Capítulo 4

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Poncho olhou para imensa janela de sua sala, a vista da cidade do México, fazendo voltar ao passado, se lembrou do porquê havia desistido de se dar oportunidades. Claudia Alvarez.
Ele se deu a oportunidade de tentar com ela, só para ter seu orgulho destroçado pela mulher ambiciosa que só o usara para atingir as colunas sociais e se tornar mais um rostinho na capa de uma revista de moda qualquer.
Assim como Anahi, ela era doce, linda e sua fiel secretária, mas após iniciarem o romance, ela mostrou sua verdadeira face, uma alpinista social, pisando em todos pra alcançar o sucesso. Nunca mais voltou a dar uma oportunidade ao seu coração.
E agora a história se repetia. Uma batida a porta o trouxe de volta a realidade.
_Entre.
_Senhor Herrera, vou sair para o almoço. Deseja algo antes?
_Não, pode ir tranquila. - permaneceu de costas para ela.
_Mas...mas o senhor não almoçou ainda. Quer que traga algo?
_Você conhece meus gostos, traga o que achar melhor. - falou num tom firme como se a quisesse distante.
_Oh...ahn...certo. Até mais senhor Herrera. - saiu fechando a porta.
Quando percebeu a grosseria já era tarde, ela já havia saído.
_Ela não é a Claudia. - falou frustrado a si mesmo - Nunca se insinuou, sempre profissional. Tenho que me desculpar com ela depois.
Uma hora se passou até Anahi voltar ao escritório.
_Senhor Herrera. - Anahi chamou depois de bater a porta, com certo receio - Trouxe seu almoço senhor.
_Obrigado Anahi. - agradeceu sem saber ao certo como começar a pedir desculpas.
_É comida mexicana mesmo. - deixou sobre a mesa e se virou para sair da sala.
_Anahi. - ela voltou-se para ele assim que ouviu seu nome - Perdoe-me por hoje, estou nervoso e frustrado e acabei descontando em você. - suspirou pesadamente.
_Tudo bem senhor Herrera, percebi que esse projeto tem deixado o senhor mais estressado que o normal. - ofereceu um sorriso caloroso.
_Não sei bem se é o projeto. - resmungou - De qualquer forma, não tenho o direito de tratá-la mal por isso. Me desculpe.
_Desculpas aceita senhor. - sorriu e fechou a porta, se retirando.
Poncho sorriu, seu dia havia passado de tortuoso para iluminado apenas com aquele sorriso dela.

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