Capítulo 7

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Eu esperei até que todas as garotas no dormitório estivessem dormindo, o que foi demorado, pois a garotinha do 1º Ano, Skeeter, ficou no nosso dormitório contando as fofocas de todo mundo da escola. O que é estranho, ela entrou esse ano em Hogwarts e já sabe de tudo, foi divertido. Quando todas pareceram estar sonolentas o bastante, eu peguei o diário de Tom e desci para a sala comunal, vestindo apenas minha camisola comprida e meias, sentei-me frente à lareira que crepitava fracamente me obrigando a pegar a varinha.

- Lumus. - murmurei abrindo o diário. Passei a varinha sobre as folhas rabiscadas, era a letra de Tom, porém um tanto garranchada, não caprichosa como de costume, era como se estivesse sido escrito às pressas. Não havia coisas como "querido diário", não, era mais como anotações, coisas importantes, feitiços poderosos, momentos especiais como quando descobriu que era bruxo e o seu primeiro dia no castelo. Folheei o caderno indo até uma parte mais recente.

Servolo Gaunt preso em azkaban por atacar trouxas, pai de Morfino e Mérope Gaunt, herdeiros de Slytherin, os últimos herdeiros conhecidos. Sem sinal do nome Tom Riddle, porém o encontrei em um livro sobre famílias ricas trouxas, os Riddle moravam em uma casa no topo da colina de um povoado trouxa chamado Little Hangleton, perto deles moravam os Gaunt, em uma casinha escondida e suja, descobri tudo isto por meio de livros, não sei se fico mais furioso por ele ser um trouxa ou por minha mãe ter se submetido a ter um filho com a escória e logo depois, então, sucumbir tão facilmente a morte, apenas não sei como isto aconteceu, porque ela se deixou morrer assim tão facilmente? O que houve com o trouxa? Por que minha mãe deu a luz em um orfanato me deixando naquele lugar horrível? Provavelmente foi culpa dele e ele vai pagar.

A última frase tinha sido escrito com força, como se ele estivesse realmente com raiva, senti pena de Tom e ainda mais de sua mãe, era uma história trágica, mas que podia acabar bem e eu podia ajudar. Olhei para as beiradas da página, curiosa, e encontrei algumas anotações.

Horcrux

Tom Marvolo Riddle - I Am Lord Voldemort

Franzi a testa e voltei algumas páginas parando no final do ano passado.

26 de junho de 1943

Hogwarts não vai mais fechar, eu fui obrigado a parar com os ataques dos nascidos trouxas ou teria que voltar para aquele orfanato e seria horrível, eu vou ter que deixar a tarefa de Salazar Slytherin para outro que a cumprirá com a ajuda desse diário. Eu também saí impune, culpei o idiota do meio gigante bobalhão Hagrid e todo mundo acreditou. O que me preocupa é ela, Pollyanna, se ela souber disso nunca me perdoará, mas eu não podia fazer nada, era minha única opção. Eu me assustei quando soube que ela fora atacada e se fosse ela a garota morta? Só o pensamento me aflige, eu nunca poderia machuca-la, nunca, e não sei por que ela causa esse sentimento em mim, eu sinto prazer em ver a dor nos outros, mas não nela, é frustrante que uma mera sangue ruim faça isso comigo. Aborreci-me com o basilisco, mas ele não teve culpa, minhas ordens foram claras, ataque os sangues ruins, não disse nenhuma exceção. Mas estou contente argh, maldita mania, pelo menos nada de mal lhe aconteceu.

Em algum momento durante a leitura eu prendi a respiração e lágrimas silenciosas começaram a descer pelo meu rosto, enxuguei-as rapidamente. A mistura de tristeza pela história de seus pais, aborrecimento pela forma que me chama em seu diário, choque por ele ter aberto a câmara secreta e pelo que fez com Hagrid, era imperdoável. Fechei o diário, eu não queria mais ler e descobrir coisas horríveis sobre Tom. Devolveria e conversaria com ele, afinal somos amigos, mesmo tendo feito algo tão alarmante, ele se importava comigo.

Na manhã seguinte eu me juntei a meus amigos na mesa da grifinória, lancei um olhar apreensivo à mesa da sonserina, Tom parecia raivoso, com certeza já se dera conta do diário apanhado e Abraxas ao seu lado parecia amedrontado. Nossos olhares se cruzaram, meu olhar era questionador, o seu, era impossível de se ler, ele se levantou indo para a saída do salão principal.

PollyannaOnde histórias criam vida. Descubra agora