Capítulo 46

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Any se soltou de Poncho rindo, se afastando dele.
_Calma, calma Ponchito! - as mãos erguidas para ele se manter afastado.
_Calma nada, já passei tempo demais calmo. - se aproximando devagar, um sorriso malicioso no rosto.
_Você não pode fazer muito esforço ainda, lembra? - segurando o riso.
_É só você ficar quietinha aí que não vou fazer quase esforço algum. - agarrando o braço dela.
Any não conseguiu evitar rir enquanto era arrastada para o quarto.
Poncho a beijou calmamente, saboreando a boca delicada, as mãos trabalhando contra as roupas que eles usavam, jogando-as no chão, induzindo Any a caminhar em direção a cama. Se deitou sobre ela, cuidadosamente, beijando o pescoço e colo até alcançar os seios, espalmou a mão sobre um seio enquanto cobria o outro com a boca despertando todo o corpo dela.
_Poncho... - chamou em um fraco sussurro.
_Estou indo devagar amor. - sorriu ao provocar.
Any gemeu em frustração e Poncho continuou com a tortura, descendo uma das mãos a intimidade dela, tocando o clitoris e arrancando gemidos desesperados de Any. Ela mordeu o ombro dele, arranhando as costas, prendendo Poncho entre suas pernas, tocando de leve sua intimidade no membro ereto dele.
_Anahi...assim não consigo ir com calma. - mordeu o bico do seio dela.
_Você provoca demais. - ofegante prendeu o lóbulo da orelha dele entre os dentes.
Poncho grunhiu e lentamente introduziu seu membro e seguiu assim, com estocadas lentas e profundas, torturando aos dois.
A cada investida e gemido, os dois ficavam mais excitados e se controlar se tornou impossível. Any ergueu os quadris de encontro a Poncho necessitando mais e mais dele. Tocando-o levemente nos ombros, o empurrou de encontro a cama e trocou a posições ficando por cima.
_Agora sim. - sorriu travessa.
Poncho soltou um gemido assim que Any fez o primeiro movimento, apoiando as mãos no torax dele, rebolava e intensificava os movimentos, se apertando contra o corpo de Poncho enquanto ele agarrava os quadris dela e acelerava, as investidas mais fortes e profundas, Any se abaixou e Poncho aproveitou para levar sua boca aos seios, sugando e mordiscando os mamilos. Any gritou o nome dele ao atingir o orgasmo e foi seguida por Poncho que repetia o nome dela entre sussurros e gemidos.
Any caiu ao lado dele e se aconchegou em seu peito, sorrindo ao sentir as caricias em suas  costas.
_Como senti falta de tudo isso! - os olhos fechados, um sorriso no rosto.
_Também senti amor, muita falta.
Abraçados e com as pernas entrelaçadas, logo adormeceram.


As semanas passaram rapidamente, Poncho estava totalmente recuperado e finalmente havia voltado ao trabalho, a casa deles já estava reformada e decorada, somente aguardando o casal. O casamento se aproximava e Any estava nervosa, apesar de tudo pronto e decidido, ela seguia ansiosa.
Se o tempo que moraram juntos no apartamento de Poncho fosse uma prévia de como seria quando estivessem casados, a vida deles seria perfeita.
Apesar de algumas pequenas discussões no inicio pela teimosia de Poncho em querer assumir mais trabalhos do que realmente precisava ou pelo fato de Any estar mais cansada que o normal para dar toda a atenção que Poncho queria, sempre conseguiam resolver as situações e não houve um único momento que pensaram em desistir da vida compartilhada. Pelo contrario, necessitavam cada vez mais um do outro.

