Pollyanna

Capítulo 36

Pollyanna

— Pollyanna! — exclamou tia Polly a me ver e correu para me abraçar. — Sabe o quanto nos preocupou? Quase dois anos desaparecida! Sem mandar nem uma noticia.

— Desculpe — digo encolhendo os ombros. — Estou tão contente de poder vê-los novamente.

Abraço tio Tom e Nancy. Olho ao redor observando a casa, era simples, em um vilarejo trouxa, onde Voldemort não podia encontrá-los.

— Aconchegante — digo olhando em volta.

— Ah minha menina, como é bom te ver — diz Nancy me abraçando e beijando meu rosto exageradamente. — Venha, preparei um bom chocolate quente para todos.

Passei a tarde conversando com tio Tom, tia Polly e Nancy. Mais tarde, Jimmy e eu fomos visitar Charlus, Dorea e o pequeno James e foi divertido, voltamos apenas de noite.

A casa era pequena, longe de todo o luxo da mansão Riddle, então eu dormiria no quarto de Jimmy e ele dormiria no sofá. Eu usava um pijama emprestado de tia Polly e me arrumava para dormir quando Jimmy apareceu no quarto.

— Oi — ele disse tímido e eu sorri abertamente.

— Ah Jimmy estou tão contente de estar de volta — eu disse me jogando na cama, Jimmy se deitou ao meu lado.

— Então você se casou com ele?

— O meu maior erro, ele tentou me matar.

— Eu não vou dizer aquelas três palavras, ou melhor, vou sim, eu te avisei — ele disse me fazendo rir.

— Chato — eu digo. Estamos tão próximos que eu sinto sua respiração, já que a cama é de solteiro e nos esprememos nela, seus olhos castanhos são gentis e ele acaricia meu rosto, nossos lábios estão a centímetros de distancia, ele segura meu queixo e roça seus lábios nos meus, porém eu prendo a respiração e me afasto.

— Só lhe digo um nome: Minerva — digo aborrecida e ele ri.

— Me trocou por um escocês ruivo, já faz algum tempo, desde que consegui fugir da cela na mansão Riddle.

— Ah! Eu não sabia.

— Posso continuar de onde eu estava agora? —  ele perguntou com um sorriso travesso e me beijou carinhosamente.

— Vai com calma — eu digo me separando dele quando ele fica por cima de mim e desliza sua mão até minha coxa.

— Desculpe — ele diz e eu o beijo na ponta do nariz.

— Eu vou dormir, estou cansada, dia difícil, você não precisa ficar no sofá, pode ficar aqui comigo?

— Já que você insiste — ele diz divertido encolhendo os ombros, ele se deita ao meu lado, me abraçando de um jeito protetor, eu apago a luz usando a varinha dele e adormeço rapidamente, exausta depois de um dia tão cheio.

...

Era como se eu estivesse fazendo a coisa certa agora. Membro da Ordem da Fênix, voltara a trabalhar no St. Mungus onde reencontrei minha chefe madame Westmacott e me desculpei pela ameaça de antes, também visitei Minerva e conheci Douglas McGregor, namorado escocês de Minerva.

Depois de muita insistência minha, o professor Dumbledore reuniu a Ordem da Fênix novamente depois de um mês da minha volta, na casa de Charlus e Dorea em Godric's Hollow. Todos estavam lá, até os que já tinham desistido como Aberforth Dumbledore.

— Ele não é bruxo — dizia uma empolgada Minerva Mcgonnagal ao meu lado. — É ele é trouxa e isto me deixa um pouco nervosa, meu pai também não era bruxo e encontrou muitos problemas no casamento com minha mãe.

— Que? Minnie do que está falando?

— Douglas é claro! Ah! Eu soube sobre você e o Jimmy, fico feliz por vocês, era para ser assim sabe, vocês dois juntos, mas... Não sei se vai dar certo entre eu e o Douglas.

— Qual é o problema de ele ser trouxa? Se você gosta dele — eu disse, estava feliz pela minha amiga.

— Eu já disse isso pra ela — disse Dorea.

— Eu não sei, ele virá hoje para a reunião, pode se assustar.

— Vai ficar tudo bem, Minnie — eu disse rindo, nunca tinha visto Minerva Mcgonnagal tão nervosa.

O escocês chegou e estávamos todos ali.

— Pensei que tivéssemos parado com isto, Você-sabe-quem tem o controle de tudo, para que continuar lutando? — perguntou um Weasley.

— Não vamos parar de lutar Bilius e a Srta. Pollyanna tem algumas coisas para nos falar - diz o professor Dumbledore.

Todos os olhares se voltaram para mim e eu sorri sem graça um pouco nervosa. Jimmy apertou minha mão e Dorea lançou-me um olhar encorajador.

— Ér... Oi, eu... Bem, como vocês sabem eu estive morando na sede dos comensais da morte no ultimo ano. Longa história. E mais do que nunca eu sei que é hora de agirmos, antes que seja tarde demais.

— E por onde sugere que comecemos? Ele tomou conta de tudo, com sua ajuda menina — acusou Aberforth Dumbledore.

— Ela já se arrependeu, não precisa jogar isto na cara dela. — Jimmy tentou me defender.

— Não, ele está certo Jimmy, por isto que estou aqui para desfazer essa bagunça. Ele tem atacado os membros da Ordem da Fênix um por um, os próximos, sem minha presença lá, será vocês Dórea  e Charlus. Eu sugiro uma emboscada...

— Polly tem certeza disto? — começou Minerva hesitante.

— Tenho, está na hora de começarmos a atacar. Quando eles vierem atacar os Potter, estaremos preparados e mais, neste dia, eu sei que ele virá em pessoa.

— Como sabe? — pergunta o Sr. Lupin. — Quando atacaram os Tonks ele não foi pessoalmente.

— Sei, porque ele vai deduzir que eu estarei na casa de Dorea e Charlus, já que eles são meus amigos mais próximos. Ele acha que eu sou uma traidora, vai me caçar e não vai descansar até conseguir o que quer.

— Então este é o plano, proteger os Potter, estaremos preparados para este ataque, mas e os próximos? — perguntou sabiamente Douglas Mcgregor, que apesar de ser trouxa, parecia estar bem por dentro do assunto.

— Uma coisa de cada vez, isto é tudo Pollyanna? — perguntou o professor Dumbledore me olhando por cima dos óculos de meia lua.

— Não, um grupo de pelo menos cinco de nós poderia invadir a sede deles em Little Hangleton durante o ataque na casa dos Potter.

Ouve uma ligeira agitação, mas eu continuei.

— Jimmy pode liderar um grupo de quatro pessoas já que ele conhece a casa, invadem a mansão, trazem Prince e pegam um objeto que está em uma das prateleiras na sala de treinamentos, um diadema, um tipo de uma tiara prateada com uma pedra azul, ela vai nos ajudar a pará-lo.

Mais uma grande agitação, até o professor Dumbledore se pronunciar sobre o assunto.

— Certamente podemos fazer isto, já é um começo. Pode descobrir que dia será o ataque Pollyanna? Ou teremos que ficar em alerta?

— Posso sim, senhor.

— Ótimo, o plano é arriscado, mas é o único que temos, quem não estiver disposto, não há problema algum. — Ninguém se manifestou, estavam todos de acordo.