Liam
Podem me julgar. Eu bem que mereço.
Não era a minha intenção transar com a Isobel, eu saí e voltei bêbado como sempre, ultimamente, ela estava lá e eu vi a Lucy nela, e sei que isso não é desculpa mas quando me dei conta já era tarde.
Acordei com o cheiro nada bom de fruta cítrica de Isobel, Não tinha nada do cheiro bom de flores de Lucy.
Vou ao banheiro tomo um banho, escovo meus dentes e arrumo a barba um pouco, que agora já estava precisa ser feita e eu não estava nem um pouco afim, me lembro que certa vez Lucy disse gostar da minha barba então depois disso evitei corta-la.
Depois de tomar banho e escovar fui ao meu closet e escolhi um terno preto, uma camisa branca e uma gravata azul, um sapato social e uma cueca que Lucy me deu de presente.
Desço para tomar meu café da manhã e encontro minha mãe e Samá envolvidas em uma conversa, assim que me notam me cumprimentam.
– Filho, você e a Lucy brigaram outra vez? – minha mãe pergunta assim que eu sento a mesa.
– Não, desde aquele dia que fui até a casa dela não a vi. – sinto uma pontada de decepção ao falar isso.
– Então por que ela estava aqui essa madrugada? – sinto meu corpo gelar.
– De madrugada que horas mamãe?
– Umas três, três e meia – mamãe põe uma panqueca no meu prato – ela estava chorando, e me entregou a chave que tinha da casa. – meu coração para.
Levanto correndo e pego meu carro, saio voando, nunca tinha feito esse trajeto tão rápido, acho que eu poderia entrar para o velozes e furiosos 9.
Quando paro o carro na porta de Lucy havia um carro lá já. Senti um aperto no peito, e se ela já tivesse arrumado outra pessoa?
Toco a campainha e Anna abre a porta, ela estava rindo mas assim que me viu fechou a cara.
– O que você ainda quer aqui? – pegunta com raiva.
– Eu vim ver a Lucy. – Olho para dentro da casa e meu queixo caiu, Alberto estava abraçado a Lucy enquanto Kate e Lys faziam cócegas nele e na Lucy.
Lucy olha para a porta e se levanta e vem em minha direção, os outros fazem o mesmo.
– O que você quer? – pergunta com raiva.
– Vim ver você. Minha mãe disse que você esteve lá essa madrugada e estava chorando, fiquei preocupado, mas vejo que não foi nada. – falo irônico.
– Eu fui sim. Na verdade eu fui te perdoar, fui dizer que sim, que a gente podia tentar outra vez. – fala sorrindo. Então ela ainda me amava, mas Alberto chatão estava ali, e ela estava rindo com ele.
– E no caminho mudou de ideia? – pergunto.
– Não. Foi depois de quase vomitar as minhas tripas por ter visto você transando com a Isobel. Pra quem não queria nada você estava muito animado. – então foi isso.
Merda Liam. Se ela te deixar pra sempre será bem feito. Isso que dá ficar enfiando esse pau em qualquer buraco por aí. Meu Liam sem sincero joga na minha cara.
– Mais ainda não entendi o que esse... esse... chatão está fazendo aqui. – falo. – decidiu aceitar as investidas dele? – ela arqueia a sombrancelha direita.
– Na verdade, não é da sua conta. – fala e fecha a porta na minha cara.
Fico parado mais do que deveria ali. É encarando a porta, ela... eu a perdi de vez.
Lucy
As meninas amaram o Alberto, principalmente a Lys, ela ficava vermelha na presença dele.
Depois que bati a porta na cara do Liam todos gritaram. Meu resto de madrugada foi horrível, vomitei horrores, provavelmente culpa da maldita cachaça, e eu chorei mais, chorei sem motivo nenhum, só chorei, essa palhaçada já estava me irritando.
– Você foi ótima. Daria tudo pra ver a cara de indignado dele. – Anna fala.
– Arg. Eu não aguento mais ver essa cara dele. Tão bonito, mais é igual a todos os outros. Não prestam. Acho que vou fazer igual a Anna. – todos nós rimos.
