O Crush ---parte 1

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Esse nem sei como começar...

Bom, foi o seguinte, os loucos dos meus amigos inventaram que eu tinha que começar a namorar de qualquer jeito.

Pensante:----Bobagem deles, Chuchu.

Mas...bem...foi bizarro. Eles fizeram coisas bizarras. Conseguiram esconder o cara... E que cara...

Pensante:----Para! Já disse que não gosto que você fale assim de qualquer cara!

----Pena que ninguém te perguntou.

Pensante:----Estou triste...mas mesmo assim vou dar minha risada macabra...Hihihihihehehehehehahahahaha!!!

****Flashback on

----Bel, eu já disse que não preciso de nenhum namorado! --eu disse.

----Eu não disse namorado eu disse crush. --Bel retrucou.

----Grande diferença. Eu só não quero. --devolvi.

Pensante:----Claro que você não quer! Você tem a mim, que sou bem melhor!

Girei os olhos pro Pensante e pra Bel também.

----Mas você tem quase 18 anos e ainda está solteira! --ela insistiu.

----É sério, estou bem sem. --falei.

----Com certeza está bem, bem mal. --Bel continuou-- Fala sério! Você tá parecendo lombriga solitária!

Pensante:----Solitário é seu nariz.

----Pelo amor de Deus! Parem vocês dois!

----O Pensante concorda comigo, não é?

----Não.

Pensante:----Não mesmo.

----Ah. Qual é Pietra? --ela tentou de novo.

----Já chega! --peguei minha bolsa da carteira e me despedi mentalmente da escola.

Pensante:----Não é normal você conversar comigo, mas com a escola pode, né?

----Já estou cheia de vocês dois...fui! --saí.

Me dirigi à biblioteca da cidade. Não tem lugar melhor para "me perder".

Pensante:----Tem sim. A Amazônia tá aí pra não me deixar mentir.

----Calado, Pensante! --sussurrei.

Não tem jeito. Toda vez que vejo tantos livros me lembro do Oliver. Sinto saudades dele, de verdade. Depois que conversamos pelo chat do LALL, perdi o contato com ele. Ele me faz falta, foi o único garoto de quem gostei de verdade...

Pensante:----Oh nossa. Que coisa mar linda... Para, mano! Já tá escorrendo açúcar pelo seu nariz! Para de ser melosa!

----Não me enche. Além do mais, não estou pedindo pra você ler meus pensamentos.

Pensante:----Fia, eu não li, eu vi e escutei. Seus pensamentos não tem legenda. Tu é pobre.

----Vai cassar o que fazer e me deixa em paz!

Droga. Falei mais alto do que podia. Dona Claustrovirgínia, a bibliotecária, me olhou por cima do seu óculos de grau 123 e perguntou com aquela voz arrastada, afônica, quase conversando pelo nariz.

----Tudo bem Prieta?

Pensante:----Prieta...hihihi

----É Pietra, Dona Claustrovirgínia. E está tudo bem sim.

----Ok. --ela disse com voz doce e de repente me lançou um olhar raivoso-- Então cala essa sua boca. Isso aqui é uma biblioteca e não um manicômio.

Pensante:----Ui. Tem certeza que não é um manicômio?

----Tá bom. Desculpa.

----Já disse pra calar a boca, Prieta!

Pensante:----Pietra, corre!

Não corri, claro. Andei rápido até a vigésima prateleira de livros.

Pensante:----Naaaaão, de tijolos.

Suspirei pra ver se o Pensante cala a boca. Andei vagarosamente em busca de um livro que chamasse minha atenção. Vi um de capa vinho e resolvi pegá-lo. E então ouvi sussurros do outro lado da prateleira.

Pensante:----Nem um pouco clichê.

Logo reconheci a voz: Bel, e pelo modo como conversava, estava falando ao telefone. Com sabe lá quem. Ela dizia:

----Sim, tenho certeza. ...... Ahã. ...... Ahã. ...... Para de neura! Vai dar certo sim, você tem que surpreender a Pietra! ...... Não, a Pietra não.

O quê que tem eu?

Pensante:----Estão planejando sua morte.

Ela continuou:

----...... Você sabe que sim, seu besta! ...... Se você fizer qualquer coisa errada, eu faço você ser arrepender de saber respirar, ouviu? ...... Que bom que ouviu e entendeu. ...... Deixa de ser medroso! Tchau!

*********continua...

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Ordens Macabras do Meu SubconscienteOnde histórias criam vida. Descubra agora