Capítulo 55

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Any levantou e saiu silenciosamente da cama assim que amanheceu, com um sorriso travesso e a ajuda das muletas foi até o closet, pegou o álbum de fotos e com dificuldade voltou para a cama.
Se Poncho visse todo o esforço que ela fizera com toda certeza ficaria zangado.
Se sentou na cama e abriu o álbum onde estavam as fotos do casamento e da lua-de-mel e aguardou até Poncho despertar.

_Bom dia princesa, como você está? - sorriu a olhando sem reparar no álbum.
_Estou ótima querido. - sorriu extasiada.
_O que é isso?! - perguntou ao olhar as pernas dela - Como você pegou o album Any?! E como...como sabia onde estava?!
_Hmmm...me levantei com a ajuda dessas belas muletas que não foram compradas para ficar de enfeite. - abriu o álbum - Senta aqui para vermos juntos, - um sorriso travesso - desde que o montei não tivemos a oportunidade de ver.
Poncho se sentou com mil perguntas na cabeça, mas parecia ter perdido a língua.
_Sabe, no dia em que o fiz, eu não sabia com qual foto começar até me lembrar da que tiramos na Torre Eifel quando me pediu em casamento, aqueles dias na Vila do seu pai foram mágicos e não podia ficar de fora. - seu sorriso aumentou ao ver o espanto nos olhos do seu marido.
_Any...você...você se lembra?!
Any sorriu.
_Lembro, lembro de tudo bebê! Cada pedacinho da nossa história, cada pedacinho de mim. - lágrimas rolavam por seu rosto, mas dessa vez, de felicidade.
_Verdade?! - perguntou ainda sem acreditar.
_Voltei para você meu amor.
Poncho não disse mais nenhuma palavra, somente a abraçou e a beijou sem parar, arrancando risos de Any.
Ele não parou de fazer perguntas até se certificar de que ela realmente  se lembrava de tudo.
_Poncho, se me fizer mais uma pergunta vou bater na sua cabeça com essa muleta. - pegou a muleta rindo.
_Você não seria capaz! - fingindo indignação para depois abraçá-la - Precisamos contra para todo mundo que você está bem meu amor.
_Podemos fazer isso hoje. - beijou o rosto dele - Liga para o pessoal e chama eles para jantar aqui hoje.
_Vou fazer isso agora mesmo. - se levantou num impulso.
_Nem pensar! Você só vai fazer isso depois do café da manhã. Estamos com fome Ponchito. - tocou a barriga fazendo voz de criança.
_Céus, onde estou com a cabeça!!! Eu já volto minha linda. - saiu apressado do quarto deixando uma Any sorridente para trás.

_Finalmente! - Any sorriu feliz por retirar o gesso da perna e voltar a andar sem ajuda.
_Mas não abusa princesa, você ainda precisa manter repouso e muitos cuidados com a gravidez.
_Eu sei amor. - o beijou - Mas só de tirar aquela coisa, já me sinto melhor.
Um mês se passou desde que Any havia recuperado a memória, os preparativos para o quarto do bebê foram retomados e a tranquilidade reinava novamente.
Poncho e Any ainda tentavam decidir o nome do bebê, a rotina voltara ao normal, apenas Any que não retornou ao trabalho.
Tisha e Ruth sempre que podiam cercavam Any de mimos e atenções, Mai não parava um minuto empolgada com os preparativos para chegada do bebê, confessou a Any que ela e Chris também pensavam em ter um filho.
Poncho permanecia a maior parte do tempo trabalhando em casa, raramente ia ao escritório preocupado em deixar Any. Seu mundo se resumia no bem estar dela e do bebê.
Passava horas buscando nomes para o filho e a cada dia testava um, mas por enquanto nenhum agradara a mamãe exigente.
_Eu estava pensando amor, sobre o nome do bebê.
_O que essa cabecinha estava maquinando?! - se sentou no colo dele.
_O que você acha de Jonathan?!
Any sorriu.
_É lindo meu amor, Jonathan Portilla Herrera. - testando o nome - Soa bem.
_É sim, eu tambem gosto. - sorriu todo convencido - Agora precisamos nos concentrar no chá de bebê, porque se deixar nas mãos das nossas mães e da Maite, isso vai virar uma festa enorme.
Any bufou.
_Eu sei, elas estão empolgadas demais e eu não sei como frear um pouco.
_Vamos ter que dar um jeito nisso, antes que a festa fique maior que a do nosso casamento.
Any assentiu.
_De jeito nenhum, nem você e nem eu gostamos de festas grandes e chamativas. - negou decidida - Agora, o que você acha de subir e aproveitar que tirei aquele trambolho da perna?! - já abrindo os botões de camisa dele.
Poncho riu.
_Ótima idéia! - a pegou no colo e subiu para o quarto.
Ter novamente a liberdade de pegá-lá no colo, beijar e tocar sem medo, levava Poncho a euforia. Desde que ela havia recuperado a memória, passou a maior parte do tempo junto de Any, mal conseguindo manter as mãos longe dela.
Poncho a colocou no centro da cama e parado, em pé, ao lado da cama, observava a mulher amada, os olhos cheios de devoção e amor.
_Não canso de te dizer o quanto sou feliz e grato por te ter de volta. - se aproximou depositando um beijo carinhoso e cheio de amor em seus lábios.

Apesar de Anahi estar totalmente bem, o modo como Poncho se desfazia das roupas dela e a tocava, era tão carinhoso e cheio de cuidados que quase a fizeram chorar.
Any tocou os ombros fortes e deslizou pelo peito, tocando a fina camada de pelos que o cobria. Hoje ela havia decidido que seria um dia especial para ele, por tanto amor e paciência desprendidos a ela.
Any se ergueu e empurrou o peito dele, Poncho entendendo o que ela queria, se deixou a mercê daquelas pequenas mãos.
Retirou a calça e a boxer que ele usava e se abaixou lentamente, lambendo a ponta do membro já ereto. Ouviu o gemido ofogado de Poncho e com um sorriso no rosto, pouco a pouco de modo torturante o tomou em sua boca. Poncho agarrou seus cabelos sedosos entre os dedos, grunhindo e chamando o nome dela a cada movimento da boca e língua de Any.
A ponto de explodir, a puxou para cima, o coração acelerado, a respiração irregular.
_Sua pequena maldosa, até quando pretendia me torturar? - a voz rouca, os olhos escurecidos pelo desejo iminente.
Jogou-a contra a cama e enquanto Any sorria inebriada pela vontade de senti-lo dentro dela, devolveu a tortura na mesma moeda. Apertou o clitóris inchado entre os dentes e Any ergueu os quadris ofegante, sendo invadida pelos dedos grandes e experientes de Poncho.
Ela se movia embaixo dele, ardendo, a ponto de explodir, mas se sentiu cair quando foi abandonada.
Choramingou desesperada, mas antes que pudesse reclamar, sentiu o membro de Poncho deslizar para dentro dela, enchendo-a por completo. As estocadas eram fortes e precisas, seguindo o mesmo ritmo empregado por seus quadris.
Os dois gemiam palavras incompreensíveis, cada vez mais ofegantes, mais próximos ao clímax.
Quando aceleraram os movimentos, o orgasmo veio intenso, numa explosão sem proporções.
Poncho deixou seu corpo cair sobre o dela, tendo o cuidado de não esmagar a barriga já arredondada  de Any, sorrindo ao saber que ali crescia o filho que quase perderam.
_Eu te amo. - beijou levemente os lábios de Any.
_Também te amo.
Poncho a puxou para os seus braços, e adormeceram entre carinhos.

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