Capítulo 7

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Mais um pra aproveitar o fim de semana ❤
Boa leitura
Sem revisão

Liam

Minha mãe sorria para o tablete assim que entrei na cozinha. Minha cabeça doía um pouco por causa de ontem. Fernando, André e eu fomos ao Jim pub para dar uma espairecida, Fernando está estressado com o processo da menina que foi abusada.

O cheiro de panquecas tomava conta do lugar, Samá a nossa fiel cozinheira estava no fogão e murmurava alguma coisa em espanhol, ela morava no México, mas quando seu marido foi assassinado por engano ela se mudou para Los Angeles, e eu me lembro bem daquela pequena senhora chegando próximo próximo ao nosso carro a cinco anos atrás, com ela estava Luigi, seu filho que tinha apenas dez anos de idade. Desde então adotamos eles como nossa família, comem e dormem dentro da casa, Luigi estuda em um colégio particular que eu fiz questão de pagar, me senti meio que responsável por eles dois, ela e uma mulher muito gentil e ajudou muito a minha mãe na recuperação depois da morte do meu pai.

– Bom dia. – Falo anunciando a minha presença. Dou um beijo no rosto da minha mãe e outro na Samá, que sorri. – Que cheiro maravilhoso. – sento em um banquinho da bancada que fica de frente para o fogão.

– Buenos días. – Ela responde em espanhol e mamãe e eu sorrimos. – Me desculpe. – Ela pede. Toda vez que ela se esquece ela se desculpa.

– Não há o que desculpar Samá. Sabe que não importamos. – Respondo e mamãe balança a cabeça concordando comigo. – Gostamos quando se sente a vontade.

– E claro que sim. Sabe disso não é Samá? – Mamãe fala sorridente.

– Sei sim senhora Verônica. – Mamãe odeia quando ela a chama de senhora. – Perdão. Verônica. – Ela sorri meio de lado.

– Onde está o Luigi? – Pergunto.

– Estou aqui tio. – Isso foi uma coisa que tive que trabalhar muito. Fazê-lo me chamar de tio. Hoje ele já acostumou, e eu também.

– Hoje não tenho nada para tão cedo no escritório, posso te levar ao colégio se quiser. – Falo abraçando-o.

– Quero sim. – Senta ao meu lado depois de cumprimentar sua mãe e a minha.

– Não precisa filho. – Samá olha meio de lado sem tirar a atenção do que fazia. – Já faz muito pagando a escola e o transporte dele.

– Não é incomodo algum. E além do mais, é meu caminho. E precisamos ter uma conversa de homem para homem. – Cutuco Luigi com o braço.

– Não vá ensinar besteiras para ele filho. – mamãe fala rindo. – Luigi e um bom menino.

– E quem disse que eu não sou hã? – coloco um pedaço grande de panqueca na boca enquanto mamãe fala.

– Sei que é filho. Mais só quando quer. Você anda demais com o Fernando e o André. – Mamãe fala isso mais ela ama eles. Exageradamente para o meu gosto. Ou desgosto.

– Você fala isso mas morre de amores quando eles chegam aqui. – Falo revirando os olhos.

– Ora, me respeite menino. Não revire os olhos para mim. – Mamãe me repreende sorrindo.

Depois que tomamos café arrumei as minhas coisas e fui ao encontro do Luigi que já estava sentado com o sinto passado. Ele não é muito de falar, mas com o tempo aprendemos a lidar com ele. Deixe-o relaxado e terá tudo o que quiser.

– Luigi, posso te perguntar uma coisa? – quando eu falo ele pausa o jogo e me olha.

– Claro que sim tio Liam. – responde sério.

– Como tem andado a minha mãe? – Sei que não é certo fazer isso, mas tenho certeza de que a minha mãe conversa com a Samá sobre isso, e ela sem querer acaba contando para ele e que quando ela vai dar uma bronca ou repreende-lo para não aceitar mais coisas de mim ela também fala.

