5 | virginity

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ANDY

No dia seguinte acordo com frio, tremendo mesmo estando embaixo do edredom grosso e me tremo mais quando vejo uma sombra na ponta da cama. Zach está em pé com as mãos nos bolsos me observando. Me levanto ficando sentada o encarando espantada.

— Você é linda dormindo, Angel. — Ele fala.

É completamente louco. Um assassino, um sádico e um stalker. O que fiz pra merecer isso?

— Ah, obrigada, eu acho. — Fico sem jeito, meu coração começa a se acalmar do susto.

— Trouxe seu café da manhã. — Dá as costas e pega uma bandeja na escrivaninha. — E espero que coma tudo. Ficou dois dias sem comer, tenho que te recompensar. — Se vira e eu encaro.

Ele veste uma calça moletom preta e blusa branca, seu cabelo está molhado e um pouco bagunçado, totalmente diferente de ontem, quando vestia roupa social. Debaixo de seus olhos negros vi olheiras, parece não ter dormido essa noite, sua aparência esta cansada. Um pensamento surgiu na minha cabeça, mas logo o mando embora. Era horrível pensar nele desse jeito, mas mesmo cansado, ele era um homem incrivelmente bonito, era impossível não notar.

— Vou comer, Z. — Eu odeio isso, odeio falar assim, mas falo.

Anda até mim com a bandeja, a pego e deixo em cima da cama. Zach se senta na ponta ficando de lado pra mim, mas me olha. Sei que não sou bonita quando acordo, devo estar com o cabelo embaraçado, olhos inchados de choro e boca pálida e áspera pelo frio.

Será que assim ele desiste de me prender e me devolve?

— Vai me assistir comendo? — Zach não se mexe, fica ali parado me analisando, nem me responde.

Porque raios ele quer ficar aqui perto de mim, não tem coisas pra roubar? alvos pra matar?

Encaro o tanto de comida na minha frente e um cheiro muito bom de café me prende, ele é do tipo que gosta mesmo de esbanjar, consigo ver isso pela quantidade de alimento que me dá e pelo design desta mansão a fora desse quarto, cada móvel com certeza é caríssimo. Ele tem tudo de melhor, sabe lá o quanto rouba para ter tudo isso.

Vejo biscoitos caseiros de chocolate, de baunilha, um pedaço de bolo de laranja talvez, panquecas com calda, um pote com frutas: morangos, bananas e framboesas e uma xícara de café tão quente que vejo fumaça subir e uma pequena jarra de suco.

Quando estou prestes a desistir de sua resposta indo de encontro com a xícara de café, do nada ele da um tapa forte na bandeja a fazendo ir de encontro com o chão. Tomo um susto com o barulho dos pratos e xícaras quebrando e o olho perplexa.

O que fiz agora?

Zach não grita, não me bate, apena vem pra cima de mim me deitando na cama. Sua boca corre pelo meu pescoço, devagar com beijos e mordidas, não me movi um centímetro, estou em choque e nem sei como reagir, pode estar fazendo tudo bem lentamente, mas ainda assim parece um animal morrendo de fome, apenas o deixo fazer aquilo. Suas mãos passeiam pelas minhas pernas debaixo do edredom e sobem cada vez mais. Meu coração esta acelerado e meu corpo treme.

— Se acalme. — Ele diz no meu ouvido com sua voz rouca, como está colado em mim provavelmente sentiu meu coração batendo rapidamente. Logo depois sobe suas mãos e aperta minha cintura, solto um grunhido com sua força e ele para.  — Não quero machuca-la. — Seu tom é diferente dessa vez, é a primeira vez que o vejo falando assim, parece até mesmo um homem gentil.

Sweet SyndromeOnde histórias criam vida. Descubra agora