A escapada - Parte 2

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O que aconteceu foi o seguinte: A garçonete da cafeteria em que estamos é mega atirada, no instante que fui no banheiro ela já estava de papinho e toda íntima do Peter, minha vontade foi de pegar o café e jogar na cara dela.

-Você não tem que servir outras mesas não? -Pergunto instantes depois de me sentar a mesa.

-Claro, é que faz muito tempo que não nos vemos né Peterzinho?

Ai. Meu. Deus.

-Pois é. -Peter diz ao ver meu desconforto com a presença dessa menina.

-Bom, vou trazer os pedidos de vocês. Me liga, você me marcou muito.

Rio irônica.

-Amor, a única coisa que vai ficar marcada aqui é meus dedos nessa tua cara deslavada. -Dito isso, a moça sai sem dizer mais nada.

-Uau. -Peter diz e eu sinto vontade de matá-lo.

-Uau nada. Que atrevida hein.

-Relaxa, ela só fez isso pra te irritar, mal nos conhecemos.

-Ah, claro, você só deve ter transado com ela algumas vezes em um quarto de motel.

-Cuidado com a paranóica. -Ele diz rindo.

-Paranóica? A garota vem aqui na mesa, passa uma eternidade conversando sei lá o que, diz que você marcou muito ela e depois eu sou paranóica! Ah, não fode né Peter.

Pego meu celular e fico online, vejo a mensagem de Deméter e respondo.

POSTS ON

Dem: Evie Castellamary, onde diabos você se meteu? Melhor responder essa mensagem ou vou ligar pra mãe agora.

Evie: Hey, calma! Desculpa, não deu tempo de avisar, conversamos quando eu voltar. Te amo.

Dem: Lembre-se que não sou uma opção caso essa sua loucura dê errado (e vai dá, pode crer). Se cuida, oncinha.

POSTS OFF

-Castigo do silêncio. Isso é sério? -Peter fala me encarando.

-Muito sério.

-Você fica linda brava. -Ele diz com um meio sorriso. -E com ciúmes também.

Ótimo, tinha que ter esse sorriso maravilhoso...

-Eu não tô com ciúmes. -Digo assim que a garçonete chega com os pedidos.

-Não?

-Não, até porque seu passado não importa quando seu presente sou eu. -Digo em alto e bom tom para que a garota ouça.

-Presente mesmo hein. -Ele diz sacana.

...

Depois que saímos do café, caminhamos pela rua olhando as vitrines das lojas e conversando sobre assuntos aleatórios.

-Você deveria vir na minha casa no fim de semana, minha mãe adoraria conhecer uma apreciadora de café.

-Amor, só pra você saber, café é vida.

-O que você disse? -Ele diz parando a minha frente.

-Que café é vida. -Repito.

-Você me chamou de amor. -Ele diz sorrindo.

-Chamei? -Falo debochada e ele me olha sério. -Tô zoando, amor.

Ao dizer isso, ele me puxa pela cintura e cola nossos lábios.

Lost in rotation Onde histórias criam vida. Descubra agora