– Ela está feliz. O seu irmão disse que vem visita-la. – Ele fala com meio sorriso.

– Obrigado. – Não consigo formar nada para falar, não posso xingar na frente do Luigi.

Isso também foi uma adaptação minha, e tenho que dizer que minha mãe amou, ela sempre diz que xingamentos não trazem coisas boas.

Deixo o Luigi na escola e sigo para o escritório, hoje terei algumas entrevistas marcadas que começam as nove. Chego as oito e Cristine já vem até mim.

– Bom dia Liam. – Fala educada como sempre.

– Bom dia Cristine. O que temos agora? – Pergunto sentando em minha cadeira e ficando de frente para ela.

– Bom, você tem que assinar esses papéis. – Me entrega uma pasta marrom. – E as candidatas já estão aí senhor.

– Tudo bem. – Falo assinando as folhas enquanto ela me olha. Cristine não e feia, longe disso. Ela é negra, tem olhos verdes por trás dos óculos. Sua pele é lisa e tem um corpo bonito, ela provavelmente não frequenta uma academia, o cabelo está sempre em um rabo de cavalo baixo bem preso. Ela usa uma meia calça por baixo da saia que desce até abaixo dos joelhos, a blusa social branca está fechada até o pescoço. Ela é uma boa pessoa, e também uma boa secretária, desde que assumi a frente da empresa ela está comigo. – Peça para a primeira entrar. Vamos adiantar essa entrevista, tenho que chegar cedo em casa. – Falo entregando a pasta para ela.

– Sim senhor. Com licença. – Encosta a porta atrás de si.

As candidatas foram entrando uma a uma, já estava cansado de fazer as mesmas perguntas, já passava do meio dia quando Cristine avisou que a próxima seria a Isobel e que ela já​ estava entrando.

– Isobel Curry. – Falo olhando a sua ficha ela balança a cabeça afirmando. – Sente-se por favor. Bom senhorita Isobel, fale-me sobre você.

– Bom, eu sempre gostei de administrar então decidi fazer faculdade de Administração, e a Columbia foi o meu foco, meu avô sempre quis que eu estudasse lá, e quando ele morreu resolvi que seria lá que eu estudaria. – Termina de falar de cabeça baixa.

– Vi aqui na sua ficha que já trabalhou em grandes empresas, por que saiu?

– Bom, todas elas eram muito boas, ainda sou amiga de algumas das CEO. Mas não era muito bom para mim, muito trabalho, pouco dinheiro. Cuido da minha mãe que está um pouco adoentada e os remédios são caros, não estava adiantando nada. – Ela parece uma boa pessoa.

Depois de mais de meia hora entrevistando a Isobel, tomei uma decisão, ela de todas as outras foi a que se saiu melhor em tudo.

Não vou mentir, sou homem e reparei nela sim, usava uma saia preta bem justa que ia até pouco acima do joelho, a blusa social rosa estava dentro da saia de maneira elegante, saltos altíssimos, o cabelo loiro ondulado ia até no meio das costas, seu rosto tinha uma maquiagem de leve mas o batom era vermelho bem chamativo na sua boca bem carnuda, uma boa postura, seios e bunda grandes, as pernas malhadas. É. Com certeza o Fernando ficará de quatro por ela.

– Bom senhorita Isobel, parabéns. Você será a nova responsável pelo setor administrativo da Halpern Construction Enterprise. – Falo estendendo a mão para ela que sorri e aperta a minha mão de leve.

– Obrigada Senhor Halpern, você não irá se arrepender.

Ah, eu espero que não.

– Pode ir até a minha secretária, ela te levará até o setor do RH para que acerte todos os detalhes.

Ela pega a bolsa balança a cabeça afirmando e depois sai em disparada me deixando sozinho com cara de tacho rapado.

O Poder da Sedução { Completo }Onde histórias criam vida. Descubra agora