23 | temptation

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Recebemos mensagem de White avisando que ficaria fora da cidade por três dias. Jeff o acionou para uma missão fora da cidade. Ele sempre foi seu preferido, sempre o selecionou para missões particulares, e dessa vez não foi diferente. O que quer dizer também, que nós quatro temos a missão de proteger a casa por mais tempo, o que inclui tudo nela, o que inclui, sua garota.

Chamei LH para buscar algumas coisas nossas, enquanto os outros ficaram no comando. Quando voltamos ficamos os dois na porta, era a vez de Evans e O'connor irem buscar seus pertences. O dia já tinha virado, em meus turnos vi Steph entrar algumas vezes com uma bandeja cheia de comida, mas quando saia do quarto, ela continuava do mesmo jeito. Era óbvio que a loira estava tentando alimentar a garota, mas sem sucesso. Pela manhã, ela tentou mais uma vez, mas dessa vez, saiu bufando batendo a porta do quarto fechando os olhos sem paciência.

— Nada ainda? — Pergunto e ela me olha sem entender. Encaro a bandeja, então ela rola os olhos.

— Ela não faz nada, não se levanta, não fala, nem se quer tomou outro banho e eu preciso limpar aqueles machucados.

Ela deve está fraca demais.

— Me deixa tentar. — Peço e ela nega em silêncio. — Você não tem a menor paciência com a garota, anda, me de a bandeja. — Ela rola os olhos e estende os braços oferecendo a prata em sua mãos.

— Tente e consiga, porque eu não aguento mais. — É grossa quando se esquiva da porta me dando caminho livre.

Quando entro vejo ela deitada na cama. Seu rosto está menos inchado e vermelho, mas também pude notar sua cor diferente, dessa vez mais pálida, junto se seus lábios, quase totalmente brancos.

— Bom dia. — Ando até a cama devagar, ela não responde. — Trouxe café da manhã. — Fico parado a observando, estava de olhos fechados, mas abriu devagar, encarou a bandeja, nem mesmo me olhou nos olhos e então fechou de novo.

Garota difícil.

— Entendo que não queira comer.

— Entende. — Ela sussurra debochada, o que me incomoda, claro, deve incomodar White muito mais. Mas, puxo ar e a analiso.

— Sei que não quer comer. — Me corrijo. — Mas, precisa. — Ela concorda com a cabeça lentamente. Não diz nada, resiste a o que digo, ficamos numa briga silenciosa para ver quem desiste primeiro, mas ela não se rende, é teimosa, assim como o seu dono. Então, tento algo diferente.

— Qual é o seu nome mesmo? — Ela abre os olhos, parece um pouco irritada.

— Eu não vou comer. — Ríspida, vira o rosto para o lado e finge querer dormir.

— Quero saber mais de você. — Ela abre os olhos e me acompanha com o olhar quando deixo a bandeja de canto, mais perto de mim do que dela. Então, me sento na ponta da cama.

— Andy. — Ela responde.

— Andy... — Repito. — Eu sou o Adam, Adam Jones, mas não conte a ninguém que sabe meu nome. — Sorrio de lado e ela pisca algumas vezes.

— Z não me contou o nome dele, eu descobri e...

— E?

— Foi na noite do iate, quando ele me bateu no rosto. — Ela olha para baixo envergonhada.

—Ele é... complicado. — Suspiro. — É de se esperar uma garota fugir dele. A propósito, você foi a primeira a conseguir. — Ela sorri e me encara ficando séria de repente.

— É de se orgulhar?

— Não, não foi o que eu quis dizer... — Coço a garganta. — Desculpe.

Sweet SyndromeOnde histórias criam vida. Descubra agora