----Incrível! -- ela exclamou.
Pensante:----Oh nossa. Ela acha incrível você saber contar. Ô tia, já ouviu falar em escola?
----O que é incrível? --perguntei.
----Bom, pela queda, era pra você estar inconsciente...--ela disse.
Pensante:----Ou morta, né tia?
----Está sentido dor? --um médico que surgiu do nada perguntou.
Pensante:----Ele acabou de sair de um vidro de remédio...você que não viu.
----Não, não estou sentindo dor. Deixa eu ir embora, tô com fome!
----Você quase morreu e tá preocupada com a comida? --a médica perguntou.
----É claro! --respondi-- Não tem como afrouxar essas coisas aqui, não?
----Por quê? Quer ir embora? --o médico perguntou.
----Não...quer dizer sim...Mas é que eu quero fazer xixi e isso tá apertando a minha bexiga.
Pensante:----Delicada igual a mãe.
----Bom, --a médica riu-- infelizmente não podemos. Se você tiver alguma fratura, pode piorar a situação se você não estiver imobilizada.
----Eu não tenho nada!
Pensante:----É, não tem nada...nada prestando. Você tá toda quebrada, mano!
----Tá bom então.
----Isso vai doer um pouco.--a médica pegou uma anestesia.-- Mas é necessário.
Pensante:----Agulhas são do mal!
Quando vi, eu estava acordando, já na cama do hospital.
----É, Pensante, você tem razão, agulhas são do mal.
Pensante:----Que você morra quando eu não tiver razão.
----Nossa, isso é que é amor. Só não esquece, bonitão, que se eu morrer você morre junto. O parasita depende do hospedeiro pra sobreviver.
Pensante:---É mesmo né?
A porta se abriu. Um médico entrou.
----Com quem você falava? --ele perguntou.
----Comigo mesma.
----Hum...sou o Dr. Veraneio.
Pensante:----Veraneio...que nome feio! Ainda bem que o Devaneio não veio. Ele acharia engraçado esse nome, eu creio. Acho melhor terminar essa rima, senão a Pietra me parte ao meio.
Dei aquela esfregada de mão no meu rosto pra ver se eu conseguia fazer Pensante parar. Ô coisinha insuportável!
Me concentrei no médico.
----Veraneio? Seu nome é Veraneio?
----Não, Veraneio é meu sobrenome. Meu é Zenálho Veraneio.
Pensante:----Zenálho, Zenacebola, Zenapimenta...e assim vai...pronto já sei o nome dos seus irmãos, tio.
----Nome diferente.
Pensante:----Diferente não, fia...é feio mesmo.
----Bom, posso ir embora? --perguntei.
----Não. Você fraturou a perna, quatro costelas, o ombro, bateu com a cabeça e deslocou o punho. Então, você vai esperar mais tempo.
Pensante:----E não morreu?
----Como conseguiram reconstruir o meu corpo?
Pensante:----Fotografia e cola universal, fia.
----Bom, Pietra, vai ter alta daqui a 4 semanas. Sua mãe já foi chamada. E...bem...enquanto fazíamos a cirurgia na sua perna, você teve um ataque de risos.
Hã?
******Flashback of******
Acho que nunca mais vou a um Asilo.E pretendo fugir quando encontrar um Aaronildo e uma Landessa. E velhinhos jogando futebol. E velhinhas fazendo ginástica.
E temperos.
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Ordens Macabras do Meu Subconsciente
Teen FictionAcho que essa sinopse deveria começar de outro jeito, mas o problema é que quando se trata da minha vida, nada é normal. Cuidado, esse livro contém alto teor de tosquice e humor de baixa qualidade. Bem baixa. Tipo, bem baixa mesmo. Tudo culpa dele...
