Capítulo 37

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Any admirava sua aliança, agora estava completa. Um conjunto separado por Poncho para fazer o pedido no momento certo. E que momento. Escolhera a cidade do amor e da luz, só os dois, na romantica e perfeita Torre Eiffel.
Any olhou para Poncho que sorria divertido e ergueu uma sobrancelha.
_O que há de tão engraçado? - se aproximou da cama onde ele já estava deitado apenas esperando-a vestir a camisola.
_Promete não ficar brava comigo? - soltando mais uma risadinha.
_Depende da situação.
_Então não falo. - Poncho cruzou os braços sobre o peito.
_Tudo bem, prometo que não fico.
_Eu contei uma mentirinha bem pequenininha.
_Poncho...
_É que a gente não subiu as escondidas na Torre, ela ainda estava aberta para visitação. - voltou a rir com a carinha de espanto dela.
_Poncho! Por que fez isso? - perguntou emburrada.
_Porque ficou mais emocionante. - sorriu puxando-a de encontro ao seu peito - Vai dizer que estou mentindo?
_Não seu bobo, foi divertido. - Any riu e deu um tapinha no peito dele - Mas nada de mentir para mim, entendeu?
_Ah! Nem para fazer surpresas?
_Só surpresas boas. - Any aceitou, rindo alto.

_Logo estarei em DF com vocês. - Alfonso se despedia dos dois no aeroporto - Essa semana com vocês aqui foi maravilhosa.
_Posso dizer o mesmo sogrinho, adorei te conhecer. - Any o abraçou.
_Estaremos te esperando pai. - Poncho abraçou-o se despedindo.
O retorno ao Mexico foi tranquilo, porém cansativo. Faltava pouco para Poncho voltar a comandar os escritorios Herrera, mas também sabia que teria que conversar com a mãe e finalmente encarar o resultado dos exames.
_Estamos juntos nisso bebê, não fique tão preocupado. - segurando a mão dele.
Poncho não percebeu que Any o observava, perdido em seus pensamentos, até aquele momento. Tomou a mão dela e erguendo levou a boca, dando um leve beijo.
_Obrigado princesa.
Por precaução, Any passou aquela noite no apartamento de Poncho, só para garantir que o cansaço da viagem não interferisse no estado de saúde dele.
Combinaram de na manhã seguinte buscar os resultados, levá-los para Chris e o neurologista verificarem e só depois ir falar com a mãe dele.

Poncho estava ansioso naquela manhã, sentado no banco de espera do laboratório, batendo os pés nervosos no chão, enquanto apertava a mão de Any entre as suas. A pressão era forte suficiente para ela saber o medo que se acumulava nele, mas não a ponto de machucar.
_Senhor Herrera. - a recepcionista o chamou.
Poncho ergueu a cabeça e com passos lentos e vagarosos foi até o balcão retirar o envelope que continha as respostas que o aliviariam ou o levariam ao inferno.
Any abraçou-o pela barriga e beijando suas costas o acalmou em silencio.
_E agora? - perguntou ainda aéreo a situação.
_Agora nós vamos ao consultório do Chris porque ele e o neuro já estão a nossa espera. - tomou a chave do carro das mãos dele - E por precaução, eu dirijo.
Poncho não contestou, sabia que não estava em condições de pensar em nada além da sentença em suas mãos.
No caminho para o consultório de Chris, Any tentou conversar sobre assuntos casuais, mas Poncho não prestava atenção em nada.
Assim que entraram no consultorio, Chris os recebeu com um abraço e o neuro estendeu a mão cumprimentando-os.
_Vamos logo ao ponto porque o meu amigo ali é uma dinamite prestes a explodir. - Chris apontou para Poncho.
O neurocirurgião pegou os resultados e colocou contra uma chapa avaliando. Discutiu alguns termos médicos com Chris que nem Any e nem Poncho entendiam só aumentando a ansiedade.
_E então, o que eu tenho? - perguntou exasperado.
O neuro assentiu, deixando Chris falar com o amigo.
_Bom, pelo que verificamos, você realmente tem um aneurisma meu amigo. - mantendo um tom calmo e profissional.
Poncho se levantou bruscamente, fazendo a cadeira em que estava sentado cair para trás e começou a andar de um lado para o outro.
_Poncho, preciso que mantenha a calma, o aneurisma... - Chris começou a falar, mas logo foi interrompido.
_CALMA? COMO VOU FICAR CALMO? EU TENHO UM ANEURISMA CHRIS! - Poncho gritou nervoso e já começava a chorar - Por que agora? Por que quando estou tão feliz?

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