----Você realmente precisa de ajuda. --o Dr. disse.
Pensante:----Também acho...Ah, não, pera. Me distraí com a novela. Sobre o que falavam?
----Não preciso de ajuda nenhuma. Eu não pedi pra ser ajudada.
Pensante:----O quê? Me diz!
----O seu caso é diferente! Você não é insana, mesmo conversando com alguém inexistente! --o médico retrucou.
Pensante:----O quê que tá acontecendo, mano???
----Nada, Pensante. É só que enquanto meu subconsciente está assistindo novela, tem um médico que saiu do buraco da fechadura falando que eu sou não sou louca mesmo sendo.
----Se acalma! --o Dr. gritou-- Então você conversa com seu subconsciente?
----Não! Eu converso com a boca! B. O. C. A!!! Será que não é óbvio???
----Desculpa. Se acalma.
Pensante:----Tudo isso por minha culpa? A D O R E I !!! Tô me sentindo importante. Uiui!
----Aaaaaaaaaaaaaaah!!!!!
----Ei vocês, enfermeiras, tragam a camisa de força. Ela está tendo um ataque! --o Dr. gritou.
Me calei. Voltando a mim, perguntei:
----Eu o quê?
Pensante:----O quê??? Corre Pietra!!!
Eu corri. Quando o Dr. viu, tentou me segurar, mas dei um soco no nariz dele e continuei a correr. Cheguei na escada, vinha um tio de macacão com estampa de onça tentando me pegar. Subi a escada o mais rápido que pude. Quando olhei pra trás, o tio com o macacão de onça tinha tropeçado e caído. Eu continuei minha fuga até dois andares acima. Vi então o quartinho de limpeza.
Pensante:----Típico de filme. Sério que você vai entrar aí? Sou claustrofóbico.
----Se você é claustrofóbico, então como você vive dentro da minha cabeça?
Pensante:----Você tem uma mente aberta.
----Ah tá.
Entrei. O lugar fede a cloro e naftalina.
Pensante:----Atchim!
----Deixa de bobagem, Pensante!
Pensante:----Proto itupiu beu dariz.
----Oi??
Pensante:----Entupiu meu nariz.
Escutei vozes. E agora? Olhei pra trás e vi uma janela.
Pensante:----Oh! Nossa! Uma janela.
----Naaaão. Uma nave espacial.
Pensante:----Epa! Essa mania é minha!
----Pena que ninguém te perguntou.
Pensante:----Larva!
----Parasita suicida!
Passei pela janela e me deparei com um vão que dava diretamente pro...
Pensante:----Nada.
----É! Que tipo de idiota faria um nada que leva direto ao nada?
Pensante:----O mesmo idiota inteligente que colocou essa escada que tá quase te mordendo mas você não viu.
Realmente tem uma escada. Subi e saí no teto. O prédio tem cinco andares...como eu vou descer?
Pensante:----Pula.
----O que?!
Olhei ao redor e fui até a margem do prédio. Uma lixeira! Tem uma lixeira! Sem pensar duas vezes pulei. Como o esperado, a lixeira era grande e cheia de sacos de lixo, amorteceu minha queda. Com o impacto da queda, a tampa da lixeira se fechou.
Pensante:----A queda foi um sucesso...mas a tampa tirou todo o charme da sua fuga.
----Não enche, Pensante!
Eu forcei a tampa. Não quis abrir. Com certeza lixeiras desse porte tem travas! Me ferrei! Então escutei "pi, pi, pi, pi"...Que droga! Eu comecei a rezar. Quando eu pensei que ia pendurar o all star. Abriram a lixeira.
Pensante:----All star? Não era chuteiras?
-----Eu não uso chuteiras.
O tio me olhou e gritou:
----Sai daí estrume!
********Flashback off ****
Saí dali correndo. Fiquei três dias indo de amigo a amigo. Passei na casa da Bel, da Maria, da Jheninha, da Ana, da Tá, do Lucas, do Pedro e da Julia. Foi uma temporada bem louca. Até que minha mãe me achou. Pensei que ela ia me mandar pra Marte. Mas não. Segundo ela, o Pensante está me dando juízo.
Pensante:----Olha a moral que eu tenho com dona Claudineide! Vou te pedir em casamento, Pietra!
----Vai tentar lamber o cotovelo, Pensante, e me deixa em paz!
Pensante:----I love you, baby!
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Ordens Macabras do Meu Subconsciente
Teen FictionAcho que essa sinopse deveria começar de outro jeito, mas o problema é que quando se trata da minha vida, nada é normal. Cuidado, esse livro contém alto teor de tosquice e humor de baixa qualidade. Bem baixa. Tipo, bem baixa mesmo. Tudo culpa dele...