O grande dia chegara e Any como toda noiva estava enlouquecendo todos a sua volta.
_Anahi, pelos céus, acalme-se!
_Não consigo mãe! - andando pelo quarto exasperada - Não é só pelo casamento, mas por medo de como Poncho vai reagir quando souber. - mordeu o labio inferior.
_Ele te ama sua boba. - Tisha a abraçou tranquilizando-a - Vai ficar tudo bem.
Any respirou fundo se olhando mais uma vez ao espelho.
Por opção tanto dela quanto de Poncho, decidiram se casar no jardim de sua nova casa. O altar improvisado sobre um coreto, todo decorado com rosas brancas e vermelhas, as cadeiras brancas para os convidados formando o corredor coberto pelo tapete vermelho pelo qual ela andaria até o homem da sua vida e lhe prometeria amor e fidelidade.
Maite insistira em que convidasse vários nomes da alta sociedade e fotógrafos de revistas respeitáveis para registrar o momento. Any achou desnecessário, mas Poncho se deslumbrou com a ideia do Mexico inteiro saber que ele se casara com a mulher mais linda do mundo.
_Filha. - chamou a porta - Você precisa descer antes que seu noivo venha te buscar. - completou rindo.
Tisha beijou a testa da filha e desceu na frente para entrar junto com Alfonso já que Ruth entraria com Poncho.
Any sorriu ao pai e seguiu para o andar inferior, respirou fundo e saiu ao jardim assim que a musica começou a tocar. O vestido dançava ao vento, os pequenos cristais brilhavam a luz do sol que começava a se pôr. A coroa de flores a deixava com um ar ainda mais delicado, angelical. Uma fada com os cabelos soltos e ondulados, mas o que tocou profundamente o coração de Poncho foi o sorriso e o olhar cheio de amor que ela dirigia a ele. Somente para ele.


De frente um para o outro, mãos dadas, olhares unidos, o mundo deixara de existir no exato momento em que os votos eram ditos.
_Prometo te amar, respeitar e cuidar por toda a minha vida, e se não for o suficiente, estarei por toda eternidade unido a você. A cada dia meu amor cresce mais e tudo o que peço é viver e dividir cada segundo contigo. Você me trouxe a luz e a paz que eu nem mesmo conhecia. Ter você Any é a maior benção que recebi e prometo fazer o possível e impossível para mantê-la ao meu lado e merecer o seu amor. - ao finalizar, deslizou a aliança pelo dedo de Any e beijou-a na testa.
Any sorriu entre as lágrimas e respirou fundo antes de começar os seus votos.
_Não sei quando e nem como, mas houve um exato momento em que o universo conspirou e te trouxe para mim, e eu prometo não decepciona-lo te fazendo muito feliz. Prometo meu amor, meu apoio, toda a minha vida e devoção a você. Prometo dedicar cada dia e instante para que nosso amor permaneça assim e que aumente muito mais. Estaremos juntos e unidos por toda a eternidade. Eu te amo. - colocou a aliança dele e beijou o dedo onde esta repousava.
_Pelo poder a mim investido, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Sorrindo, Poncho segurou o rosto de Any entre as mãos, beijou sua testa e só depois uniu seus labios num beijo timido e leve, mas que demonstrava a alegria e o amor por estarem juntos.
Aplausos soaram entre os convidados, as mães dos dois choravam e os pais tentavam se fazer de fortões.
Any e Poncho deixaram o coreto de mãos dadas e seguiram para o lado do jardim onde as mesas e a pista de dança estavam armados.
Assim que se aproximaram, a valsa soou e Poncho guiou Any até o centro da pista.
Os dois sorriam e valsavam tão levemente que pareciam flutuar, um momento mágico e etéreo que só foi interrompido pelos pais da noiva por tradição, e logo após os pais do noivo. Só depois de finalizada a valsa é que puderam se encontrar e finalmente estarem nos braços um do outro novamente.
Sentados a mesa, Any e Poncho observavam Henrique e Tisha dançando sorridentes e Alfonso e Ruth entre carinhos e sorrisos.
_Feliz meu amor? - Poncho perguntou ao ouvido de sua mulher.
Any sorriu.
_Muito mais que feliz! - segurou o rosto dele e o beijou - Estou casada com o homem que eu amo, meus pais parecem dois adolescentes de tão felizes e meus sogros não fazem por menos.
_É bom ver meus pais juntos de novo, nunca vi eles tão felizes como agora. - sorriu acariciando o rosto dela com o polegar.
_E tem algo mais que me faz muito feliz. - séria tomou as mãos dele entre as dela e levou até sua barriga - Muito feliz.
Poncho a olhou atonito, buscando compreender o gesto, até finalmente entender.
_Você está...
_Grávida. - Any deu um sorriso tímido.
_Isso é...isso é maravilhoso! - não conseguindo conter a alegria, segurou o rosto dela entre as mãos e a encheu de beijos - Obrigado meu amor, obrigado por essa noticia linda e maravilhosa! - se levantou - Todos precisam saber!
Any cobriu o rosto com as mãos, sorrindo, totalmente corada de vergonha, mas muito feliz pela aceitação imediata do marido.

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