Capítulo 24

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Pollyanna tinha que lidar com os vizinhos na Londres trouxa chamando-a de leviana, depravada e outros nomes piores. Não era comum uma moça de sua idade aparecer grávida e ainda não estar casada, por isto sempre que podia e para não causar constrangimento à tia Polly e tio Tom, Pollyanna aparatava para a casa de Alastor Moody em Godric's Hollow, bem perto da casa de Charlus e Dorea para seu contentamento.

— Encantador — comentou a garota ao entrar na casa e encontrá-la quase virada de cabeça para baixo.

— Eu até tentei arrumar já que receberia visitas — comentou Moody. Pollyanna abafou uma risada.

— Vamos dar um jeito nisto — disse pegando sua varinha. Uma pilha de jornais do Profeta Diário jogada pela sala desapareceu, uma caixa de pizza na mesinha de centro e embalagens de sapos de chocolates também desapareceram deixando a sala muito mais apresentável. — Agora nós podemos começar o nosso treinamento.

— É parece muito melhor — comentou Alastor enquanto que com sua varinha tirava a mesinha de centro da sala para deixá-la com mais espaço, Pollyanna aproximou-se de um espelho estranho na sala.

— Que é isto? — perguntou com a testa franzida.

— Meu espelho de inimigos — disse o auror. — Quando eu posso ver seus olhos claramente, significa que estão bem perto de mim.

— Estranho — disse a garota, mas riu-se. — Você não acha que deveria ser menos cauteloso, Alastor? Não há um bruxo das trevas em cada esquina.

— É o que você acha, Polly, vamos começar. Imagino que já saiba conjurar um patrono corpóreo?

— Que é isto? — perguntou a loira recebendo um olhar indignado do auror.

— Pollyanna, o que você fazia em Hogwarts?

— Sabotava sonserinos com o Charlus — disse a menina encolhendo os ombros e sorrindo contagiando o auror que revirou os olhos, mas sorriu.

— Muito bem, então tenha lembranças felizes, a melhor que tiver, eu devo ter um bicho papão em algum lugar lá em cima, volto já.

— Você tem um bicho papão de estimação? — perguntou à loira enquanto Alastor desaparecia escada acima e voltava logo depois empurrando um enorme baú.

— Não, eu peguei este essa semana, está pronta? — Pollyanna assentiu preparando a varinha, o bicho papão saiu do baú indo a sua direção, Pollyanna sentiu frio e sentiu como se toda a sua felicidade fosse sugada, sua lembrança feliz não fora o suficiente, Alastor cuidou do dementador e sentou-se ao seu lado no sofá.

— A lembrança não foi boa o bastante  — disse uma melancólica Pollyanna.

— Tome — disse o auror lhe entregando uma barra de chocolate. — Vai se sentir melhor.

— Obrigada Alastor, eu sinceramente não sei o que eu faria sem você — disse a garota apoiando a cabeça no ombro do bruxo.

— Não seja boba, Pollyanna, não estou fazendo nada demais — disse Alastor afagando o cabelo louro da bruxa. — Vamos tentar mais uma vez.

A garota assentiu levantando-se, mais uma vez Alastor soltou o dementador, dessa vez com mais força Pollyanna ergueu a varinha e conjurou:

— Expecto Patronum. — Um pomposo leão saiu de sua varinha iluminando a sala e fazendo o dementador recuar para dentro do baú novamente. Um enorme e encantador sorriso surgiu no rosto de Pollyanna que correu para abraçar Moody pego de surpresa, seus rostos a centímetros de distancia. — Eu consegui! Você viu? Eu consegui!

— É você conseguiu Pollyanna, parabéns — disse o bruxo ainda um pouco atordoado com a impulsividade da garota, o sorriso de Pollyanna murchou um pouco, mas seus olhos não desviaram dos olhos castanhos do auror, Alastor foi surpreendido por uma repentina vontade de provar os lábios finos de Pollyanna, de tocar sua pele frágil, mas afastou-se, não se aproveitaria por ela estar mais frágil naquele momento, ele a protegeria. — Vamos continuar.

PollyannaOnde histórias criam vida. Descubra agora