– Você não daria conta do batidão. É muito... intenso. – Anna morde um pedaço de bolo de chocolate ao falar.
– Talvez eu não dê conta mesmo. Droga. Homem é uma maldição, e por isso que o inferno tá cheio, o pecado vem encarnado em um homens que sangue de Jesus tem poder, dá vontade de pecar eternamente. – todos nós gargalhamos, Lys tinha começado a beber logo cedo. Disse ser por causa da revolta, pela falta de sexo segundo ela.
– Eu presto sim. – Alberto se defende.
– Uiiii. – Anna, Kate e eu falamos em coro.
– Sei não em. – Anna ri ao falar. – isso me pareceu uma indireta. Ou foi uma direta? Não sei, só senti um clima. Pode ser coisa da minha cabeça. Ou não. – falou baixinho as duas últimas palavras.
– Ai Alberto. Mais você é muito fofo. Fazer o que né, homem é tudo cachorro, mas a gente só quer os vita-latas, com tantos cachorros de raça tipo você Alberto, a gente quer qual? Os vira-lata da rua. É pior que mulher de bandido, tem tudo pra arrumar um um Playboy de família bilionário mais quer os homens da quebrada, o maconheiros de beira de esquina. – Lys já não falava mais coisa com coisa.
Estávamos passando mal de rir, Lys não tem filtro nenhum, mas ela não era assim, acho que a falta de sexo está mesmo atrapalhando o funcionamento mental dela.
Voltamos ao sofá, estávamos brincando antes da campainha tocar e o babaca do Liam aparecer.
O resto do dia foi normal, as 18h Alberto se despediu de nós e foi embora, teria plantão noturno, fiquei preocupada porque ele quase não dormiu.
Decidi me arrumar e ir para a boate, mesmo contra a vontade das meninas. Fiz tudo que tinha que fazer, peguei minha roupa, arrumei o meu cabelo é e fui esperar o ônibus. Confesso que é estranho fazer esse trajeto de ônibus, querendo ou não a gente se acostuma rápido. Quando entrei na Dallas fui barrada.
– Ai. Me solta, eu trabalho aqui seu bruto. – falo para um dos seguranças.
– Você não pode entrar. – ele fala firme.
– Não posso! Ah coitado. Eu vou falar com Carlos sobre essa palhaçada. – me desvinculo do aperto dele e sigo até a sala de Carlos.
– Lucy minha querida, o que faz aqui? – Carlos pergunta com a cara mais deslavada.
– Que palhaçada é essa de me barrar Carlos, que eu saiba eu ainda trabalho aqui. Ou resolveu me demitir? – pergunto com ironia.
– E claro que não minha linda. – reviro os olhos. – seu namorado veio aqui, pagou sua dívida e disse para eu não deixar você entrar aqui nunca mais, se não ele colocaria fogo na minha boate. – eu não acredito que o Liam teve coragem disso. É um babaca mesmo, acha que isso vai resolver tudo.
– Desgraçado. Pois eu vou trabalhar aqui sim, mais agora vai ser para pagar ele. É você. – aponto para Carlos. – O dinheiro que estiver no palco e meu, nada de porcentagem, você tava me enganando, agora já ganhou dinheiro demais as minhas custas, só quero ficar aqui pra ter o dinheiro que ele te pagou. Quanto foi? – pergunto.
– Dois milhões e meio. – meu coração quase salta pela boca quando escuto o valor que ele pagou. O desgraçado tava mesmo achando que só isso ia bastar.
– Ótimo, então começarei hoje. – levanto da cadeira e saio porta a fora para me arrumar.
Eu estava tremendo de medo, Liam pagou muito caro pela minha liberdade, se ele não fosse um babaca eu até acreditaria que ele ainda me amava.
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O Poder da Sedução { Completo }
RomanceO que você seria capaz de fazer para ajudar sua melhor amiga? Seria capaz de enfrentar seus medos e ir buscar ajuda onde você jamais iria em outra situação? Lucy foi capaz. Quando Kate foi sequestrada pelo namorado ela não mediu esforços para salva...