28 | good girl

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Suas mãos foram parar embaixo das minhas coxas, em segundos chegamos ao meu quarto. Minha mão em volta de seu pescoço enquanto as suas esquentam meus glúteos. Ele me beijou de forma mais agressiva, deixando claro o que queria, o que iríamos fazer aqui. Minha mão o puxava para mais perto, colando nossos narizes, esfregando nossos rostos, sentindo sua barba rala arranhar minha pele branca, talvez ficariam marcas mais tarde.
Não podia acreditar. Ignoro minha mente, meu corpo está tomando conta agora, pegando fogo, em êxtase, voando entre nuvens e ao mesmo tempo caindo além do chão.
Queremos o que queremos.

Para minha surpresa, ele não teve pressa em me levar para cama. Me grudou na parede batendo minhas costas nela, não liguei para dor, mal a senti, sua língua rodeando meu pescoço me tiram a atenção de qualquer outra coisa.

— Você me deixa louco. — Sussurrou em meios os chupões e lambidas. 
Com minhas pernas cruzadas em sua cintura, ele pressiona seu peso contra mim, deixando meu corpo firme e grudado a parede, assim, começa a tirar minha blusa e quando ela passa pela minha cabeça, deixando meus cabelos bagunçados, Zach não faz nada, apenas a joga no chão e encara meu rosto através dos fios.

Estou com um sutiã fino de renda, é possível ver nitidamente meus seios, mas não é para eles que ele olha.

— Meu deus. — Um pensamento atravessa os limites, sua boca abre e sua voz sai. Ele se surpreende em ter dito, engole seco quando percebe que notei.

— O quê? — Pergunto m com minhas mãos apoiadas em seus ombros, me segurando. Ele da um sorriso de lado, tentando disfarçar, abaixa o olhar encarando meu corpo, vidrado.

— Nada. — Tira meu cabelo do rosto e me puxa para outro beijo. Dessa vez, com as mãos pega minha cintura e me leva para o outro lado da quarto em desespero, esbarrando na estante, derrubando alguns livros. Pela primeira vez, não ligo para nenhum deles.

Estamos em frente a cama quando o beijo para. Nos encaramos por alguns segundos antes de ele me jogar nela. Meus cabelo balança, meus seios também, o impacto foi grande para a cana balançar, mas o colchão é caro demais para me fazer sentir qualquer dor.

Zach fica parado, me encarando, chego a ficar incomodada pelo tempo que não se move. Sua boca está entre aberta, respira por ela. Seus olhos vão da minha canela até o topo da minha cabeça. Algo perturba sua mente enquanto percorre cada centímetro de mim.

Certos momentos gostaria muito de saber o que se passa em sua mente.

Me apoio em meus cotovelos na cama, ficando mais atenta a ele.

— Tudo bem? — Ele sai do transe e olha em meus olhos.

— Você... deitada assim.

— Não é o que quer? — Engulo seco. Se não for, ele é mais maluco do que pensei que era.

— Não consigo parar de vê-lo em cima de você. — Meu coração acelera. Só assim me dou conta de que por um momento tinha esquecido de tudo o que aconteceu nesta cama, deitada, assim como estou agora. A dor volta, o medo também, mas se que ele se foi. Fecho os olhos, respiro fundo, volto a encara-lo.

— Ele está morto. Você o matou. — Me sento, agora tenho que olhar para cima para que nossos olhos se encontrem.

— Por ter tocado em você... não parece ter sido suficiente. — Sua voz engrossa, me arrepio, está ficando nervoso só de lembrar, seus punhos estão cerrando. Seus olhos me ignoram.

— Mas, já acabou. Ele teve o que mereceu, não vai acontecer de novo, não é? — Quero conforta-lo, como se tivesse algum poder para isso, como se eu não precisasse também de sua confirmação e tranquilidade. Pego em seu pulso num ato rápido, ele volta a me olhar, confuso.

Sweet SyndromeOnde histórias criam vida. Descubra agora