Final

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----Ea esda atoando! Ea esda atoando!

Droga! Isso lá é jeito de acordar alguém?

----Amem o lotô! Amem o édio!

An? Que? Será que são aliens? Ferrou!

----O lotô egô!

Não, acho que é o Pensante fazendo hora com a minha cara, mesmo.

----Ea esda atoando! Eu copo esda omeando a regir!

O que? É, são aliens. Só aliens. Espera. Que? Socorro!!!

----Ieta? Esda oindo?

Pelo amor de Deus, Seu Alien, na Terra tem gente mais evoluída do que eu, vai por mim, sou a parte rejeitada do meu povo.

----Oi?

Oi, tudo certo? Pera, que?

----Pieta?

Mais um pouquinho e você acerta. Vai, repita comigo: Pi- e- tra.

----Ea esda ecobando a coniêcia.

Eu não conheço nenhuma Coniêcia! Vai lá e busca ela. Eu não quero ir com vocês. Pensanteeee!!! Socorrooo!!!

----Alma, alma.

Não! Por favor! Se me matarem pra pegar minha alma, ela vai sair voando, e aí, eu viro um monte de carne sem vida e vocês ficam sem cobaia.

----Aba os onios!

Caramba, soou como ordem, mas não entendi bolhufas. Repete, por favor?

----Aba os onios, Pieta!

É Pietra, lezado! E não entendi o resto. Quer saber? Aprende a minha língua e depois a gente conversa.

----Ou entar abi os onios dela.

Droga! Para! Tira as mãos dos meus olhos! Vai estragar eles!

----Aba. Os. Onios.

Ah, tá, legal. Você quer dizer "Abra os olhos". Ah, tá. Entendi. Vou tentar, espera. Abre olhinho, abre olhinho, abre olhinho. Não quer abrir. Viu, lezado, estragou meus olhos!

----Esse remédio faz ter alucinações? Ela não está dizendo nada com nada. ---espera, essa voz é de outro alien.

Legal, já aprendeu a minha língua? É, vocês são espertos. Me ensina como faz?

----Pietra, agora preste atenção.

Fala, Seu Alien.

----Abra os olhos.

Não, valeu.

----Abre logo!

Não, eu não...

----Uuh, que pulseira legal. ---o outro alien disse.

----Tira a mão, é minha! ---gritei ---Ai, apaga a luz! ---Que incômodo terrível! Aos poucos fui recuperando a visão, e então, vi dois caras me olhando como se eu fosse uma tartaruga que acabou de sair do ovo.

----Como se sente? ---perguntou o mais velho, que pela voz, era o Seu Alien.

----Bem, eu acho.

----Acha? ---espera, essa é a voz do alien que queria a minha pulseira.

----Tira o olho da minha pulseira!

Ele soltou uma risada nasal.

----Foi mal, é uma pulseira bem legal.

Eu ia protestar. Mas me dei conta de uma coisinha. Eu estou em um hospital?!

----Filha? Filha! ---Dona Claudineide entrou no quarto com Seu Judítio fazendo o maior escândalo e me abraçou, quase me matando sufocada.

----Mãe, por que eu estou aqui? E o Dayan?

----Quem? ---meu pai perguntou.

----Dayan, pai. Ou Pensante, se quiser chamar assim.

Meus pais e os aliens se entre olharam.

----Estranho, já era para ter passado o efeito do remédio.

----Filha, não sabemos do que você está falando. ---minha mãe que disse dessa vez.

----Como assim? Eu não entendo! Mãe! Já tem um tempo que começamos a namorar.

----Não, Pietra. Isso é impossível. ---meu pai devolveu.

----Não, não é. ---rebati.

Minha mãe se sentou ao meu lado na cama, segurou minhas mãos e então disse:

----Filha, isso é impossível. Sabe por que? Você ficou em coma durante os últimos sete anos. Esse namoro é fruto da sua imaginação.

Engoli em seco e aquelas palavras ecoaram de forma agressiva na minha mente.

----Que? Quantos anos eu tenho?

----Dezessete.

Foi tudo um sonho? Olhei para a porta, podia jurar ter visto passar por ela uma figura toda de preto, com belos cabelos azul escuro.

"Finge que isso não aconteceu."

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Ordens Macabras do Meu SubconscienteOnde histórias criam vida. Descubra agora