10 | plan

1.6K 277 75
                                    



Não ficamos muito tempo na cozinha, qualquer um de seus funcionários, como a Rosa, poderiam entrar e ver aquela cena, então Zach parou certa hora e me levou até o meu quarto pra terminarmos o que começamos lá.

Dessa vez ele estava indo mais devagar e seus gemidos eram cada vez mais altos, ele estava mais solto, assim como eu. Não conseguiria negar que estava mais suportável e muito diferente da primeira vez, apesar de ainda sentir aquela pequena ardência com ele dentro de mim.

O desconforto ainda estava lá, mas era quase não notável, não como antes. Ele puxava meu cabelo e apertava minha bunda e por mais que isso fosse estranho e obsceno, totalmente diferente do que a antiga Andy faria, a sensação era diferente. Muito diferente dessa vez.

— Gostosa. — Ele cochichou, segurou em minha cintura e aumentou a velocidade me fazendo grunhir mais alto, por mais que eu tentasse segurar. — Vou fazer você gozar pra mim.

Ele estava em cima de mim, então foi mais gentil, mas mais intenso, não consigo explicar, mas senti alguma coisa mudar, mesmo que sua força estivesse menor, menos agressivo, senti muito mais.

Não demorou muito para a estranha chegar, meu coração acelerou e fiquei suada enquanto minha intimidade mudava, nem se quer sentia a pequena dor no meu pé que fora machucado por esse homem, era como não estivesse ali de verdade. Ele entrava e saia enquanto chupava meu pescoço e arfava no meu ouvido. Minhas mãos ficaram soltas, mas não conseguia toca-lo. Então, meu corpo tremeu, ele me fez chegar ao meu ápice e o arrepio me cobriu por inteira. Alguns segundos depois ele também tremeu chegando lá, fora de mim. Ele caiu na cama do meu lado, ambos com a respiração rápida. Depois de um tempo encarando o teto ele se levantou e pegou algo dentro da escrivaninha. Vi que era uma cartela de remédio.

— Para que isso?— Perguntei me sentando na cama com cuidado, mas desconfiando.

— Por mais que não esteja gozando dentro de você, não posso arriscar. Vai tomar isso toda noite, na mesma hora de sempre. — Ele disse e eu concordei, tomando um dos comprimidos anticoncepcionais na mesma hora.

Um filho com ele é a última coisa que eu quero.

Depois disso ele vestiu sua cueca, buscou uma toalha no banheiro e começou a limpar minha barriga.

— Sentiu? — Ele perguntou se sentando na cama como se quisesse bater um papo.

Ele já teve o que queria, pode ir embora agora, mas quer me ouvir falar.

— O que? — Finjo não entender.

— Escuta, sei que é mais ingênua do que a maioria das garotas, mas eu não burro, então não faça isso. — Engulo seco. — Você sentiu?

Penso algumas vezes, mas então falo a verdade.

— Senti. — Me sinto suja em confessar, mas o que mais poderia fazer?

Ele molha o lábio inferior com a língua e assente.

— É mais fácil se não resistir as sensações, vai ficar cada vez mais fácil, cada vez melhor. — Ele ia se levantar, mas o interrompi.

— Porque eu? — Pergunto, ele pensa olhando pra baixo e depois me olha.

— De novo isso?

— Há tantas outras, eu não sei nada, não tem como eu ser perfeita pra você.

— Não se engane, Angel. — Ele nega sorrindo de forma maléfica, como um vilão.

— As outras são mais experientes. — Estou num monólogo, mesmo falando com ele. — Elas podem te dar o que quiser, comigo... — Penso nas palavras e falo com calma. — ... terá de ter paciência e posso fazer tudo errado, vou fazer tudo errado, seu sei.

Sweet SyndromeOnde histórias criam vida. Descubra agora