levá-los para o ap de Any onde ficariam hospedados. Na sexta foi a vez de Alfonso regressar a capital, pois sábado fariam o jantar para apresentação da familia na casa de Ruth e domingo pela tarde, Poncho daria entrada no hospital para a cirurgia.
_Fico feliz em recebê-los em minha casa. - Ruth, sorridente ao receber os pais de Any.
Tisha sorriu de volta.
_É um prazer conhecê-la Ruth. - acompanhando a anfitriã - Sua casa é linda.
_Lembra muito nossa casa, um lugar tranquilo e aconchegante. - Henrique observou.
_Obrigada. - Ruth acabou corando com os elogios e sorriu - Esse é meu pequeno recanto e refugio. Pena que nem todos pensem assim. - lançou um olhar de desaprovação a Alfonso.
_Já vai começar. - revirou os olhos - Se conhecesse minha vila em Paris, não iria me olhar reprovando assim.
_Rsso agora, porque durante um ano todo, você só queria saber de viajar e dormir em hotéis. - lançou de volta.
Poncho riu.
_Vocês estão parecendo duas crianças e estão constrangendo Tisha e Henrique.
Any olhou os pais em silêncio, observando a cena de olhos arregalados.
_Não liga não, isso é caso de amor mal resolvido. - Any provocou.
_Não diga isso petit, essa velha é uma doida. - Alfonso voltou a provocar.
_E você um velho safado e inconveniente!
_Se não pararem com isso, nós vamos embora agora e levamos Tisha e Henrique pra jantar num lugar tranquilo. - Poncho tentava segurar o riso ao ver os pais resmungando como duas crianças.
Any riu de toda a cena e aos cochichos contou a historia a sua mãe.
Tisha riu e não perdeu a oportunidade.
_Não se preocupem conosco, agora que entendemos a situação, não tem problemas assistir a uma possivel reconciliação.
Henrique e Poncho se entreolharam e gargalharam com o atrevimento de Tisha, enquanto Ruth estava atônita e corada de vergonha e Alfonso abria e fechava a boca várias vezes, querendo falar algo, mas sem conseguir.
_Agora que o gato comeu a lingua de vocês, - tentando controlar o riso - que tal seguirmos para a mesa de jantar?
Todos concordaram e  acompanharam Ruth a sala de jantar.
_Ai que vergonha! - Ruth falou baixinho, ao lado de Poncho - Tudo culpa daquele velho assanhado.
_Mãe, já ouviu o ditado de quem desdenha quer comprar?
_Não me faça puxar sua orelha na frente de seus sogros e noiva, menino abusado!
Poncho riu balançando a cabeça e passou a se concentrar em Any, os pais que se entendessem. E de preferencia logo.

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