Capítulo 13

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Pollyanna

Na manhã seguinte, Sr. Tom Riddle foi cuidar das papeladas do orfanato, Mary fazia os preparativos para a festa no dia 31 e eu ajudei Tom na decoração do seu quarto, sim Mary nos permitiu deixar o quarto como Tom queria e ficou muito bonito, eu cuidei da arrumação dos livros na escrivaninha enquanto Tom colocava as novas cortinas verdes.

— Seria tão mais fácil se eu pudesse usar magia — ele dizia pela milésima vez, seu cabelo não estavam milimetricamente arrumados e as mangas da camisa branca estavam puxadas para cima, ele ficava tão lindo daquele jeito, reprimi um sorrisinho.

— Você devia parar com toda essa dependência da magia — eu disse arrumando os livros.

— Terminei — ele disse cansado, mas sorrindo satisfeito com as novas cortinas, se jogou na cama e eu larguei os livros para ir até ele, jogando-me ao seu lado.

— Eu já disse o quanto você fica bonito assim? — eu disse sorrindo e acariciando seu cabelo, ele sorriu convencido, nos beijamos, mas foi rápido, pois alguém pigarreou.

— Com licença, pombinhos — disse Mary entrando com uma bandeja. — O quarto está ficando ótimo, não?

— Está sim, Mary — eu disse.

— Trouxa lanche para vocês.

— Obrigado, Mary.

— Ainda vou fazer você me chamar de avó garoto — ela disse batendo na cabeça dele com um jornal trouxa enrolado, nós três rimos.

— E quanto aos preparativos da festa Mary? — perguntei.

— Está tudo ficando ótimo, já confirmei o Buffet, esta tarde vocês dois vão a Londres, quero que escolham as melhores vestes para a festa.

— Já disse que não é necessário. - disse Tom.

— É mais do que necessário, quando terminarem aqui se aprontem para irem até Londres.

— Está bem, obrigada pelo lanche — eu disse atacando as panquecas recheadas e o suco de morango, o lanche estava uma delicia.

Em poucos minutos o quarto estava pronto, as cortinas verdes, os lençóis negros e verdes, os livros de magia, o malão embaixo da cama, as vestes no armário e tudo mais.

— Ficou ótimo — disse Tom quando terminamos.

— Perfeito.

Nós dois fomos a Londres, eu comprei um belo vestido para a festa e não deixei Tom ver, disse que seria surpresa e ele comprou vestes negras como sempre, mas muito belas.

Ao fim da tarde, nós dois avisamos ao Sr. Riddle e a Mary que íamos sair e fomos para a casa do avô de Tom por parte de mãe. O sol se punha e Tom ia à frente me guiando, a casa parecia que nunca chegava e eu já ia dizer para nós desistirmos quando encontramos uma casinha pequena e suja, escondida entre enormes árvores, já começara a escurecer o que fazia a casa parecer mais assustadora ainda, quase assombrada.

— Você fica aqui, eu vou entrar — ordenou Tom sombrio segurando uma lamparina antiquada, eu assenti me sentando no chão do lado de fora da casa e esperando.

Tom

A casa era tão suja por dentro quanto era por fora, era muito escura, mas pude ver a silhueta de um homem, este veio em minha direção segurando uma faca.

Pare — ordenei em língua de cobra, o homem parou e me olhou surpreso.

— Você fala?

PollyannaOnde histórias criam vida. Descubra agora