Capítulo 3

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Tom saía de seu quarto para ir comprar o material no Beco Diagonal sem saber que teria uma surpresa daquela vez. Pollyanna no outro corredor também saía para procurar pelo garoto e correu em sua direção ao vê-lo.

- Oh Tom! Que bom que o encontrei, estava mesmo te procurando. Eu estou pronta. – disse empolgada.

- E está pronta pra que? – O garoto deu de ombros passando por ela.

- Para ir comprar nossos materiais da escola, claro! Estou com tudo aqui, a carta e a bolsinha, não é muita coisa, mas é o necessário. Eu disse ao professor Dumbledore que ele não precisaria me acompanhar, pois eu poderia ir com você. Ah! Isso me lembra de uma coisa, fui uma boba de não ter acreditado em você, é que eu estava assustada, mas agora estou contente de te ter encontrado, você é como eu e nós somos...

- Pollyanna! – Tom a interrompeu antes que ela dissesse a palavra 'bruxos', ainda não tinham saído do orfanato e poderiam ouvi-los. A garota não deu a Tom chance de dizer que não queria sua companhia, na verdade não deu chance a Tom de dizer muita coisa.

Quando já estavam caminhando pelas ruas de Londres, finalmente Pollyanna precisou recuperar um pouco o fôlego e parou de falar o quanto estava desacostumada com aquela coisa de bruxos.

- Devia ter pedido ao professor Dumbledore que a acompanhasse, ele tem mais experiência do que eu e saberia te explicar muito mais coisas. – disse Tom emburrado enquanto andavam pelas ruas de Londres.

- Não faz mal, o que puder falar sobre a escola já vai ser ótimo e é bom que terei alguém que conheço e não vou me sentir tão deslocada, como quando cheguei no orfanato e as damas da sociedade beneficente me trouxe...

Entraram n'O Caldeirão Furado, Tom bateu nas pedras que levava ao Beco Diagonal e quando o arco se abriu a voz de Pollyanna se perdeu e seu queixo tombou enquanto seus olhos tentavam capturar todas as coisas novas nas vitrines das lojas. A todo o momento, Polly segurava no braço de Tom, apontava para algo novo e maravilhada fazia algum comentário. Tom sorriu por ver refletido nos olhos da garota o mesmo encanto que ele havia sentido na primeira vez que colocara os pés ali.

Tom e Pollyanna compraram seus materiais juntos enquanto o garoto lhe contava mil maravilhas de Hogwarts deixando-a ainda mais animada. Ela comprou a varinha: mogno, núcleo de fibra de coração de dragão, 24 cm, compraram os livros e até dois sorvetes. Mesmo que não confessasse a si mesmo, Tom gostou da companhia da garota.

Quando finalmente chegou o dia 1 de setembro, Tom riu-se da cara assustada da garota quando disse que ela precisaria passar entre as plataformas nove e dez.

- Estamos atrasados. - reclamou Tom, mas a garota estava maravilhada demais com a majestosa maria-fumaça no Expresso Hogwarts. - Vamos Pollyanna.

- É tudo tão lindo, Tom.

- Espere para ver o castelo. - disse o garoto quando entraram no trem. Eles seguiram a procura de um compartimento quando Tom encontrou seus amigos, eles estranharam, afinal Tom estava sempre adiantado e o trem logo partiria.

- Quanto tempo, Tom! - exclamou sua amiga Druella Rosier, os cabelos aloirados, um sorriso maldoso sempre estampado no rosto, essa era Druella, era legal, mas podia ser muito grosseira também. - Quem é esta?

Pollyanna aproximou-se timidamente enquanto Tom sentava-se com seus amigos.

- Abraxas Malfoy, Avery, Lestrange, Mulciber, Cygnus Black e Druella Rosier, ela é... Uma colega, Pollyanna Whittier. – apresentou-a Riddle.

- Pode entrar Miss Pollyanna. - disse Avery amavelmente, a garota sorriu ainda tímida entrando no compartimento.

- Onde vocês se conheceram? - perguntou Abraxas quando o trem começou a andar.

PollyannaOnde histórias criam vida. Descubra agora