Capítulo 26

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Pollyanna

As lágrimas deslizavam silenciosas pelo meu rosto enquanto eu lembrava o reencontro com meu maior inimigo e único amor da minha vida, eu enxuguei uma lágrima e ri de meu próprio pensamento, podia parecer meio clichê e trágico, mas era verdade, quando eu não tinha mais ninguém ele apareceu, eu não conseguia simplesmente esquecê-lo e me odiava por ainda amá-lo tanto.

Quando eu entrei em casa, desabei em lágrimas. Alastor estava na mansão e veio em minha direção, muito preocupado.

— Polly. — Ele me abraçou. — O que houve?

— E-eu f-fui conversar com D-Dumbledore...

— Para, para, não estou entendendo nada — ele disse um pouco rude, mas já estou acostumada, ele me deu uma poção calmante e nos sentamos no sofá da sala.

— Eu fui conversar com Dumbledore sobre o meu discurso no ministério, queria que ele me falasse o que achou e...

— Ele achou terrível e por isto está chorando que nem doida? — ele sugeriu rindo e eu o soquei.

— Não. — Acabei rindo também. — Ele disse que achou ótimo e então eu fui embora, fui para Hogsmeade e começou a chover muito forte e eu fui para o Cabeça de Javali e ele... Ele também foi pra lá Alastor.

Ele?

— Tom Riddle.

— Voldemort — disse Alastor furioso. — Ele a machucou, Polly?

— Não. Eu quase lhe contei que Prince é filho dele, ele acha que é seu.

— E o que te faz chorar Pollyanna? — perguntou Alastor mesmo que já soubesse da resposta.

Olhei receosa para Alastor, ele me abraçou.

— Você pode me falar, sabe que sempre estarei com você, somos amigos acima de tudo, não? — ele disse e acredite essas são as palavras mais delicadas que já o ouvi dizer, eu sorri e sussurrei um obrigada.

— Eu tenho medo do que ele pode fazer com você e com meu filho e meus amigos e... Choro por ainda sentir algo por ele, mesmo que ele seja tão perverso.

Por incrível que pareça Alastor me abraçou e eu correspondi seu abraço.

— Ele disse que vai atrás de você? — eu assenti. — Temos que proteger a casa com o feitiços e você não sai mais daqui desacompanhada.

— Hey, me desculpa tá? — eu disse acariciando seu rosto onde havia uma cicatriz recente.

— Não precisa se preocupar Polly.

— Mas eu acabei de dizer que ainda gosto do Tom, mesmo que eu esteja com você, sinto-me mal por isto.

— Não sinta, está tudo bem. Eu não vou deixar Voldemort te machucar.

— Ele não me machucaria.

— Ah é? — disse Alastor cético se levantando e eu fiz o mesmo já bem melhor do que estava antes e sorri radiante.

— Eu vou preparar uma deliciosa comida pra gente — eu disse manhosa.

— E eu vou encomendar uma pizza para o caso de você deixar algo queimar.

Eu olhei perplexa para Alastor, com as mãos na cintura, mas eu queria rir, acabamos rindo e foi uma noite divertida.

Alguns dias mais tarde, acordei bem cedo para ir ao hospital, eu tinha que ver alguns pacientes, dar alta a alguns, receitar cuidados a outros, até quase ser expulsa do trabalho pela minha superior madame Westmacott. Depois fui com Dorea fazer os últimos toques do vestido.

PollyannaOnde histórias criam vida. Descubra agora