Capítulo 16

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Pollyanna

Tomo café da manhã, mas meu olhar está preso na mesa da sonserina, Tom está lá, rodeado por seus amigos malignos, eles lhe lançam olhares admirados, há garotas também à sua volta, lindas bruxas de puro sangue e lembro-me do que Megan me disse: "ele precisa de alguém... como ele, se é que me entende" e penso: Entendo, só que esse alguém está longe de ser Megan ou de ser eu.

A minha volta, meus amigos conversavam animados sobre quadribol e a estréia de Minerva.

— Você vai, não vai Polly? — perguntou Charlus animado, eu balancei a cabeça positivamente.

— Ah claro.

Minerva, observadora, me olhou desconfiada.

— Problemas com o Riddle? — perguntou a Mcgonnagal num tom de voz gentil.

— Ele é um idiota, ele é um idiota... — Jimmy começou a cantarolar ao meu lado.

— Nada demais, Minnie — minto voltando a dar atenção às minhas torradas e batendo em Jimmy por ter roubado algumas do meu prato sem que eu percebesse.

— Miss Pollyanna. — Ouço a voz de Tom, ele está a minha frente, logo atrás de Minerva que revira os olhos sem que ele veja. — Eu posso falar com você?

— Ah lembrou que tem namorada — eu digo hostil, ele arqueia uma sobrancelha. Eu suspiro e me levanto.

— Polly. — Jimmy tenta me impedir e recebe um olhar frio de Tom, o que me faz revirar os olhos, odeio o jeito possessivo dele.

— Tudo bem, Jim.

Andamos em silêncio até sairmos do castelo, paramos apenas quando chegamos frente ao lado negro, debaixo de uma árvore. A manhã estava agradável, mas a maior parte dos alunos estava dentro do castelo tomando café da manhã.

— Enfim, temos um tempo juntos. — ele quebra o silêncio tentando me beijar, mas eu viro o rosto, emburrada, ele arqueia uma sobrancelha. — Qual é o problema? Malfoy disse que você estava me procurando.

— É, eu estava, eu queria lhe contar que estou trocando cartas com a minha tia Polly e isto é muito importante para mim apesar de você não dar a mínima e eu estou ansiosa para conhecê-la e preocupada por causa das N.O.M.s e no meio de tudo isto, ainda tenho que me preocupar com questões básicas sobre eu não ser boa o bastante para o brilhante aluno monitor e herdeiro de Slytherin, não sou tão bonita quanto a Megan e não sou de puro sangue, mas isto nem chega aos pés de eu saber que meu namorado está metido com magia negra, com horcr...

Eu simplesmente explodo e acabo de falar praticamente gritando. Tom tapa minha boca com sua mão e minhas costas batem com força no tronco da árvore, olho assustada para ele.

— Quer falar mais alto, Pollyanna? — ele sussurra ameaçador perto de meu ouvido, o que me faz engolir em seco. — Desde quando você sabe?

— Desde quando eu ouvi você falando com o professor Slughorn.

Conheço o lado sombrio de Tom, o lado que se denomina Lord Voldemort, mas não deixo de me assustar quando ele parece furioso comigo. Ao ver meu olhar assustado, ele se afasta um pouco, olha em volta para ter certeza de que ninguém me escutou e volta a olhar para mim.

— Pare com essas preocupações idiotas. — ele diz, aparentemente mais calmo. — Megan Kopelson é trouxa e quantas vezes preciso dizer que você é diferente, não me importa se você nasceu trouxa ou não.

Balanço a cabeça negativamente.

— Quanto à sua tia, acha mesmo que eu quero que você vá morar com ela, para morar na mesma casa que o garoto Bean? — ele diz se aproximando novamente de mim, segura meus fios loiros com firmeza apesar de não me machucar e seu beijo é feroz. Eu bato em seu peitoral tentando me livrar dele, mas não resisto por muito tempo, como se tivessem vida própria minhas mãos seguram seu pescoço. — Percebi como vocês dois estão próximos e não gosto disso.

— Apenas me diga que você nunca fez uma horcrux — peço.

— Eu nunca fiz uma horcrux — ele diz, mas suas palavras são vazias.

— Está mentindo para mim — digo desviando os olhos para o chão. — Isso não vai dar certo.

— O que disse?

— Isso não vai dar certo, Tom, eu não posso ficar com alguém em quem não confio, não posso ficar com alguém tão possessivo e mau como você — digo, apesar de não ser o que eu quero realmente, o que eu quero é que ele diga que tentará ser diferente para ficar comigo, mas ele me surpreende.

— Tudo bem — ele diz quase num sussurro. — Eu não quero te machucar, mas se ficar com você, isso será inevitável.

Meus olhos se enchem de lágrimas, eu realmente queria que ele tentasse, mas lhe dou as costas para não chorar em sua frente e corro para dentro do castelo.

Não apareço nas primeiras aulas, fico apenas trancada em meu quarto, deitada em minha cama, olhando para o teto, mas vou para as aulas da tarde, pois o fato de ter terminado com Tom, não faz com que eu não tenha que fazer as N.O.M.s.

Tom e eu não nos falamos pelo resto do ano letivo. Faço as minhas N.O.M.s e acho que até não foi tão ruim assim, Minerva arrasou no quadribol e eu continuei trocando cartas com minha tia.

No ultimo dia do ano letivo, estou ansiosa, pois será hoje que conhecerei minha tia. Corria para a minha sala comunal, pois já estava atrasada e tinha que arrumar meu malão, quando esbarrei em alguém, não precisei olhar, reconheci aquele perfume de sândalo quando ele me segurou para que eu não caísse.

— Não fique correndo por aí — ele me repreende e eu reviro os olhos. — Pode se machucar.

— Eu sei me cuidar — digo emburrada e ele ri divertido, droga aquele sorriso.

— Pollyanna — ele diz voltando a ficar sério. — Quanto ao que você sabe, será nosso segredo, não é? — ele diz me manipulando, odeio quando faz isso.

— Sou fiel a meus amigos ou tola demais para não te entregar, mas farei sem pestanejar se você fizer alguma coisa contra Mary ou Tom enquanto estiver de férias. — eu o ameaço.

Ele levanta as mãos em forma de rendimento.

— Não farei nada, eu prometo. Boas férias, Miss Whittier.

— Boas ferias, Riddle.

Oii meus amores! Espero que tenham gostado. Alguém já leu o livro Pollyanna? Se gostaram deixem um voto, um comentário ♥. Bjs e até o próximo!!!

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