Capítulo 23

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Acordei, mas não abri os olhos, eu podia sentir seu cheiro me entorpecendo e queria que aquele momento durasse para sempre.

— Tom já está acordado? — sussurrei, mas não obtive resposta. Apalpei a cama e não o encontrei, então abri os olhos assustada olhando para os lados, preocupada. E se ele já tivesse ido embora? Eu me sentei e passei a mão pelos cabelos resmungando, mas ouvi aquela risada baixa e linda, vindo da porta.

— Procurando alguém miss? — ele perguntou encostado a porta com os braços cruzados, tão lindo. Ele usava apenas uma calça preta, uma camisa branca aberta e os cabelos estavam bagunçados do jeito que eu gosto. Ele se aproximou se sentando na cama e me beijando docemente. — Dormiu bem?

— Muito bem. — disse sorrindo radiante. Ele afagou meus cabelos louros que naquele momento deviam estar muito bagunçados. Eu usava apenas uma camiseta enorme que pertencia a Tom e minhas roupas intimas.

— Não se arrependeu? — ele perguntou acariciando meu rosto.

— Na verdade — eu disse beijando de leve seu pescoço. — Acho que devíamos fazer isto mais vezes.

Ele riu me deitando na cama e ficando por cima de mim. Mordeu o lábio me olhando dos pés a cabeça e eu senti minhas bochechas esquentarem, o ouvi rir mais uma vez, o que significava que ele tinha percebido minhas bochechas rubras.

— Quer dizer que a noite passada não foi o bastante para você, Miss Whittier? — ele disse sedutoramente perto de meu ouvido enquanto apertava minha coxa e subia a blusa começando com as carícias ousadas que me faziam derreter.

Eu já ia ceder às suas carícias quando ouvi batidas na porta e sentei-me na cama imediatamente levando as duas mãos a boca e olhando assustada para Tom que me fitava com um olhar divertido.

— Ai meu Merlin! E se tia Polly me ouviu ontem à noite? — perguntei de olhos arregalados enquanto Tom se segurava para não rir.

Soquei seu ombro antes de tentar arrumar o cabelo e ficar mais apresentável.

— Entre. — Nancy colocou a cabeça para dentro do quarto.

— Atrapalho?

— De maneira nenhuma Nancy — eu disse ainda um pouco corada.

— É que já passa das 8 horas, miss Pollyanna, vocês se atrasaram para o café da manhã. Sabe como sua tia detesta atrasos, então se quiser, eu posso trazer o seu café e o do Sr. Tom para cá.

— Seria muita gentileza sua Nancy.

— Trarei em um segundo minha anjinha — disse Nancy saindo e fechando a porta do quarto.

Nós tomamos café da manhã e quando Tom saiu para resolver suas coisas — aquelas das quais 'eu não deveria me intrometer' — eu fiquei com Nancy onde lhe confidenciei minha noite perfeita e ficamos conversando e rindo a manhã toda.

Tom partiu dois dias depois, ele não pegou suas malas e despediu-se de todos dizendo que nos escreveria, do jeito que tinha que ser. Não, este não é Tom Riddle, ele partiu sem avisar ninguém e deixando em Little Hangleton mais duas mortes trágicas, Cecília e Megan Kopelson. A partir de então, dediquei-me completamente em meu curso para ser uma curandeira e tentei esquecê-lo.

...

Era mais um dia comum quando aparatei de minha casa em Londres e apareci no St. Mungus onde eu fazia meu curso para me tornar curandeira. Eu era como uma interna, observava as curandeiras mais velhas e experientes, aprendia muito e ajudava com as coisas mais simples. Aquele dia, porém, as coisas pareciam um pouco turbulentas.

PollyannaOnde histórias criam vida. Descubra agora